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BAÍA DE GUARAQUEÇABA GANHA 40 MIL ROBALOS JUVENIS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Novembro de 2007

A baía de Guaraqueçaba ganhou nesta quinta-feira (29) mais 40 mil robalos juvenis. Esta foi a terceira etapa de soltura de peixes realizada em 2007 pelo projeto estadual de repovoamento das baías paranaenses - executado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e Secretaria da Agricultura com apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Até o final do próximo ano, 300 mil robalos serão soltos em seu habitat natural.

“Com este projeto estamos repondo na natureza o que foi retirado”, afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, que esteve presente ao evento. “Esta ação tem um caráter preventivo e irá garantir a qualidade sócio-ambiental das comunidades das ilhas e do meio ambiente do Paraná. Afinal, enquanto tivermos diversidade, teremos qualidade ambiental”, completou.

O projeto do Governo do Paraná para repovoamento com robalos é executado com recursos de R$ 830 mil do Fundo Paraná, vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia, e integra o Programa de Apoio à Pesca e Aqüicultura no Litoral Paranaense.

Desenvolvido desde 2003 para gerar alternativas de renda e melhorar a qualidade de vida das famílias de pescadores artesanais, o programa já trouxe benefícios, segundo o coordenador da macrorregião Litorânea, Mário Roque. “Foram adquiridos quatro depuradores de ostras, com capacidade para descontaminar 500 dúzias de ostras por dia, e outros equipamentos para o trabalho em campo, como barcos e veículos”, relatou.

Por meio do projeto também foi feito o censo da pesca, que identificou 5,8 mil pescadores no litoral paranaense; além de seminários e treinamentos para pescadores e profissionais que atuam na área e ainda análises laboratoriais e exames físico-químicos das águas, moluscos e carne. A elaboração de projetos para licenciamento ambiental em maricultura, junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Ibama também foi destacada pelo coordenador da macrorregião.

Ao final do evento, o secretário Rasca ressaltou a necessidade de que turistas e comunidades locais respeitem o período de defesa de espécies marinhas - como caranguejo e camarão, que têm sua captura proibida até o dia 15 de dezembro. Também estiveram presentes à soltura dos robalos a coordenadora do Provopar, Lucia Arruda, e o prefeito de Guaraqueçaba, Riad Said Zahoui.

REPOVOAMENTO - Desde o início do ano, mais de 95 mil peixes desta espécie já foram soltos e até o final de 2008, mais 165 mil serão soltos. No total, 300 mil robalos irão repovoar as baías - beneficiando os pescadores artesanais dos municípios de Antonina, Guaraqueçaba e Paranaguá e também os pescadores amadores. Muitas espécies que serão soltas já não estavam mais sendo encontradas no estuário lagunar paranaense.

O coordenador técnico do projeto, o engenheiro de Pesca José Maria Moura Gomes, explicou que os locais para a soltura são selecionados em função dos diagnósticos ambientais, como correntes marinhas, temperatura ambiental da água, Ph e salinidade. “Também são considerados fatores como os parâmetros físicos, químicos e biológicos da água, para que os alevinos tenham mais chances de sobrevivência”, acrescentou.

Segundo ele, geralmente os peixes são lançados no interior da baía porque lá existe mais alimento e condições de reprodução. “Atualmente o índice de sobrevivência está em 40%”, informou.

Os robalos soltos nesta quinta-feira medem de 6 a 8 centímetros e só poderão ser pescados depois de atingir 30 centímetros. “O repovoamento com alevinos no tamanho apropriado tem ação 10 a 15 vezes mais eficaz que a produção natural da espécie, protegendo-os da predação natural”, destacou o engenheiro de pesca Emater Luiz de Souza Viana, coordenador do programa.

A piscicultura marinha, em especial os robalos, apresenta grande potencial para o cultivo e também é muito procurada para pesca esportiva, com preços de venda bastante elevados. Os robalos são carnívoros e se alimentam, preferencialmente, de pequenos peixes e crustáceos. Apresentam corpo alongado, comprimido, com o perfil dorsal acentuado. O robalo-peva tem dorso cinza esverdeado e laterais prateadas. Pode atingir 50 cm e pesar até 5 kg.

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Professores de colégios agrícolas do PR aprendem a construir estufa de bambu

Nesta semana, 35 professores de 18 colégios agrícolas do Estado aprenderam a construir uma estufa com estrutura feita de bambu durante a oficina de capacitação em ‘Manejo do Bambu’, promovido pela Coordenadoria de Agroecologia da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA). O evento foi realizado em parceria com o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), vinculado à Secretaria de Agricultura e do Abastecimento.

Segundo secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, cursos como este são uma forma de conscientizar os produtores rurais para que adotem práticas ambientalmente corretas. “Capacitamos os professores para que repassem a seus alunos, em sua grande maioria filhos dos agricultores, como manejar e utilizar o bambu de forma correta. Estes alunos se tornam multiplicadores e levam a seus pais o conhecimento. Assim fechamos o ciclo”, explicou. “Pois uma vez usando o bambu, o produtor põe em prática a sustentabilidade, suprindo suas necessidades e ajudando a preservar o meio ambiente”, completou.

Ele acrescentou que o Governo do Paraná vem oferecendo alternativas para que produtores tirem seu sustento da terra sem agredi-la. “Temos diversas iniciativas como esta, como os módulos agroecológicos implantados pelo Programa Paraná Biodiversidade, que são verdadeiros econegócios”, comentou.

Nestes módulos, os agricultores são incentivados a adotar práticas ambientalmente corretas, com apicultura e produção de plantas medicinais, e organizados para que possam comercializar sua produção - obtendo lucros com projetos paralelos menos degradantes.

CULTURA DO BAMBU - A oficina foi ministrada pelo arquiteto e permacultor paraguaio Guillermo Gayo, um dos grandes divulgadores da cultura do bambu no mundo. Gayo também é professor de bioarquitetura especializado em projetos com a planta e diretor do Takuara Renda, organização sem fins lucrativos dedicada ao ensino de tecnologias apropriadas para o seu uso sustentável.

O coordenador de Agroecologia da Secretaria do Meio Ambiente, Ênio Goss, destacou que agora essa prática será levada para cada escola agrícola e adaptada à realidade de cada região. “Em breve lançaremos um DVD didático sobre uso e manejo de bambu, que será distribuído nas demais escolas agrícolas estaduais para formar cada vez mais multiplicadores dessa prática”, antecipou Ênio.

RESULTADOS - Para Guillermo Gayo, o resultado da oficina foi muito bom. “Tenho certeza que todos saíram daqui com o aprendizado de que é preciso, mais do que nunca, buscar soluções harmônicas para preservação do meio ambiente e que há diversas alternativas simples para colocar isso em prática”, disse Gayo.

Para um dos participantes do curso, o biólogo Thiago Gonçalves, esta foi uma excelente oportunidade de acrescentar conhecimento e aprender mais sobre bambu e seu manejo. “O bambu é uma planta resistente, fácil de trabalhar, farta no território paranaense e brasileiro. Temos que aproveitar isso, e com o bambu dá para se fazer uma infinidade de utensílios, como artesanato e até mesmo moradias”, disse Thiago, demonstrando um pouco do que aprendeu na oficina.

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Polícia Militar captura sucuri de seis metros no Oeste do Paraná

A Polícia Militar capturou, na última terça-feira (27), uma cobra sucuri de mais de seis metros de comprimento e quase 200 quilos de peso. O animal foi recolhido por equipes do Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde e por integrantes do Corpo de Bombeiros na localidade do Arroio-Guaçu, próximo ao município de Marechal Cândido Rondon, na região Oeste do Paraná. A cobra estava no interior de uma casa abandonada. Em pânico, os moradores acionaram a PM. O animal foi levado ao Parque das Aves, em Foz do Iguaçu.

De acordo com o capitão Valdecir Gonçalves Capelli, comandante da Força Verde na região Oeste, foram necessárias seis pessoas - bombeiros, policiais ambientais e moradores - para dominar o animal. Ele explicou que a cobra é nativa da região e não tem veneno. “Muitas lendas são contadas, inclusive que a sucuri quebra ossos. Na verdade, isso pode até acontecer, mas ela não o faz propositadamente. Algumas histórias são verdadeiras, mas a grande maioria é mito. Não se descarta a possibilidade de a sucuri matar e comer um homem”, disse o capitão.

A sucuri é um animal que pode ser encontrado em toda a América do Sul. Geralmente essas cobras vivem sozinhas, nas proximidades de pântanos, rios ou lagoas. Seus hábitos são diurnos e crepusculares. O tamanho pode variar, podendo chegar ou até mesmo ultrapassar os 9 metros de comprimento. A sucuri alimenta-se de peixes, aves e principalmente de capivaras, veados e jacarés. Sua reprodução é vivípara, com o nascimento entre 10 e 20 filhotes no início de cada estação chuvosa.

O Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde - encontra-se à disposição através do telefone Disque Denúncia 0800 643 0304. O atendimento é feito em todo o Estado. A principal atribuição do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde é agir de forma ostensiva e de maneira preventiva para evitar ações que resultem em ameaça ou depredação da natureza em todo o território paranaense. O batalhão ainda fiscaliza o cumprimento da legislação ambiental, com o objetivo de preservação da flora e da fauna.

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Oficina estimula criação de associações em comunidades indígenas no Paraná

A coordenadoria indígena da Secretaria de Assuntos Estratégicos promove, em Curitiba, até esta sexta-feira (30) uma oficina sobre Associativismo e Elaboração de Projetos Indígenas, que está capacitando índios das etnias Caingang e Guarani sobre o processo para formação de associações em suas comunidades - desde o momento da construção até o gerenciamento.

Cerca de 50 índios das duas etnias estão participando desta primeira etapa da oficina, que está sendo desenvolvida em parceria entre a Coordenadoria Indígena do Governo do Paraná, a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul do Brasil (Arpin-Sul) e Fundação Nacional do Índio (Funai).

O indigenista e coordenador de Assuntos Indígenas, da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, Edívio Battistelli, explicou que a formação de associações aumenta as possibilidades de inserção das comunidades indígenas em programas sociais, melhorando a produção agrícola e permitindo uma maior flexibilidade dentro de cada comunidade.

“Ao formar uma associação, as comunidades ganham independência, pois os índios conseguem inscrever-se como pessoa jurídica em financiamentos, programas e ações de governo. Um exemplo é o Programa Trator Solidário, da Secretaria da Agricultura, importantíssimo, e que a partir do ano próximo ano atenderá as comunidades indígenas”, declarou Battis telli.

De acordo com o coordenador-geral da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul do Brasil, Romancil Kretã, essa capacitação é fundamental para o crescimento e independência das comunidades indígenas.

“Não somos a favor de apoio exclusivamente assistencialista por parte dos governos, municipal, estadual e federal. A formação de associações de comunidades permite nos fortalece, pois de maneira organizada iremos administrar os recursos para as melhorias e o bem de toda a comunidade”, explicou, Romancil.

EXEMPLO - A Associação dos Produtores Indígenas de Mangueirinha (Aprima) funciona desde 2005 e possui uma parceira com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Os índios de Mangueirinha receberam veículos e treinamento e hoje mantém a Patrulha Indígena de Fiscalização, que atua na vigilância e ajuda na preservação da maior reserva de araucária do Paraná, localizada dentro da aldeia.

Francisco Runjai, coordenador de projetos da Arpin-Sul no Rio Grande do Sul, contou que o Paraná tem contribuído muito na articulação entre todos os Estados do Brasil para a divulgação de programas e projetos que ajudem os povos indígenas.

“Já promovemos esta oficina em Passo Fundo - Rio Grande do Sul - e em Chapecó, Santa Catarina. É muito bom contar com o apoio do governo do Paraná para ampliarmos a capacitação. Com isso, estaremos estimulando a criação de projetos e associações que possibilitem uma tranversalidade entre a comunidade e o Governo” finalizou.

A segunda etapa da oficina, que é a elaboração de projetos deverá ser realizada no próximo ano em um das aldeias paranaenses.

Prêmio Culturas Indígenas - Na noite de quarta-feira (28), durante a oficina, acontece o lançamento do prêmio Cultura Indígenas 2007 - idealizado pelo Ministério da Cultura que premia iniciativas de comunidades indígenas que incentivam e fortalecem a cultura indígena, preservando as tradições.

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Programa Cultivando Água Boa comemora ampliação de resultados em 2007

A secretária Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, participou na última sexta-feira (23) do encerramento do programa Cultivando Água Boa, avaliado em seu quarto encontro anual. O programa, que tem a Itaipu Binacional como instituição-âncora e é executado por 1.700 instituições parceiras, entre as quais prefeituras, instituições de ensino, associações comunitárias e empresas, na região Oeste do Paraná, comemorou a ampliação de seus resultados em 2007.

O evento reuniu comunidades dos 29 municípios que integram a Bacia do Paraná 3 (que corresponde aos afluentes do Paraná na região do reservatório da Hidrelétrica de Itaipu), no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu. Com a participação de três mil pessoas, o evento terminou no sábado (24), com a Conferência Regional do Meio Ambiente, com a VI Feira Vida Orgânica e a V Mostra e Seminário de Educação Ambiental do Parque Nacional do Iguaçu.

Como principal iniciativa voltada ao meio ambiente na região, o programa se constitui em um conjunto de medidas locais para enfrentar o aquecimento global. Entre os resultados alcançados entre 2003 e 2007 estão o plantio de dois milhões de árvores, implantação de corredores de biodiversidade ligando áreas de proteção ambiental, adequação de 272 quilômetros de estradas rurais, construção de 312 quilômetros de cercas de proteção da mata ciliar, formação de 255 educadores ambientais e implantação de comitês de gestão de todas as microbacias da região.

Hoje são 59 microbacias que contam com ações para zerar o passivo ambiental. Como se trata de uma área de forte produção agropecuária no Estado, principalmente suinocultura e pecuária de leite, grande parte dos projetos se concentra em promover ajustes nas propriedades rurais para impedir a poluição dos rios.

Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, o sucesso da empreitada reside justamente no grande número de parcerias. “Somente assim para tocar projetos como o de geração distribuída, que permite a criadores de porcos, por exemplo, utilizar os dejetos da suinocultura para produzir eletricidade. No lugar de poluir os rios, os produtores ganham independência energética”, afirmou o diretor.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.meioambiente.pr.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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