O secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, apresenta nesta quarta-feira
(12), às 9 horas, no plenarinho da
Assembléia Legislativa, o Plano Estadual
para Erradicação de Espécies
Exóticas - que vem sendo implementado
pelo Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) desde o início da sua gestão.
A apresentação
faz parte do Seminário “A ameaça
das espécies exóticas invasoras
à conservação da biodiversidade
e dos recursos naturais”, proposto pelo deputado
estadual e presidente da Comissão de
Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia
Legislativa, Luiz Eduardo Cheida (PMDB).
O Paraná é
considerado o Estado mais avançado
da América Latina no controle destas
espécies. De acordo com o secretário
Rasca, 156 países já utilizam
as portarias do Instituto contendo a primeira
lista do país com as espécies
exóticas invasoras. “Além disso,
o IAP reconheceu o problema oficialmente e
editou uma outra portaria, que estabelece
a retirada das espécies das Unidades
de Conservação”, contou Rasca.
Para a coordenadora do Programa
de Espécies Invasoras para a América
do Sul da organização não-governamental
“The Nature Conservancy” e fundadora do Instituto
Hórus de Desenvolvimento e Conservação
Ambiental, Silvia Ziller – que também
participa do Seminário - o trabalho
do IAP é extremamente significativo,
pois a lista contendo as espécies é
fundamental para respaldar a legislação
na sua erradicação. “O artigo
61 da Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605
prevê punição para quem
disseminar doença ou praga ou espécies
que possam causar danos à agricultura,
à pecuária, à flora e
à fauna nativa nacional. Mas, sem saber
quais são essas espécies, não
há meios de responsabilizar uma pessoa
que introduz exóticas no meio ambiente”,
explicou Silvia.
As espécies exóticas
invasoras - aquelas que não são
nativas de um ambiente – já são
tidas como a primeira causa de redução
da biodiversidade no mundo. “Estas espécies
dominam o espaço das nativas, simplificando
e diminuindo a multiplicidade da flora e também
da fauna no Estado”, explicou o deputado Cheida.
Além disso, estas
espécies vêm causando sérios
prejuízos econômicos pelo fato
de provocarem impactos negativos como a diminuição
no rendimento de plantações,
degradação de ecossistemas e,
principalmente, danos à saúde
humana. Doenças como o dengue e a tripanossomíase
são causadas por espécies exóticas.
Segundo levantamento do
Programa Global de Espécies Invasoras,
os Estados Unidos gastam, anualmente, U$ 137
bilhões em ações de erradicação
e controle de espécies exóticas.
O governo da África do Sul está
gastando U$ 40 milhões anuais com a
erradicação de uma espécie
exótica arbórea, que provocou
diminuição do suprimento de
água para comunidades próximas.
Durante o Seminário,
serão discutidos temas como as Diretrizes
da conservação de biodiversidade
seguidas pelo Instituto Ambiental do Paraná
(IAP), Impactos Ambientais e Econômicos
de espécies exóticas invasoras
e Impactos sobre ecossistemas aquáticos.
Projeto e Lei – Devido à
necessidade de uma legislação
voltada ao controle e a erradicação
das espécies exóticas, órgãos
ambientais estaduais e ONGs envolvidas com
o tema procuraram o apoio do deputado Luiz
Eduardo Cheida, que atuou como secretário
do Meio Ambiente até 2006. A discussão
na Assembléia tem como objetivo subsidiar
o Projeto de Lei.
Estudos já realizados
comprovam que, os seres humanos são
os principais responsáveis pelo transporte
de espécies exóticas para fora
das suas regiões de ocorrência
natural, visando o desenvolvimento econômico
e retorno financeiro. “Isso ocorre sem qualquer
controle por parte das autoridades e sem com
que as pessoas prevejam os riscos ambientais,
o manejo adequado e medidas preventivas contra
a invasão”, reforçou o deputado.
Como exemplo de espécies
exóticas estão o Caramujo-Africano,
Mexilhão-Dourado, Abelha-Africanizada,
Tucunaré, Javali, Pinus, Amarelinho,
Mamona, Madressilva, Braquiária, entre
outras.
Participam do debate o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues; o diretor do Departamento
de Biodiversidade e Áreas Protegidas
do IAP, João Batista Campos; a coordenadora
do Programa de Espécies Invasoras para
a América do Sul da organização
não-governamental “The Nature Conservancy”
e fundadora do Instituto Hórus de Desenvolvimento
e Conservação Ambiental, Silvia
Ziller; o engenheiro florestal do The Nature
Conservancy, Rafael Zenni e o biólogo
da Universidade Estadual de Maringá
(UEM), Antônio Agostinho. O Seminário
será aberto ao público.
Federação
de Bodyboard contribui com ações
ambientais do governo no litoral
Veranistas, competidores
e, até mesmo, vendedores ambulantes
que acompanharam a 3ª e última
etapa do Circuito Paranaense de Bodyboard
2007 - realizado no último final de
semana (08 e 09), no balneário de Praia
de Leste, Pontal do Paraná – foram
informados sobre a importância da regularização
dos esgotos domésticos para melhoria
da qualidade da água no litoral paranaense
e preservação ambiental.
O vendedor de coco, Luiz
Carlos de Oliveira, que há quatro anos
trabalha nas areias das praias do Paraná,
não sabia que muitos esgotos eram emitidos,
de maneira irregular, em rios e canais.
“Estou sabendo disso agora.
Muito bacana os surfistas estarem nos informando”,
declarou o vendedor completando “Sempre fui
uma pessoa preocupada com o meio ambiente
e adoraria poder entregar uma sacolinha desta
para cada freguês que compra coco comigo.
Assim, estaríamos evitando que o resíduo
seja deixado na praia”, comentou Luiz Carlos
referindo-se as sacolas oxi-biodegradáveis,
produzidas pela Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos e distribuídas
pela comissão organizadora do campeonato
durante o evento.
AÇÕES - Além
das três mil sacolas oxi-biodegradáveis
para disposição do lixo, foram
entregues ao público cartilhas sobre
coleta seletiva, divulgação
da Campanha “Se Ligue Na Rede”, da Sanepar
e promovidas atividades e gincanas com cunho
ambiental. A iniciativa se deve a uma parceria
entre a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (SEMA), Sanepar e Federação
Paranaense de Bodyboard.
A atleta Lorraine Lima (PR),
campeã mundial de bodyboard na categoria
amador, fez questão de ajudar na ação
ambiental e distribuiu sacolas biodegradáveis
nos intervalos das competições.
“A conscientização ambiental
não só dos atletas, como também
do público que estava na praia, é
muito importante para a proteção
dos ecossistemas. A poluição
prejudica o visual da praia e traz mau cheiro,
mais um grande motivo para ajudarmos a juntar
o lixo”, ressaltou. Ela ainda disse, os paranaenses
devem ajudar a manter a qualidade da água
das praias. “Temos que cuidar da orla e da
água também. No Paraná,
a água é muito mais limpa, se
comparado com as praias do Rio de Janeiro,
onde moro atualmente”, finalizou.
CORPO DE BOMBEIROS – Além
do trabalho voltado à educação
ambiental, a Federação contou
com o apoio do Corpo de Bombeiros de Pontal
do Paraná, que fez uma demonstração
sobre primeiros socorros após um afogamento.
A ação, coordenada
pelo tenente Romeu Tadashi Yagui, serve para
auxiliar caso não haja posto de salva-vidas
perto do local da ocorrência.
“O bom atendimento é
de extrema importância, já que
os primeiros segundos após o afogamento
são cruciais para a vida do ser humano
em questão”, disse o tenente Yagui.
Segundo ele, a maior incidência de casos
de afogamento acontece no período diurno,
com homens entre 18 e 25 anos, normalmente
na temporada de verão quando há
maior concentração de turistas
na região. No município de Pontal
do Paraná, a maior incidência
acontece no Balneário de Ipanema devido
a quantidade de pessoas que freqüentam
as praias.
PARCERIA - O presidente
da Federação Paranaense de Bodyboarding
(FPB), Stéfano Triska, a parceria contribuiu
com a qualidade do campeonato. “Foi muito
importante para os familiares dos atletas
e para o público em geral ver que eles
estão inseridos em um meio onde há
preocupação sócio-ambiental.
Esporte é qualidade de vida, assim
como, meio ambiente e saneamento”, declarou
Stéfano. Ele ainda reforçou,
que a Federação estará
abrindo espaço para divulgação
de todos os programas e projetos que tenham
a intenção de criar novas perspectivas
para a população do litoral.
O evento recebeu 80
(oitenta) atletas do Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Os atletas participaram de categorias como:
Open Masculino, Open Feminino, Amador Masculino,
Iniciante Masculino, Iniciante Feminino, Mirim
(até 16 anos), Máster (acima
de 28 anos) e Drop Knee (de joelho na prancha).