Sobre a Operação
Floresta Negra, que
descobriu esquema de liberações
ilegais para corte de araucárias, na
região dos Campos Gerais, a prefeitura
de Telêmaco Borba, esclareceu que árvores
cortadas estavam praticamente condenadas.
A nota oficial afirma que as árvores
nativas cortadas na praça Luba Klabin,
em abril deste ano, “estavam doentes e havia
risco de queda”.
Na mesma nota, a prefeitura
diz que “agiu em conformidade com as orientações
e autorizações formais liberadas
pelo Instituto Ambiental do Paraná
– Escritório Regional de Ponta Grossa
(IAP/ERPGO), durante corte de araucárias”.
Luiz Carlos Pinheiro, um
dos detidos pela polícia para esclarecimentos,
citado nesta Agência Estadual de Notícias,
como secretário do Meio Ambiente do
município de Telêmaco Borba é,
na verdade, presidente da Comissão
Ambiental de Telêmaco Borba e chefe
da Divisão de Assistência à
Agropecuária.
Sônia Aparecida Castanho
também citada na matéria é
chefe da Seção de Paisagismo
e Meio Ambiente da Divisão de Assistência
à Agropecuária da Prefeitura
Municipal de Telêmaco Borba. Os dois
são funcionários da prefeitura
de Telêmaco Borba e afirmam não
terem qualquer envolvimento com as autorizações
ilegais de licenças ambientais.
OPERAÇÃO -
Policiais civis do Centro de Operações
Policiais Especiais (Cope) realizaram, na
semana passada, a Operação Floresta
Negra, em municípios dos Campos Gerais
e em Curitiba. A ação pôs
fim a uma quadrilha responsável pela
compra e venda de autorizações
irregulares para corte e venda de araucárias,
emitidas por funcionários já
presos do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) a fazendeiros e madeireiros. A polícia
estima que mais de 36 mil árvores daquela
espécie, em dezenove fazendas, tenham
sido cortadas ilegalmente.
O delegado operacional do
Centro de Operações Policiais
Especiais (Cope), Francisco Caricati, concluiu
o inquérito sobre a Operação
Floresta Negra, na sexta-feira (26) e já
o enviou ao Ministério Público.
Na sexta-feira (27) mesmo, a Justiça
decretou a prisão preventiva de quatro
dos nove presos na operação.
Segundo a polícia,
Elma Romano, 50 anos, ex-chefe do escritório
regional do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) em Ponta Grossa, foi levada para o Centro
de Triagem 1, no Centro de Curitiba, depois
de sair do Hospital Angelina Caron. Além
de Elma, Wilde Wanderley Gomes do Valle, 45
anos, Samuel José Freitas de Moura,
25 anos, e Luiz César Santos, 49 anos,
tiveram a prisão preventiva decretada
pela 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa.
Os outros cinco presos conseguiram habeas
corpus e foram liberados.
A polícia informou
que continua atenta a ações
ilegais como esta. “Nós estamos atentos
também nestes crimes. Continuamos investigando
as irregularidades cometidas naquela região”,
afirmou Caricati.