O secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, participou nesta quarta-feira
(21) da abertura do IV Encontro do Programa
Cultivando Água Boa, em Foz do Iguaçu,
e destacou a importância da parceria
com o projeto da Itaipu Binacional, que já
garantiu o plantio de 4,2 milhões de
mudas das 71 milhões semeadas pelo
programa Mata Ciliar.
“Apenas neste último
ano foram 720 mil mudas de árvores
plantadas pelo Programa Cultivando Água
Boa e somadas ao Programa Mata Ciliar, sendo
quase 270 mil mudas produzidas pela Itaipu”,
revelou o secretário. Segundo ele,
os dois programas têm objetivos comuns
e potencializam o plantio de mudas na região
da Bacia do Paraná III, onde já
foram plantadas mais de 4,2 milhões
de mudas desde 2004.
Rasca disse que outras sementes
têm sido plantadas devido à parceria
entre os dois programas como, por exemplo,
o I Encontro de Águas Transfronteiriças
– resultando na criação de uma
legislação específica
sobre recursos hídricos inexistente
até então - para aos países
de fronteira (Argentina e o Paraguai). “Graças
às ações e discussões
promovidas em parceria pela Itaipu e Governo
do Estado, finalmente não se avalia
mais o território pelo solo e sim por
suas águas”, destacou Rasca.
O secretário convidou
as cerca de 2 mil pessoas presentes a participarem
da Conferência Regional do Meio Ambiente
sobre “Mudanças Climáticas”–
promovida pela Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos do Paraná
– e que acontece durante o Encontro Cultivando
Água Boa, neste sábado (24).
“A região oeste sai
na frente porque já promoveu 29 microconferências
regionais nos municípios da bacia p
do Paraná III para aqueles cidadãos
que estão lá na ponta possam
apresentar seus anseios e propostas para reduzir
o aquecimento global”, mencionou Rasca. Também
está sendo realizado durante o evento
a VI Feira Vida Orgânica e a V Mostra
e Seminário de Educação
ambiental do Parque Nacional do Iguaçu.
A solenidade de abertura
contou com a presença da atriz Letícia
Sabatella, que promove ações
preservacionistas, e do teólogo e ativista
ambiental Leonardo Boff.
Ele alertou os participantes
para o fato de que a humanidade está
extraindo da Terra 25% a mais de recursos
naturais do que sua capacidade de reposição.
“Uma nova consciência, que diga respeito
às relações de consumo,
ao sistema de produção e cuidados
com a Terra vai depender dos jovens”, afirmou
Boff.
PARCERIA DE SUCESSO - A
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
é uma das maiores parcerias do Programa
Cultivando Água Boa, criado em 2003
pela Itaipu Binacional e desenvolvido em parceria
com as prefeituras dos 29 municípios
que compõem a bacia hidrográfica
do Paraná III. Ao todo, o programa
promove 70 projetos e 96 ações
que abrangem desde a recuperação
de todas microbacias desta bacia, proteção
das matas e da biodiversidade e ainda educação
ambiental nas comunidades do entorno.
“Podemos dizer que o Programa
Cultivando Água Boa é uma atitude
coletiva em defesa das nossas águas
e do meio ambiente, aderida por toda a população”,
resumiu em seu discurso o diretor-presidente
da Itaipu Binacional, Jorge Samek
Ao longo de sua história,
a Itaipu plantou 44 milhões de árvores
nas margens brasileira e paraguaia. Os viveiros
da Binacional respondem pela produção
anual de cerca de um milhão de mudas
que são plantadas nos corredores de
biodiversidade e nas matas ciliares das microbacias
da região. De acordo com o diretor
de Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich,
400 quilômetros de cerca para o isolamento
das margens dos rios e recomposição
da mata ciliar foram construídos pelo
Programa da energética.
O município de Santa
Helena, por exemplo, onde existe um viveiro
administrado pelo Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) e pela Itaipu, é o que mais plantou
mudas em todo o Estado: foram 438.283 novas
árvores, que beneficiaram mais de 400
produtores. Toledo, outro município
incluído na Bacia do Paraná
III ocupa a quarta colocação
no ranking do plantio, com quase 350 mil mudas
já plantadas.
Outra iniciativa de sucesso
que foi desenvolvida em conjunto é
o Canal da Piracema, que tem 10 quilômetros
de extensão e liga a parte do Rio Paraná
localizada abaixo da barragem com o reservatório
da usina.
A obra, construída
em parceria por técnicos da Superintendência
de Desenvolvimento de Recursos Hídricos
e Saneamento Ambiental (Suderhsa) e da Itaipu
Binacional, permite que peixes migratórios
vençam o desnível de 120 metros
entre as duas partes do rio, contribuindo
para a diversidade e melhoria genética
da ictiofauna.
PROGRAMAÇÃO
- A Programação do IV Encontro
Cultivando Água Boa, que prossegue
até o próximo dia 24, inclui
a apresentação de experiências
dos 29 comitês responsáveis pela
gestão de todos os processos que estimulam
o desenvolvimento de práticas sustentáveis.