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SECRETÁRIO-GERAL DA ONU DESTACA PROJETOS BRASILEIROS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2007

12 de Novembro de 2007 - Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil - Roosewelt Pinheiro/ABr - Brasília - O presidente Lula recebe o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que realiza visita oficial ao Brasil
Brasília - “O caminho para Bali passa por Brasília”.

A declaração do secretário-geral das Nações Unidas, Ban-ki moon, repetida pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, revela o assunto principal da primeira visita que faz o país desde que assumiu o cargo, em janeiro deste ano.

A ilha de Bali, na Indonésia, sediará, em dezembro, a Convenção das Partes sobre Mudança Climática das Nações Unidas.

Para Ban-ki moon, o papel do Brasil nesta questão é fundamental, já que o país é “um gigante verde, um líder”, pelas riquezas naturais e projetos de preservação ambiental de destaque internacional, como o biocombustível e o combate ao desmatamento da Amazônia.

Ba-ki moon, que é sul-coreano, chegou ao Brasil na tarde de ontem (11) e conheceu uma usina de produção de etanol, em Jaboticabal, no interior de São Paulo.

Hoje veio a Brasília, onde se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Celso Amorim.

Além das questões ambientais, o presidente e o secretário conversaram sobre o processo de reforma da Organização da Nações Unidas (ONU)e do próprio Conselho de Segurança da ONU.

Segundo Amorim, o presidente Lula trouxe o assunto à conversa e reiterou que o conselho não pode continuar com a mesma estrutura que tinha desde a criação, em 1945.

O Brasil pleiteia uma vaga permanente no conselho do organismo internacional.

“O presidente Lula citou que não é possível a situação continuar do jeito que está ou a própria ONU vai se desacreditar, pois não é possível que após 65 anos de sua criação o conselho continue o mesmo, sendo que o contexto geopolítico de hoje é totalmente diferente”, disse o ministro.

O presidente Lula também lembrou a proposta do Brasil na última Conferência sobre o Clima, em Nairóbi (capital do Quênia), de conceder incentivos aos países, especialmente os mais pobres, que promoverem ações de combate ao desmatamento.

Eles dialogaram, ainda, sobre o combate à fome, quando, segundo Amorim, o secretário da ONU cumprimentou o Brasil sobre ametas do milênio já alcançadas.

No fim da tarde, Ban-ki moon partiu de Brasília para o Pará, onde vai conhecer projetos de combate ao desmatamento da Amazônia.

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Secretário-geral da ONU usa colar indígena ao encerrar visita ao Brasil

13 de Novembro de 2007 - Alessandra Bastos e Amanda Mota - Repórteres da Agência Brasil - Brasília e Manaus - Para conhecer projetos brasileiros de uso sustentável da floresta amazônica, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que está desde ontem (12) na Amazônia, visitou hoje a Área de Preservação Ambiental (Arpa) mantida pelo estado do Pará na Ilha do Combu, a 1,5 quilômetro de Belém, onde encerrou a viagem de três dias ao Brasil.

As impressões de Ban Ki-moon farão parte de relatório sobre impactos ambientais que será apresentado na Conferência Mundial de Meio Ambiente, programada para o início de dezembro em Bali, na Indonésia.

Na Ilha do Combu moram 227 famílias que vivem do manejo e extrativismo do açaí, fruto típico da Amazônia. Acompanhado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e da governadora do Pará, Ana Julia Carepa, o secretário conheceu parte da fauna e flora amazônicas, degustou especialidades da região, posou para fotografias e ganhou colares do artesanato indígena.

Depois, Ban Ki-moon, conversou com representantes do Conselho Nacional de Seringueiros e de lideranças comunitárias e indígenas do Amazonas e do Pará. Marcos Apurinã, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), participou do encontro em que foi pedido apoio da ONU para estimular a organização dessas populações.

Em inglês, o secretário elogiou o esforço da população local para preservar a floresta e disse que a ONU se compromete a lutar junto com as comunidades da Amazônia. No final do discursos, agradeceu em português: “Muito obrigado pelas boas vindas e hospitalidade.”

A ministra Marina Silva apresentou, na visita, três questões que, segundo ela, precisam de ajuda da ONU: apoio para conservação da diversidade biológica, organização do acesso aos recursos naturais e indenização aos países que prestam serviços ambientais.
Em Belém, Ban Ki-moon conheceu o trabalho científico realizado no Museu Paraense Emílio Goeld. De acordo com a assessoria do museu, as pesquisas são referência nacional e, por isso, foram incluídas na agenda do secretário-geral, que veio ao Brasil para conhecer o projeto do biocombustível e seus possíveis impactos na região amazônica. A direção do museu apresentou a ele a Lista Vermelha dos 181 animais em extinção no Pará.

Alguns movimentos sociais, no âmbito da Frente em Defesa da Amazônia, criticaram a programação oficial, depois do cancelamento da visita que Ban Ki-moon faria à cidade paraense de Santarém. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o cancelamento foi definido pela ONU.

Em carta, os movimentos sociais afirmam que “o interesse comercial latente que os empresários locais e as esferas de governo municipal, estadual e federal vêm demonstrando com os visitantes escamoteia a total indiferença com que as comunidades locais são tratadas na definição do uso de seus territórios". E concluem: "Mais uma vez nossa região é vista como 'terra sem povo', encarada como um espaço para apropriação.”

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Relatório da ONU estimula reaproveitamento da água e uso de energia renovável

17 de Novembro de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje (17) na Espanha, propõe uma série de medidas para reduzir o impacto das mudanças climáticas.

Segundo a ONU, no caso da água, devem ser adotadas ou ampliadas políticas de coleta da chuva, de técnicas de conservação e de reutilização, além da irrigação eficiente. Na agricultura, de acordo com o relatório, serão necessários ajustes, por exemplo, nos períodos de colheita, nas variedades plantadas, no manejo do solo, além de investimentos no controle de erosão e proteção do solo com plantação de árvores.

O relatório também estimula o uso de energia renovável, como os biocombustíveis, investimento em transporte público e em estímulos ao uso de bicicletas.

Nos edifícios, devem ser utilizados sistemas tecnológicos, com fontes alternativas de refrigeração e que, aproveitem, por exemplo, a luz do sol. Outras ações são reciclagem de materiais, uso de equipamentos elétricos mais eficientes e controle nas emissões de gases de efeito estufa nas indústrias.

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Capitais desperdiçam metade da água que retiram dos mananciais, revela estudo

17 de Novembro de 2007 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A água perdida em vazamentos, fraudes e submedições nas 27 capitais brasileiras seria suficiente para atender o consumo diário de 38 milhões de pessoas. Os números são de estudo do Instituto Socioambiental (ISA) que será divulgado na quarta-feira (21). As perdas atingem, em média, 45% do volume retirado dos mananciais que abastecem os centros urbanos.

Para Marussia Whately, coordenadora da campanha De Olho nos Mananciais, promovida pelo ISA, os números reacendem a necessidade de um trabalho de conscientização sobre o uso racional de um bem cuja escassez pode trazer grandes transtornos à humanidade. Segundo ela, o cidadão precisa entender que pequenas atitudes fazem grande diferença na economia de água.

“Fechar a torneira ao escovar o dente ou fazer a barba e consertar rapidamente pequenos vazamentos que surgem em casa podem gerar grande economia e ajudar a preservação da água”, afirma Marussia. “Tudo é uma questão de mudança de hábitos.”

No ranking do desperdício, duas capitais distantes e de perfil distintos se destacam. Em volume, o Rio de Janeiro lidera as perdas diárias, que equivalem a 618 piscinas olímpicas. Em percentual, no entanto, a primeira posição fica com Porto Velho (RO), que joga fora 78% do que retira dos mananciais.

Na maior cidade do país, é o consumo per capita que impressiona. O valor médio de 221 litros diários consumidos por habitante em São Paulo é o dobro do nível considerado ideal pela Organização das Nações Unidas.

Segundo Marussia, além de promover campanhas de conscientização, o Poder Público deve adotar instrumentos de compensação para os moradores que protegem e contribuem para a produção de água de boa qualidade. “Um bom exemplo é o município de Extrema, em Minas Gerais, onde uma legislação municipal permite que a prefeitura pague pela proteção de áreas, dando benefício para proprietários com a isenção de impostos”, ressalta.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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