São Paulo (26/11/07)
- O Ibama São Paulo concluiu parcialmente
no início da noite de sexta-feira (23)
a Operação Prometeu, que teve
como objetivo combater o comércio de
madeira ilegal em todo o Estado. A operação
terminou com a saída de uma carreta
carregada com 22 toneladas de castanheira
de uma madeireira no Jardim Miriam, na capital
paulista. Outras duas carretas serão
deslocadas para a empresa
hoje (26), a fim de concluir a retirada dos
83 m³ de castanheira ilegal ali encontrados.
A empresa foi multada em R$ 42 mil e seu proprietário
responderá na justiça por crime
ambiental, pois o corte e comercialização
dessa madeira é restrito. A madeira
será levada para a Floresta Nacional
de Ipanema, no município de Iperó,
a 125 km da capital, onde ficará depositada
até sua destinação final
para órgãos públicos
ou entidades beneficentes.
Madeira ilegal também
foi encontrada na fábrica de móveis
Shentaro Matzumuro, na Vila Carrão,
em São Paulo. Ali estão depositados
72 m³ de mogno proveniente da Amazônia,
madeira ameaçada de extinção
e muito apreciada por sua beleza e durabilidade.
Inicialmente previsto para ser retirado sexta-feira,
o mogno começará a ser removido
apenas hoje, com mandado de apreensão
expedido pela Justiça Federal em SP.
A operação
mostra o sucesso do Sistema DOF”, comemora
a superintendente estadual do Ibama, Analice
de Novais Pereira. Através desse sistema
informatizado implantado pelo Ibama em 2006,
a extração, o movimento e os
estoques de produtos florestais podem ser
monitorados eletronicamente, como uma conta
bancária. Movimentações
suspeitas ou ilegais são facilmente
detectáveis, facilitando a fiscalização.
Segundo ela, além
de facilitar a localização das
empresas infratoras na Operação
Prometeu, o Sistema DOF (Documento de Origem
Florestal) está trazendo para a legalidade
empresas antes reticentes ao controle pelo
Ibama. “Em 2003 eram apenas 153 empresas,
hoje são 1753, um crescimento de mais
de 1000%”, informa a superintendente.
Durante a operação
o Ibama SP divulgou também um sumário
com informações sobre a atuação
do órgão na fiscalização
e controle do setor madeireiro no Estado no
período de 2003 a 2007:
a.. Número de multas
aplicadas: 634
b.. Valor total das multas: R$ 19.856.472,17
c.. Madeira apreendida: 3.337,56 m3, o equivalente
a 95 carretas carregadas
d.. Origem da madeira da Amazônia que
chega a SP: 42% MT, 29% RO, 27% PA, outros
Estados 2%
e.. Produção (legal )de madeira
na Amazônia: 3,1 milhões de m3
f.. Consumo (legal) de madeira em SP: 713
mil m3/ano o equivalente a 23% de toda a madeira
legal produzida na Amazônia
g.. Valor total (legal) movimentado pelo setor
madeireiro (toras, madeira serrada, carvão,
etc) no Brasil: R$ 4,2 bilhões / ano
O Ibama informa que continuará
agindo com rigor na fiscalização
de madeiras no Estado, autuando e fazendo
a retirada dos produtos irregulares encontrados
nas empresas.
Sobre o nome da operação
O nome “Prometeu”, personagem
da mitologia grega, significa “aquele que
é previdente”. Prometeu criou o homem
a partir do barro e roubou o fogo sagrado
do deus Hélios (o Sol) para animar
seu espírito. Punido por Zeus, que
ficou enciumado com sua artimanha, foi acorrentado
a uma montanha e sofria, diariamente com uma
águia que vinha alimentar-se de seu
fígado. Posteriormente libertado, Prometeu
tornou-se um símbolo da luta contra
a opressão. É considerado o
aliado dos homens e simboliza a boa atividade
transformadora, aquela que traz benefícios
tanto para a humanidade quanto para o mundo
em que se vive.
Airton De Grande
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Operação Fronteira
começou hoje no sul do país
Porto Alegre (30/11/07)
- Vinte e cinco servidores do Ibama/RS participam
em conjunto com o Comando Militar do Sul do
Exército Nacional de uma ação
especial, a Operação Fronteira.
A operação de fiscalização
começou ao meio-dia de hoje e encerra
na segunda-feira (3) ao meio-dia e deverá
abranger várias localidades do Estado,
em especial a região da fronteira.
A ação deve
reunir servidores do Ibama, soldados do Exército
além de integrantes de diversos órgãos
de segurança pública (entre
eles a Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Receita Federal,
Marinha, Aeronáutica e Batalhão
Ambiental da Brigada Militar) para investigar
a ocorrências de irregularidades diversas
e também questões ligadas ao
meio ambiente (transporte de fauna, flora,
caça, pesca e agrotóxicos, entre
outros).
Serão montados postos
em diferentes pontos, cercando os acessos
de fronteira, durante 24 horas. Também
serão realizadas ações
na água (no Rio Uruguai) e aéreas
(de helicóptero). A ação
envolve servidores da Supes/RS e dos escritórios
de Santa Maria, Passo Fundo, Bagé,
Uruguaiana, Rio Grande e Tramandaí.
Maria Helena Annes
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Ibama suspeita de formação
de quadrilha
O Ibama suspeita ainda da
atuação de possíveis
quadrilhas que estariam atuando no sentido
de fraudar documentações de
cargas, alterando códigos e facilitando
a ação do transporte ilegal.
“Iremos acionar a Polícia Federal caso
seja constatada a atuação de
quadrilhas, desconfiamos de guias que estariam
facilitando, através de fraudes de
códigos de barra e troca de madeira”,
diz o Flávio Montiel.
Em 2005 a superintendência
do Ibama do Piauí apreendeu 20 carretas
de madeira ilegal no sul do estado, foi a
maior apreensão já registrada.
Este ano, foram apreendidos seis mil metros
cúbicos de madeira no município
de Floriano, onde 5.180 metros cúbicos
foram doados a 300 instituições
de caridade no estado.
Cíntia Lucas
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Fiscalização
do Ibama/RS proíbe transporte de resíduos
em estrada que cruza RPPN
Porto Alegre (28/11/07)
- O Ibama/RS notificou hoje duas empresas
para que suspendam o transporte de resíduos
tóxicos (classe 1) através da
estrada Cristina Juliano, que cruza um Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN),
localizada junto ao Morro Sapucaia. A unidade
de conservação fica ao lado
do Aterro de Resíduos Industriais de
Sapucaia do Sul (na região metropolitana
de Porto Alegre).
Segundo o responsável
pela Divisão de Controle e Fiscalização
do Ibama/RS Fernando Falcão, uma equipe
de analistas ambientais realizou uma vistoria
no local no último dia (23), quando
foi constatada a irregularidade. A suspensão
do tráfego pelo local deverá
acontecer no prazo de cinco dias, a partir
da entrega do Aviso de Recebimento (AR). As
empresas terão que utilizar uma estrada
alternativa que existe na região para
transportar os resíduos.
Maria Helena Firmbach Annes