Negligência
no mar: vazamentos de óleo atingem
Coréia do Sul e, agora, Noruega
12 de Dezembro de 2007 Internacional
— Em uma semana, cerca de 15 mil toneladas
de petróleo foram derramados nos oceanos
em apenas dois acidentes. Greenpeace denuncia
incapacidade de empresa norueguesa de tomar
medidas ambientais para evitar esse tipo de
desastre.
Menos de uma semana depois
do gigantesco derramamento de óleo
no litoral da Coréia do Sul, que causou
comoção internacional pela destruição
ambiental que provocou, outro vazamento ocorrido
nesta quarta-feira causa apreensão,
desta vez a 200 quilômetros da costa
da Noruega.
Cerca de 4 mil toneladas
(ou 25 mil barris) de óleo cru vazaram
da plataforma Statfjord A, no Mar do Norte,
durante operação de abastecimento
do navio-tanque Navion Britannica, em condições
climáticas desfavoráveis - vento
e ondas fortes.
O vazamento está
sendo considerado o segundo maior da história
da Noruega. O óleo derramado está
seguindo para o norte e provavelmente não
atingirá nenhuma terra. As ondas estão
muito altas para permitir o uso de bóias
e qualquer outro esquema de retenção
do óleo.
A região onde ocorreu
o vazamento é considerada rica em recursos
pesqueiros e fica ao norte da área
que o Greenpeace propõe para a criação
da reserva marinha Viking Bank.
"Esse acidente nos
confirma novamente que a StatoilHydro (empresa
responsável pela plataforma) é
incapaz de tomar as medidas ambientais necessárias
para evitar esse tipo de acidente", afirma
Truls Gulowsen, do Greenpeace Noruega, que
questiona o fato da empresa realizar abastecimento
de navios-tanques em tais condições
climáticas adversas.
Na semana passada, 10,5
mil toneladas de petróleo foram derramadas
no litoral sul-coreano, afetando dezenas de
quilômetros de costa, entre as quais
zonas pesqueiras do país.
Duzentos navios e cinco
aviões estão trabalhando na
limpeza e contenção do óleo,
além de 16 mil soldados, policiais,
funcionários e voluntários.
Apesar de todo o esforço, foram recolhidas
apenas 915 toneladas de petróleo e
quase 5 mil de lixo até o momento.