Para Lula, governo conseguiu
um bom resultado com o leilão da usina
do Rio Madeira
10 de Dezembro de 2007 -
Luciana Vasconcelos - Repórter da TV
Brasil - Buenos Aires (Argentina) - Pouco
antes de embarcar para o Brasil, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva disse, no
aeroporto de Buenos Aires, que estava satisfeito
com os resultados do leilão para a
construção da Usina Hidrelétrica
Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.
“Estou feliz hoje porque
na concorrência da hidrelétrica
do Rio Madeira, tivemos um deságio
de mais de 35%, ou seja, é uma coisa
extraordinária porque havia muita gente
pessimista dizendo que não ia acontecer”,
disse o presidente Lula que participou hoje
(10) da posse da nova presidente da Argentina,
Cristina Kirchner.
O Consórcio Madeira
Energia - formado pelas empresas Furnas Centrais
Elétricas; Odebrecht Investimentos
em Infra-estrutura; Construtora Norberto Odebrecht;
Fundo de Investimentos e Participações
Amazônia Energia (FIP), formado pelos
bancos Banif e Santander; Andrade Gutierrez
Participações; e Cemig Geração
e Transmissão - venceu hoje (10) o
leilão para a construção
da Usina Hidrelétrica Santo Antônio.
O consórcio vencedor
foi o que apresentou a menor tarifa para a
venda da energia, de R$ 78,87 por megawatt-hora.
O teto definido pelo Ministério de
Minas e Energia era de R$ 122 por megawatt-hora.
Três consórcios disputaram o
leilão, que durou sete minutos.
+ Mais
Presidente da Eletrobrás
diz que competição no leilão
da usina do Rio Madeira foi boa para consumidor
11 de Dezembro de 2007 -
Vladimir Platonow - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - O presidente da
Eletrobrás, Walter Cardeal, considerou
positivo o resultado do leilão para
a construção da hidrelétrica
de Santo Antônio, realizado ontem (10),
e vencido pelo consórcio liderado por
Furnas e pela construtora Odebrecht.
“O preço foi maravilhoso,
o retorno está dentro dos parâmetros
econômicos possíveis. A sociedade
brasileira agradece. Conseguimos preços
competitivos, com remuneração
adequada e justa. A competição
é essencial para que se estabeleça
preços justos e adequados, a uma remuneração
que caiba no bolso do consumidor brasileiro
e que possa garantir que os empreendimentos
aconteçam.”
“Com isso, estamos retomando
a geração de grande porte e
larga escala de energia renovável e
hídrica da região amazônica,
que é o nosso maior potencial, com
mais de 150 mil megawatts”, defendeu Cardeal.
O presidente da Eletrobrás
afirmou que o processo de aprendizado a partir
da realização dos licenciamentos
do Rio Madeira, com as usinas de Santo Antônio
e Jirau, deverão facilitar o andamento
de outras hidrelétricas, como a de
Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.
“É um processo de
conhecimento contínuo. Fazia 23 anos
que não fazíamos um grande empreendimento
na região amazônica. Quanto a
Belo Monte, nós já conseguimos
o termo de referência com o Ibama [Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis],
o que é um grande avanço”, comemorou
Cardeal, frisando que o processo de licenciamento
ambiental de Belo Monte será amplamente
discutido com a sociedade.
Segundo o presidente da
Eletrobrás, a empresa vai aumentar
os investimentos para o próximo ano,
devendo ultrapassar R$ 5 bilhões.
Cardeal participou hoje
(11) da cerimônia de entrega dos selos
e dos prêmios do Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica
(Procel) e do Programa Nacional de Racionalização
do Uso dos Derivados do Petróleo e
do Gás Natural (Compet) a pessoas e
empresas que tenham se destacado ou contribuído
com melhorias na economia energética
em indústrias, empresas públicas
e mídia.
Os selos Procel e Compet
indicam que os equipamentos são mais
econômicos no uso de energia elétrica
ou de gás.
Na cerimônia de premiação,
realizada no Rio de Janeiro, a Petrobras foi
representada pela diretora de Gás e
Energia, Graça Foster. Segundo ela,
no mundo atual, garantir energia é
questão de soberania, o que torna importante
reeducar os consumidores e produtores para
sua conservação.
"É crucial que,
para o mesmo volume de energia, você
possa gerar muito mais produto. Eficiência
energética tem relevância quase
tão grande quanto gerar energia."
+ Mais
Consórcio integrado por Furnas e Odebrecht
vence leilão de usina no Rio Madeira
10 de Dezembro de 2007 -
Hugo Costa - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - O Consórcio
Madeira Energia venceu o leilão para
a construção da Usina Hidrelétrica
Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.
O resultado foi divulgado há pouco
pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
O consórcio vencedor
foi o que apresentou a menor tarifa para a
venda da energia, de R$ 78,87 por megawatt-hora.
O teto definido pelo Ministério de
Minas e Energia era de R$ 122 por megawatt-hora.
Três consórcios disputaram o
leilão, que durou sete minutos.
O Consórcio Madeira
Energia é formado pelas empresas Furnas
Centrais Elétricas S/A (39%); Odebrecht
Investimentos em Infra-estrutura Ltda. (17,6%);
Construtora Norberto Odebrecht S.A. (1%);
Fundo de Investimentos e Participações
Amazônia Energia (FIP), formado pelos
bancos Banif e Santander (20%); Andrade Gutierrez
Participações S/A. (12,4%);
e Cemig Geração e Transmissão
S/A (10%).
A Odebrecht e a Furnas elaboraram
o estudo de impacto ambiental (EIA) do empreendimento.
Pouco antes do horário
previsto para o início do leilão,
a Polícia Militar expulsou os manifestantes
que ocupavam o prédio da Aneel. Sete
militantes reagiram jogando pedras nos policias
e foram presos. Os militantes do MAB também
fizeram uma caminhada na Esplanada dos Ministérios.
Eles protocolaram dois pedidos no Ministério
de Minas e Energia. Um contra a construção
do complexo do Rio Madeira e outro contra
a transposição do Rio São
Francisco.
+ Mais
Furnas diz que usina no
Rio Madeira respeitará meio ambiente
e população local
10 de Dezembro de 2007 -
Vitor Abdala - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - A empresa Furnas
Centrais Elétricas divulgou hoje (10)
uma nota à imprensa informando que
o projeto de construção da Usina
Hidrelétrica de Santo Antônio,
no Rio Madeira (RO), irá conciliar
“geração de energia com respeito
ao meio ambiente e às populações
da região”.
Furnas foi uma das vencedoras
do leilão para a construção
da usina de Santo Antônio, por meio
do consórcio Madeira Energia, do qual
também fazem parte a Odebrecht Investimentos
em Infra-estrutura Ltda.; a Construtora Norberto
Odebrecht S.A.; o Fundo de Investimentos e
Participações Amazônia
Energia (FIP), formado pelos bancos Banif
e Santander; a Andrade Gutierrez Participações
S/A; e a Cemig Geração e Transmissão
S/A.
Por meio da nota, o presidente
da empresa, Luiz Paulo Conde, afirma que Furnas
apostava na hidrelétrica desde 2001,
“quando pouca gente apostava na sua viabilidade”.
Os estudos para a instação
da usina hidrelétrica de Santo Antônio
começaram em 2001 e, de acordo com
a nota, “adotaram cuidados para que os impactos
da construção sejam os menores
possíveis”. A barragem, com altura
de 13,9 metros, e a turbina do tipo bulbo,
não exigem “grandes reservatórios,
mas sim grandes volumes e velocidade de água”,
afirma Furnas, em nota.
Furnas e Odebrecht elaboraram
o estudo de impacto ambiental (EIA) do empreendimento.
A Usina Hidrelétrica
de Santo Antônio terá capacidade
de gerar 3.150 megawatts e será dividida
em três unidades geradoras. A primeira
e a segunda unidade, que têm início
de obras previsto para dezembro de 2008, devem
entrar em operação em dezembro
de 2012. A última unidade deve começar
a funcionar apenas em junho de 2016.
O empreendimento deverá
custar cerca de R$ 9,5 bilhões. Desse
total, R$ 90 milhões serão usados
para compensar impactos ambientais e sociais,
diz a nota.
+ Mais
Manifestação
atrasa início de leilão de usina
no Rio Madeira
10 de Dezembro de 2007 -
Marcela Rebelo e Hugo Costa - Repórteres
da Agência Brasil - Brasília
- Ocorre hoje (10) na sede da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
em Brasília, o primeiro leilão
da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio,
no Rio Madeira (RO). O leilão estava
marcado para começar às 10h,
mas está atrasado. A previsão
é que tenha início por volta
de 12h30.
Integrantes do Movimento
de Atingidos por Barragens (MAB) e da Via
Campesina chegaram a ocupar o prédio
da Aneel no início da manhã,
mas foram retirados pela Polícia Militar.
Eles pedem a suspensão do leilão.
Três ações também
questionam a licitação na Justiça.
O Ministério Público
Federal entrou na Justiça Federal de
Rondônia com uma ação
no final de 2006 e outra no início
deste ano. A organização não-governamental
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
entrou com uma Ação Civil Pública
na Justiça Federal do Distrito Federal
na última quarta-feira. As ações
contestam a licença prévia ambiental
concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) ao empreendimento.
Os advogados da União
montaram um plantão para evitar que
ações de última hora
impeçam o leilão. De acordo
com a Advocacia-Geral da União (AGU),
a força-tarefa conta com 71 advogados
e 71 servidores de apoio em todo o país.
Segundo a AGU, o plantão se justifica
pela importância estratégica
do empreendimento.
Os representantes dos três
consórcios já estão reunidos
na Aneel para participar do leilão,
que será realizado por sistema eletrônico
em ambiente fechado. Ganha quem oferecer a
menor tarifa para a venda da energia, cujo
preço teto foi definido pelo Ministério
de Minas e Energia em R$ 122 por megawatt-hora
(MWh).
Segundo a Aneel, a usina
Santo Antônio terá 3.150,4 megawatts
de capacidade instalada e custará R$
9,5 bilhões. O empreendimento deverá
gerar energia a partir de dezembro de 2012,
data prevista para a entrada em operação
das duas primeiras unidades geradoras.
Veja as empresas que formam
os três consórcios que participarão
do leilão, de acordo com informações
da Aneel:
1) Consórcio Madeira
Energia: Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura
Ltda. (17,6%); Construtora Norberto Odebrecht
S.A. (1%); Andrade Gutierrez Participações
S/A. (12,4%); Cemig Geração
e Transmissão S/A (10%); Furnas Centrais
Elétricas S/A (39%) e Fundo de Investimentos
e Participações Amazônia
Energia (FIP - formado pelos bancos Banif
e Santander) (20%)
2) Consórcio Energia
Sustentável do Brasil – Cesb: Suez
Energy South América Participações
Ltda. (51%); Eletrosul Centrais Elétricas
S/A (49%).
3) Consórcio de Empresas
Investimentos de Santo Antônio – Ceisa:
Camargo Correa Investimentos em Infra-estrutura
S/A (0,9%); Companhia Hidro Elétrica
do São Francisco – CHESF (49%); CPFL
Energia S/A (25,05%); ENDESA Brasil S/A (25,05%).
+ Mais
Governador de Rondônia
espera que construção de usina
traga investimentos
10 de Dezembro de 2007 -
Hugo Costa - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - Governador de Rondônia,
Ivo Cassol, concede entrevista antes do leilão
da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira.
Esta é a primeira unidade do Complexo
Hidrelétrico do Rio Madeira a ser licitada
Brasília - O governador de Rondônia,
Ivo Cassol, prevê aumento de investimentos
privados no estado por causa da construção
da usina hidrelétrica de Santo Antônio,
no Rio Madeira. Além dos gastos de
R$ 9,5 bilhões previstos nas obras,
a promessa é de que outras empresas
sejam instaladas na região.
“O fluxo de dinheiro que
vai fomentar o comércio e a indústria
dentro do estado é muito grande. O
grupo Votorantim já está instalando
uma unidade para a produção
de cimento e muitas outras empresas virão.
E nós queremos mais”, afirmou Cassol
na sede Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), onde ocorreu o leilão.
A Aneel estima que 13 mil
empregos diretos sejam criados com a construção
da usina. Cassol disse que os investimentos
são fundamentais não apenas
para a região, mas para todo o país.
O governador foi incisivo ao falar sobre quem
se opõe à instalação
da hidrelétrica.
“É só pedir
para a comunidade local parar de assistir
aos joguinhos na televisão, parar de
ligar o ar condicionado e parar de tomar cerveja
gelada. Todo mundo gosta de conforto e de
boa mordomia, mas, na hora de atrapalhar,
eles esquecem que a geração
de emprego e renda tem de ter obras estruturantes”,
criticou.
Dezenas de manifestantes
haviam invadido a sede da Aneel, em Brasília,
horas antes da realização do
leilão. A Polícia Militar teve
de agir e um tumulto foi iniciado na recepção
da agência. Sete pessoas foram presas.
Por causa da confusão, houve mais de
duas horas e meia de atraso no processo que
foi vencido pelo consórcio Madeira
Energia, cujos maiores participantes são
a estatal Furnas e a empreiteira Odebrecht.
As primeiras turbinas da hidrelétrica
de Santo Antônio devem ser ativadas
em 2012.
+ Mais
Presidente da Funai vai
a reserva em Rondônia e espera liberação
de reféns para hoje
11 de Dezembro de 2007 -
Daniel Merli - Repórter da Empresa
Brasil de Comunicação (EBC)
- Brasília - O presidente da Fundação
Nacional do Índio (Funai) Márcio
Meira partiu há pouco, de helicóptero,
de Cacoal, município no interior de
Rondônia, para a Reserva Indígena
Roosevelt. Segundo a assessoria de imprensa
da Funai, Meira negociará com os índios
Cinta Larga a liberação de cinco
pessoas que estão detidas desde sábado
(8), como forma de protesto contra a exploração
de diamantes na reserva.
Desde ontem na região,
Meira conversou esta manhã com representantes
dos Cinta Larga que foram a Cacoal. Ficou
acertada, segundo a assessoria da Funai, que
as cinco pessoas detidas seriam libertadas
após a visita de Meira à reserva.
Também teria sido
negociada a ida, semana que vem, de cinco
representantes do índios a Brasília,
para uma reunião com o ministro da
Justiça, Tarso Genro. A assessoria
da Funai informa que Meira considera as reivindicações
indígenas justas, mas que algumas delas
não são de responsabilidade
da instituição, o que exige
uma audiência com Tarso.
O presidente da Funai conversou,
por telefone, com as cinco pessoas detidas
e, segundo a asessoria, foi informado de que
passam bem.
Ontem, os Cinta-Larga
divulgaram uma carta na qual afirmam que a
reserva “tornou-se um barril de pólvora”
desde a descoberta de uma jazida de diamante
no local há sete anos. No texto, os
índios afirmam não querer a
liberação de garimpo em terras
indígenas e exigem políticas
de desenvolvimento sustentável para
libertar os reféns.