Barreiras
(23/01/08) – A Gerência Executiva do Ibama
em Barreiras/BA, recebeu dois macacos da espécie
Alouatta caraya (Bugio) sendo um macho e uma fêmea
e outro da espécie Cebus libidinosus (Prego),
que eram mantidos em cativeiro. O receio da população
em ser contaminada pela febre amarela, tem levado
pessoas que mantém animais de forma irregular
a entregá-los ao Ibama voluntariamente.
Toda a Gerência está
empenhada em passar informações, esclarecendo
a população sobre os aspectos da contaminação
do vírus e o real papel do macaco no meio
ambiente, evitando a captura e matança desses
animais.
Localizada na região Oeste
da Bahia, fronteira com os estados de Goiás
e Tocantins, o município de Barreiras está
em área de alerta para a febre amarela. Diariamente
centenas de turistas vindos do Distrito Federal,
Goiás e Tocantins, atravessam o município
em direção às praias baianas,
além da Chapada Diamantina. Isso levou o
Governo Estadual a intensificar a vacinação
nesta região, bem como, o esclarecimento
junto à população dos riscos
de contaminação pelo vírus
causador da febre amarela.
Zenildo Soares
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Ibama resgata Gavião Real
baleado em Parintins
Manaus (21/01/08) - Um gavião
real adulto (Harpia harpyja), de cerca de 90 centímetros
de altura, foi baleado na semana passada por caçadores
na comunidade Vila Amazônia, em Parintins,
no Amazonas. O animal foi resgatado por pessoas
da comunidade que o levaram até à
sede do município para entregá-lo
ao escritório do Ibama em Parintins. Com
diversos ferimentos, o animal foi enviado ao Centro
de Triagem de Animais Silvestres em Manaus, onde
foi recebido no sábado à tarde (19)
pelos veterinários e analistas ambientais
Diogo Farias e Carlos Abraão.
De acordo com o chefe de Núcleo
de Faunas do Ibama no Amazonas, João Alfredo,
o gavião foi submetido ainda no sábado,
a exames de raio-x, e foi constatada fratura na
asa direita e detectada uma bala alojada na coxa.
Enfraquecido pelos ferimentos, o animal não
se alimenta e apresenta inflamações,
o que levou os veterinários do Ibama a implantar
uma sonda para alimentação forçada.
O gavião está sendo tratado com antiinflamatórios,
antibióticos e analgésicos, mas de
acordo com os últimos exames, o estado do
animal ainda é crítico. Hoje à
tarde o gavião foi submetido a uma cirurgia
para retirada do projétil alojado na coxa
e para a recomposição da asa direita.
O gavião real está
na lista dos animais com altíssimo risco
de extinção, do Ministério
do Meio Ambiente e consta também da lista
1 do CITES (Convenção sobre o Comércio
Internacional das Espécies da Fauna e da
Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção).
Apesar do estado da ave, os veterinários
do Ibama acreditam na possibilidade de recuperação
do animal, que poderá ser reintroduzido na
natureza, sendo monitorado por pesquisadores do
INPA.
Marcelo Dutra