22/11/2007 - Mais 27 usinas
e destilarias aderiram ao Protocolo Agroambiental
do setor sucroalcooleiro. Desse total, 23
são filiadas à
União dos Produtores de Bioenergia
- UDOP, que reúne empresas dos Estados
de São Paulo, Paraná, Goiás,
Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul, além de um do Amazonas.
A formalização
dessa adesão ocorreu nesta quarta-feira
(21/11), em Araçatuba, com a entrega
de certificados pelo secretário do
Meio Ambiente, Xico Graziano, às 27
empresas, em solenidade organizada pela UDOP,
que contou com a participação,
entre outras, do presidente da entidade, José
Carlos Toledo, do prefeito Jorge Maluly Neto,
de Araçatuba, e de Walquíria
Silva, representante do secretário
estadual da Agricultura e Abastecimento, João
Sampaio.
Segundo Graziano, no total,
125 usinas e destilarias já aderiram
ao protocolo, assumindo o compromisso, entre
outros, de antecipar o fim da prática
da queimada no processo de colheita e de recuperar
as matas ciliares nas propriedades canavieiras.
De acordo com o secretário, a adesão
dos empresários do setor sucroalcooleiro
constitui a garantia do êxito do programa
do Governo do Estado de expandir as atividades
econômicas e, ao mesmo tempo, preservar
o meio ambiente, promovendo a agricultura
sustentável.
“A maioria dos empresários
paulistas já aderiu ao Protocolo Agroambiental”,
disse, “assumindo a agenda ambiental e passando
a praticar uma agricultura que não
precisa mais recorrer às queimadas,
que constituem uma prática medieval.”
Para José Carlos
Toledo, a adesão dos filiados da UDOP
significa equacionar os problemas do setor,
adequando-o ao programa de preservação
ambiental proposto pelo Governo do Estado.
A UDOP, segundo o empresário, tem 66
filiados, dos quais 53 já aderiram
ao Protocolo Agroambiental, o que representa
82% dos associados.
Em São Paulo, a UDOP
representa os empresários da região
Oeste, que vão processar na atual safra
105 milhões de toneladas de cana-de-açúcar,
o que representa 40% do total processado no
Estado e 25% do total nacional, para a produção
de 7,4 milhões de toneladas de açúcar,
o que representa 38% do total paulista e 25%
do total nacional. Já a produção
de álcool será de 4,8 bilhões
de litros, que correspondem a 45% da produção
estadual e 28% da nacional.
A região dispõe
de 10,13 milhões de hectares de área
agricultável, em 296 municípios,
sendo 1,52 milhão de hectares ocupados
com cana-de-açúcar, 6,52 milhões
de hectares de pastagens e 2,08 milhões
de hectares com outras culturas.
Os empreendedores que já
aderiram ao Protocolo Agroambiental deverão
observar, no mínimo, dez práticas
ambientais para a melhoria no manejo no setor
de bioenergia, com destaque para a antecipação
do prazo final previsto para eliminação
da queima da cana-de-açúcar
nos terrenos com declive de até 12%,
para 2014, e para 2017 para os terrenos com
declividade acima de 12%. Prevê, também,
a não utilização da queima
da palha da cana, nas colheitas, em áreas
de expansão de canaviais; a adoção
de ações que eliminem a queima
a céu aberto; e proteção
da mata ciliar nas propriedades.
Texto: Newton Miura
Foto: José Jorge
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Coordenador de Planejamento
Ambiental participa de seminário sobre
sustentabilidade em Brasília
19/11/2007 - A Comissão
de Desenvolvimento Urbano, da Câmara
dos Deputados, juntamente com o Ministério
do Meio Ambiente, promoveram no último
dia 8/11, em Brasília, o seminário
“Metrópoles Sustentáveis: Responsabilidades
Individuais e Coletivas”. O objetivo do seminário
foi esclarecer os desafios que as áreas
metropolitanas têm de enfrentar para
estimular mudanças, comportamentos,
atitudes e valores, na contribuição
individual e coletiva dos distintos segmentos
sociais, para alcançar a sustentabilidade
e a melhoria da qualidade de vida de todos.
O coordenador de Planejamento
Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo, Casemiro Tércio
Carvalho, representando o secretário
Xico Graziano, destacou em sua palestra a
importância de se discutir os problemas
socioambientais nas metrópoles, uma
vez que hoje se apresenta uma mudança
de paradigma quanto aos grandes vilões
do meio ambiente.
“No passado, as plantas
industriais não apresentavam controle
e hoje o grande foco de poluição
é a difusa, os efluentes domésticos
lançados nos corpos d’água,
assim como as emissões veiculares”,
declarou Tércio, que também
ressaltou as ações que o governo
do Estado de São Paulo tem feito quanto
à política de resíduos
sólidos nas regiões metropolitanas
assim como a política de compras públicas
sustentáveis.
O seminário contou,
ainda, com as palestras de Marcos Sorrentino,
diretor de Educação Ambiental
do Ministério do Meio Ambiente, e Raquel
Tragber, coordenadora geral de Educação
Ambiental do Ministério da Educação;
de Denise Gouvea, da Secretaria Nacional de
Programas Urbanos do Ministério das
Cidades; Milton Santana, gerente de Responsabilidade
Social e Ambiental da Petrobrás; Eduardo
Martins, ex-presidente do IBAMA; e Rejane
Pieratti, da Associação Amigos
do Futuro.
O evento também reuniu
Nelton Friedrich, diretor de Coordenação
da Itaipu-Binacional, o deputado José
Paulo Tóffano, do Partido Verde de
São Paulo (PV/SP), e Alicia Mastandrea,
senadora argentina.
Texto: Valéria Duarte