Mudanças Climáticas
- 21/11/2007 - 12:39
O Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas (FMBC) reúne-se
na tarde de hoje (21), às 16h30, no
Palácio do Planalto. O presidente Luiz
Inácio Lula da Silva irá presidir
a reunião, que contará com a
presença do ministro da Ciência
e Tecnologia, Sergio Rezende.
No encontro será
prestada uma homenagem aos membros brasileiros
do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas da ONU (IPCC, sigla em inglês),
e realizado um balanço das ações
do FBMC no ano de 2007.
O IPCC - juntamente com
o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore - ganhou
o Prêmio Nobel da Paz de 2007. Este
prêmio também foi comemorado
pela comunidade científica nacional,
uma vez que, entre os cerca de 600 autores
que assinam os relatórios do IPCC,
61 são brasileiros, entre os quais
estão diversos pesquisadores.
Entre esses brasileiros,
quatro são do Ministério da
Ciência e Tecnologia (MCT): o Coordenador
Geral de Mudança Global do Clima, José
Domingos Miguez, e os assessores técnicos
desta Coordenação - Branca Americano,
Mauro Santos, e Newton Parcionik, sendo este
também diretor do inventário
nacional.
Há, ainda, os pesquisadores
ligados aos Institutos vinculados ao Ministério,
como Carlos Nobre, Diógenes Sala Alves,
José Marengo e Volker Kirchoff, do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe); e Niro Higuchi e Philip Fearnside,
do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa).
O Programa Antártico
Brasileiro (Proantar) também tem um
representante, o professor da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jefferson
Cardia Simões.
No Senado
A 30ª Reunião da Comissão
Mista Especial, destinada a acompanhar, monitorar
e fiscalizar as ações referentes
às mudanças climáticas
no Brasil, também acontece nesta quarta-feira
(21), às 14h, na Sala de Reuniões
nº 2, da Ala Senador Nilo Coelho do Senado
Federal.
Trata-se de Reunião
Administrativa, que irá debater, em
Audiência Pública, eventuais
imposições de metas para o Brasil
no período pós 2012, e preparatória
para a 13ª Conferência das Partes
(COP-13), a se realizar de 3 a 14 de dezembro
deste ano, em Báli (Indonésia).
Participam da reunião
como convidados o coordenador geral de Mudanças
do Clima do MCT, José Miguez, a secretária
de Mudanças Climáticas e Qualidade
Ambiental do Ministério do Meio Ambiente
(MMA), Thelma Krug, e o embaixador extraordinário
para Mudança do Clima do Ministério
das Relações Exteriores (MRE),
Sérgio Serra.
Rachel Mortari - Assessoria de Imprensa do
MCT
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Simpósio discute
a conservação da biodiversidade
em florestas antropizadas
Política Ambiental
- 21/11/2007 - 10:33
Começa hoje (21), em Belém do
Pará, o simpósio Conservação
de Biodiversidade em Paisagens Florestais
Antropizadas, evento promovido pelo Museu
Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) em
parceria com as universidades de East Anglia
e Lancaster, ambas do Reino Unido.
O Simpósio, que será
realizado até sexta-feira (23), no
Auditório Paulo Cavalcante, do Campus
de Pesquisa do Museu Goeldi, reunirá,
na capital paraense, os principais especialistas
em conservação de florestas
do país.
O evento é composto
por 35 palestras, que vão apresentar
assuntos relacionados a estratégias
de conservação, baseadas tanto
em áreas de proteção
integral, quanto em paisagens agro-industriais
e de uso intensivo do solo.
O objetivo é avaliar
os impactos das populações humanas
sobre a biodiversidade das florestas, tendo
por base estudos realizados em áreas
fragmentadas e paisagens já altamente
degradadas. Também serão discutidos
os desafios e as oportunidades para a conservação
da biodiversidade em áreas protegidas
e antropizadas, manejadas ou degradadas.
Segundo o ecólogo
Jos Barlow, um dos coordenadores do evento
e pesquisador colaborador do Museu Goeldi,
a idéia é promover interações
entre cientistas e destes com a política,
visando a melhoria do planejamento das ações
futuras na área de conservação.
“Na conservação, o problema
é biológico, mas a solução
é política”, explica Barlow.
Para Carlos Peres, pesquisador
da Universidade de East Anglia, o Simpósio
busca esclarecer um amplo espectro de problemas
que dizem respeito à compatibilização
da conservação da biodiversidade
de espécies florestais, principalmente
em paisagens degradadas com a utilização
econômica da terra.
“Queremos encontrar e discutir
soluções e mecanismos eficientes
de conservação junto a pesquisadores,
agentes empreendedores e representantes do
governo e das organizações não-governamentais”,
afirma.
Nesta quarta-feira (21)
serão apresentadas diversas pesquisas
que investigam temas como a retenção
da cobertura florestal e as conseqüências
do uso da terra para a biodiversidade florestal
na Amazônia, a importância da
conectividade em paisagens florestais fragmentadas,
a distribuição de espécies
em paisagens complexas, entre outros.
Na quinta-feira (22), o
debate focará os principais problemas
de conservação do meio ambiente,
a partir de uma reflexão sobre as políticas
públicas e as atividades econômicas
desenvolvidas nessas áreas, como as
monoculturas florestais, a gestão das
florestas e das populações rurais
na Amazônia, o desmatamento na área
de fronteira, entre outros.
O Simpósio se encerra
na sexta-feira (23) com discussões
sobre a eficácia do manejo florestal
e os impactos do uso intensivo da terra.
Serviço
O Simpósio "Conservação
de Biodiversidade em Paisagens Florestais
Antropizadas" acontecerá entre
os dias 21 e 23 de novembro, no Auditório
Paulo Cavalcante, do Campus de Pesquisa do
MPEG, localizado na Avenida Perimetral, 1901,
bairro da Terra Firme, em Belém.
Mais informações no portal do
Museu Goeldi (www.museu-goeldi.br)
Agência Museu Goeldi
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Paisagem amazônica
é abordada em simpósio de conservação
Biodiversidade - 22/11/2007
- 12:31
Desmatamento, mudanças climáticas
e fragmentação de paisagens
foram alguns dos assuntos abordados na primeira
manhã do simpósio "Conservação
de Biodiversidade em Paisagens Florestais
Antropizadas", evento promovido pelo
Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT)
em parceria com as universidades de East Anglia
e Lancaster, ambas do Reino Unido, que começou
ontem e prossegue até amanhã
(23).
A primeira palestra, apresentada
pelo pesquisador John Hemming, da Royal Geographical
Society, tratou da questão de como
os paleo-índios alteraram a paisagem
amazônica. Segundo ele, a interação
dos indígenas com o meio ambiente amazônico,
nos primeiros séculos do Brasil colônia,
causou uma alteração muito pequena
na paisagem local e, mesmo durante o ciclo
da borracha, no século 19, quando a
população já era mais
numerosa, a paisagem não foi alterada
significativamente.
O uso do sensoriamento remoto
como forma de detecção de pressões
antrópicas, ou seja, qualquer modificação
efetuada pelo ser humano no ambiente natural,
foi outra temática abordada pelo pesquisador
Carlos Souza, do Instituto do Homem e Meio
Ambiente da Amazônia (Imazon).
Souza explicou que o uso
de satélites possibilita identificar
áreas onde ocorra exploração
madeireira, planos de manejo e desmatamento
com diferentes níveis de degradação.
A captura de imagens pode variar de 2 a 16
dias, dependendo do satélite.
Para colaborar com as ações
de preservação, o pesquisador
destacou também a criação
do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD),
que funcionava inicialmente no estado de Mato
Grosso, mas deve atingir toda a Amazônia
até o final deste ano. Os resultados
do SAD podem ser encontrados no site da instituição
http://www.imazon.org.br .
Outra palestra realizada
foi a do pesquisador Ricardo Rodrigues, da
Universidade de São Paulo (USP), que
explicou a adequação ambiental
de propriedades rurais para conservação
e restauração do meio ambiente.
Para Rodrigues, a restauração
florestal divide-se em etapas que vão
desde o plantio de mudas até estratégias
de recuperação da floresta original,
além da inclusão de espécies
que possibilitem a sustentabilidade econômica
da região.
Também se apresentou
no Simpósio o pesquisador Carlos Nobre,
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe/MCT), que abordou a questão das
mudanças climáticas como causadora
de impactos florestais. Segundo Nobre, "o
aquecimento global é irreversível
e não vai parar, pelo menos, nos próximos
200 ou 300 anos, mas com a nossa ajuda ele
pode sim diminuir".
Também participaram
do evento os cientistas Jean-Paul Metzger,
da USP, que falou sobre a importância
da conectividade em paisagens florestais fragmentadas,
e Silvio Ferraz, da Universidade Estadual
de São Paulo (Unesp - Rio Claro), que
explicou o papel da biodiversidade estrutural
e o histórico da paisagem na retenção
da biodiversidade.
Mais informações no portal www.museu-goeldi.br
Fernanda Engelhard – Assessoria de Comunicação
PPBio Amazônia Oriental/Agência
Museu Goeldi