Panorama
 
 
 

PROJETOS PARA PROTEÇÃO DE ESPÉCIES MARINHAS TÊM IMPLEMENTO DO MMA E DA PETROBRAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2007

04/12/2007 - Suelene Gusmão - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fará nesta quarta-feira (5), às 11h, na sede do Projeto Tamar, na Praia do Forte, na Bahia, a soltura simbólica da nona milionésima tartaruga marinha. O ato representará o resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo projeto na proteção à população de três (Cabeçuda, Oliva e de Pente) das cinco espécies que habitam a costa brasileira. O número significa a quantidade de tartarugas procriadas nas áreas atendidas pelo Tamar em seus 27 anos de atividade. O ato contará com as presenças do secretário-executivo do MMA e presidente do ICMBio, João Paulo Capobianco, e do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.

Durante o evento será anunciada pela ministra a implantação do Planejamento Estratégico Integrado para os cinco projetos de conservação da biodiversidade marinha, que vêm sendo desenvolvidos numa parceria entre o MMA e a Petrobras, como o Tamar, o Peixe-boi Marinho, a Baleia Franca, Jubarte e o Golfinho Rotador. O planejamento tem por objetivo garantir que as políticas de conservação para estas espécies tenham sustentabilidade e evitem a extinção de espécies e de componentes da biodiversidade marinha ameaçados.

O trabalho conjunto entre MMA e Petrobras está planejado para um período de 10 anos com duas linhas de atuação. A primeira tem por objetivo evitar a extinção de espécies ameaçadas e a segunda possui uma vertente social, que vai garantir às populações locais oportunidade de emprego e renda. A pesquisa nestas áreas visa ampliar o conhecimento científico sobre as espécies, apoiar a utilização de Áreas Marinhas Protegidas como ferramenta de conservação das espécies-alvo, implantar sistema de informação integrado, promover a geração de emprego e renda por meio do uso não letal das espécies alvo e educação ambiental e capacitação comunitária. São os seguintes os projetos que serão alvo de planejamento estratégico:

Baleia Franca - A baleia franca Austral é considerada ainda hoje uma das espécies de grandes cetáceos mais ameaçadas de extinção. Em setembro de 2000 foi criada por decreto a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, abrangendo 156 mil hectares da costa centro-sul catarinense, identificada como a mais importante área de reprodução da espécie em águas jurisdicionais brasileiras. O projeto tem entre seus objetivos assegurar a conservação da baleia Franca no Brasil e na bacia oceânica do Atlântico Sul, promovendo a recuperação das populações, gerando conhecimentos técnico-científicos essenciais à gestão da espécie e seu ambiente.

Baleia Jubarte - Presente na lista de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção, a baleia Jubarte tem sua área de abrangência em quase toda costa brasileira. Do Rio Grande do Norte a São Paulo, o projeto trabalha com estimativas populacionais e de distribuição da espécie por meio de censos aéreos e cruzeiros de observação; no litoral da Bahia e do Espírito Santo são realizados cruzeiros de observação durante a temporada reprodutiva, o monitoramento de encalhes de cetáceos, o monitoramento de barcaças para transporte de eucalipto, atividades de educação ambiental e o monitoramento do turismo de observação de baleias; na costa brasileira anualmente são realizados resgates de baleias jubarte encalhadas vivas. Entre os objetivos do projeto, a realização de pesquisas relacionadas a parâmetros demográficos, população, distribuição e comportamento para subsidiar as ações de conservação das espécies; mitigação e estudo dos impactos antrópicos sobre as baleias, atuação na política e pesquisa internacional visando a proteção da espécie.

Golfinho Rotador - Espécie considerada com dados insuficientes no Brasil e internacionalmente. No Brasil, a atividades do programa de pesquisa do Projeto Golfinho Rotador abrangem o arquipélago Fernando de Noronha, onde as pesquisas são mais intensas. No restante de toda a costa nordestina brasileira, onde são realizados estudos de distribuição e genética do golfinho-rotador. Entre os objetivos do projeto estão o de manter o status atual de conservação da população de rotadores de Fernando de Noronha, minimizar a pressão antrópica sobre os rotadores de Fernando de Noronha, elevar o nível de conscientização e informação ambiental de ilhéus, visitantes e pesquisadores, apoiar o desenvolvimento sustentável de Fernando de Noronha.

Peixe-boi - O Brasil é o único país onde ocorrem duas das atuais quatro espécies de peixe-boi que são: o peixe-boi marinho e o peixe-boi amazônico. Essas espécies ocorrem em ambientes rasos de rios, estuários e mar. Podem chegar a medir quatro metros e pesar 600 quilos e são lentos e inofensivos. Por estas características a espécie foi extremamente caçada e seu processo de extinção teve início com a colonização do Brasil. Nas duas últimas décadas, a caça no litoral praticamente desapareceu, permanecendo ainda na região amazônica. O projeto Peixe-boi surgiu em 1980 a partir da necessidade de se diagnosticar a situação do peixe-boi marinho em território brasileiro. O projeto tem por objetivo geral evitar a extinção do peixe-boi marinho no Brasil.
Tamar - O projeto Tamar tem por objetivo proteger as cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, promovendo o maior conhecimento do ciclo de tartarugas marinhas no litoral brasileiro, a inclusão social por meio da criação de alternativas econômicas e a conscientização ambiental de todos os setores da sociedade capazes de garantir a conservação das tartarugas marinhas a longo prazo. No Tamar, as atividades de proteção, manejo e pesquisa, nas áreas prioritárias de ocorrência de tartarugas marinhas, são desenvolvidas a partir de 21 bases distribuídas em nove estados brasileiros, abrangendo cerca de 1.100 quilômetros

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Ministra faz soltura simbólica de tartaruga de número nove milhões

05/12/2007 - Suelene Gusmão - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou nesta quarta-feira (5), na praia do Forte, na Bahia, da soltura simbólica do filhote nono milionésimo, número que significa a quantidade de tartarugas procriadas nas áreas de atuação do Projeto Tamar. Outras dezenas de filhotes da espécie foram soltas no mar, em celebração aos resultados positivos alcançados pelo projeto, que há 27 anos desenvolve trabalho intensivo de proteção à população de três das cinco espécies que habitam o litoral brasileiro. Também ganharam o mar três espécies adultas das tartarugas Cabeçuda, Oliva e de Pente, que passaram os últimos meses no interior do Tamar se recuperando das lesões sofridas pelas redes de pescadores e pelas hélices dos barcos.

No evento foram assinados acordos entre o MMA e a Petrobras para implantação do Planejamento Estratégico Integrado para os cinco projetos de conservação da biodiversidade marinha - Tamar, Peixe-boi Marinho, Baleia Franca, Jubarte e Golfinho Rotador - para os próximos dez anos. O planejamento tem por objetivo garantir que as políticas de conservação para essas espécies tenham sustentabilidade e evitem a extinção de componentes da biodiversidade marinha ameaçados.

Do processo de soltura das tartarugas participaram ainda o secretário-executivo do MMA e presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), João Paulo Capobianco; o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, além de representantes dos governadores dos estados brasileiros onde as três espécies de tartarugas ocorrem em maior quantidade (Bahia, Sergipe e Espírito Santo). No Tamar, as atividades de proteção, manejo e pesquisa nestas áreas prioritárias são desenvolvidas a partir de 21 bases distribuídas em nove estados brasileiros, abrangendo cerca de 1.100 quilômetros.

Em seu discurso a ministra Marina Silva homenageou os responsáveis pelo Projeto Tamar, que, no passado, tiveram a capacidade de pensar em medidas para proteger essas espécies marinhas ameaçadas. "Quero homenagear aqueles que num tempo bem atrás eram chamados de 'malucos' por estarem tentando salvar tartarugas. Hoje celebramos o resultado desse esforço", disse.

Segundo a ministra, tudo isso está dentro de um processo de ressignificação, que se repete na atualidade, em termos de valores, em relação a outras coisas e a outros processos. "Estamos ressignificando a nossa visão de desenvolvimento. Dizendo agora que não queremos nossa economia carbonizada. Vivemos um período de transição, onde buscamos outras fontes de energia. Esse é um processo de ressignificação. Então, a minha primeira homenagem é para aqueles que há quase 27 anos falaram para um outro tempo, que hoje vivemos aqui", disse a ministra.

O secretário-executivo do MMA e presidente do ICMbio, João Paulo Capobianco, definiu o sucesso do projeto como uma caminhada, com longo percurso pela frente, com vários problemas para resolver e desafios para enfrentar. Ele lembrou que o Tamar só se viabilizou pela obstinação de se fazer algo de concreto e relevante na defesa do patrimônio biológico.

Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Projeto Tamar e representante dos Projetos de Biodiversidade Marinha, falou de seu sonho de ver o Brasil comparado a países desenvolvidos no que se referia à conservação marinha. "Esse projeto, com destaque no panorama mundial, tem elevado o Brasil perante a outras nações", informou. De acordo com ele, depois de dois anos de intenso trabalho conseguiu-se consolidar um planejamento estratégico capaz de garantir o futuro dos cinco maiores projetos de conservação marinha brasileiro para os próximos dez anos.

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Entregue Prêmio Chico Mendes 2007

06/12/2007 - "A festa é de vocês", garantiu o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, aos vencedores do VI Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, edição 2007, durante a cerimônia de premiação realizada na noite desta terça-feira (5), em Brasília. Ao falar um pouco sobre a história do prêmio -- instituído em 2002 -, o secretário lembrou que dele resultaram "um universo de experiências" que "demonstram a dinâmica e a diversidade de projetos em curso na Amazônia". "E a diversidade que vimos na noite de hoje nos estimula - a nós que somos, antes de mais nada, militantes em defesa da Amazônia - a ampliarmos nossos trabalhos e nossos esforços."

Capobianco citou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao destacar resultados das muitas ações do governo - valendo-se do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia - diante do desafio de preservar a região: o menor índice de desmatamento desde1988; a criação de mais de 20 milhões de hectares de unidades de conservação; a homologação de 10 milhões de hectares de terras indígenas; e a criação do Instituto Chico Mendes, para citar alguns.

Os atores Victor Fasano e Christiane Torloni conduziram a cerimônia de entrega dos prêmios às 18 iniciativas vencedoras de 2007 - selecionadas pelo MMA entre mais de 600 inscrições. Nesta quinta edição, o Prêmio Chico Mendes foi concedido a personalidades, instituições ou equipes que se destacaram nas categorias Organização Não-Governamental, Negócios Sustentáveis, Ciência e Tecnologia, Arte e Cultura, Associação Comunitária e Liderança Individual. Os três vencedores de cada categoria foram diplomados; e os primeiros colocados receberam prêmio de R$ 20 mil, cada. A festa da premiação contou com show de Almir Sater e exposição do artista plástico acreano Bab Franca.

O primeiro lugar na categoria Organização Não-Governamental foi para a Associação de Certificação Socioparticipativa da Amazônia (ACS/Amazônia), que tem como missão desenvolver, nas comunidades da Amazônia, um processo de certificação participativa que garanta a qualidade e a sustentabilidade dos processos e produtos relativos ao agroextrativismo na região.

Na categoria Negócios Sustentáveis, por sua vez, a primeira colocada foi a Ecoban Agroindustrial Ltda. (Ouro Verde Amazônia), de Alta Floresta (MT), que se dedica à produção e à comercialização de derivados da castanha-do-brasil.

Em Ciência e Tecnologia, a vencedora foi a Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé, que atua na região Sudeste do Amazonas e em Rondônia e desenvolve diversos projetos e atividades de proteção ao meio ambiente e aos direitos indígenas.

Já o prêmio de Arte e Cultura foi para os documentaristas John Adrian Cowell e Vicente Silvério Rios - que construíram o maior acervo cinematográfico sobre a natureza e o homem da região - e para a pesquisadora Stella Oswaldo Cruz Penido, que realizou um projeto para o transporte adequado das seis toneladas de material.

O primeiro colocado na categoria Associação Comunitária foi a Associação Ashaninka do Rio Amônia - Apiwtxa -, do Acre, por meio da qual este povo indígena, exemplo de sustentabilidade social e ambiental, firmou parcerias para execução de projetos voltados para a implementação de atividades sustentáveis.
Por fim, o indigenista José Carlos dos Reis Meirelles Júnior foi o vencedor na categoria Liderança Individual, em reconhecimento aos muitos anos de trabalho junto a comunidades indígenas do Acre, especialmente no que diz respeito à proteção de povos ainda isolados.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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