O Batalhão de Polícia
Ambiental – Força Verde – da Polícia
Militar lançou, na tarde desta sexta-feira
(14), a “Campanha Força Verde Carbono
Zero”. Foram plantadas 428 árvores
para neutralizar o gás carbônico
liberado com o combustível gasto pelas
viaturas durante as atividades realizadas
no ano de 2007. Segundo o comandante da unidade,
tenente-coronel Sérgio Filardo, as
árvores, em fase de crescimento, absorvem
mais oxigênio.
O coordenador estadual de
Biodiversidade, Francisco Lange, representou
o secretário do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, Raska Rodrigues. A campanha
integra as ações de educação
ambiental da Força Verde. No site www.pm.pr.gov.br/ambiental
qualquer pessoa pode calcular a emissão
de gás carbônico dos veículos
particulares e saber quantas árvores
são necessárias plantar para
ajudar a melhorar a qualidade do ar. Segundo
o coordenador, esta iniciativa tem a finalidade
de buscar a sustentabilidade social do planeta.
Na sede do Batalhão,
em São José dos Pinhais, Região
Metropolitana de Curitiba, foram plantadas
28 árvores. As outras 400 mudas foram
distribuídas para quatro companhias
do Batalhão Ambiental. As árvores
são nativas do Paraná e foram
plantadas em sedes de Londrina, Foz do Iguaçu,
Guarapuava e Paranaguá. Cada sede de
Batalhão recebeu 100 mudas que serão
redistribuídas nas companhias Força
Verde na região.
Durante este ano, as viaturas
do Batalhão consumiram 19.348 litros
de óleo diesel e 7.343 litros de gasolina.
Com isso, foram liberadas na atmosfera 68,11
toneladas de gás carbônico. Com
o plantio de árvores nativas diversas,
simultâneo e coordenado em quartéis
da Força Verde em todo o Paraná,
a intenção é ao menos
neutralizar o carbono liberado.
+ Mais
Paraná garante participação
expressiva em debates sobre aquecimento global
no interior do Estado
Londrina e Maringá
receberam no sábado (15) as etapas
de encerramento das Conferências Regionais
do Meio Ambiente, promovidas para elaborar
propostas de políticas públicas
para combater o aquecimento global. Ao todo,
foram realizadas 13 conferências, que
reuniram mais de 6,5 mil pessoas. “Promovidas
nas mais diferentes realidades paranaenses,
as conferências estimularam as discusões
sobre mudanças climáticas e
de que forma podemos neutralizá-las
com um desenvolvimento sustentável”,
disse o secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.
Na última etapa das
conferências, mais de 600 pessoas da
região Norte contribuíram com
a proteção da natureza. A importância
da participação popular neste
processo de construção de políticas
públicas foi destacada pelo secretário
durante a abertura da conferência em
Londrina. “A política ambiental só
será forte se tiver o envolvimento
e cumplicidade da sociedade paranaense. As
conferências dão a oportunidade
para que a população participe
efetivamente deste processo”, disse Rasca.
Pedro Baggio, vice-presidente
da Sociedade Rural de Cornélio Procópio,
ressaltou a importância para a classe
empresarial da realização de
eventos abertos à participação
de todos os setores da sociedade. “Não
podemos cometer o erro de, por conta de mudanças
bruscas e inesperadas, provocar situações
que ponham em risco a estabilidade da empresas,
que por certo acarretarão na desestabilização
de nossa sociedade”, disse.
Também presente à
conferência de Londrina, o presidente
da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente
da Assembléia Legislativa do Paraná,
deputado estadual Luiz Eduardo Cheida, comentou
que os grandes problemas ambientais são
apenas a soma de pequenos problemas locais.
“O aquecimento é global, mas irá
atingir a todos nós”, alertou Cheida.
O tema Mudanças Climáticas
foi discutido nas 13 conferências a
partir de cinco eixos temáticos: Redução
das Causas, Adaptação aos Impactos,
Educação Ambiental, Pesquisa,
e também Controle Social e Fortalecimento
do Sistema Nacional do Meio Ambiente. O fortalecimento
da educação ambiental e maior
participação da sociedade, além
de pesquisa e desenvolvimento de mecanismos
para o combate às mudanças climáticas
foram os temas que figuraram na maioria das
propostas elaboradas nas Conferências
Regionais de Meio Ambiente.
Para elaboração
destas sugestões para a política
ambiental, foram formados grupos com cerca
50 participantes. Cada integrante teve a chance
de expor suas idéias durante alguns
minutos. Ao final das discussões, cada
grupo selecionou as propostas encaminhadas
à plenária. Concluída
a formulação de propostas, os
participantes eram separados em três
categorias – governamental, sociedade civil
e empresarial – para eleger seus representantes
para a conferência estadual. O número
de delegados é proporcional à
população da Unidade Hidrográfica.
Os delegados eleitos vão
apresentar as propostas na Conferência
Estadual do Meio Ambiente, em março
de 2008. “Com a aprovação na
plenária estadual, os anseios de todos
aqueles que participaram das discussões
serão incorporadas à política
ambiental praticada no Paraná”, disse
Rasca, durante o encerramento do evento em
Maringá. “Na Conferência Estadual
serão selecionadas as propostas e os
delegados que irão representar o Paraná
na Conferência Nacional do Meio Ambiente”,
completou.