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DF GANHARÁ CENTROS TECNOLÓGICOS PARA RESÍDUOS SÓLIDOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

Centro Tecnológico - 01/02/2008 - Projeto desenvolvido pela UnB busca melhorar a situação dos catadores

Beneficiar mais de 20 mil pessoas que vivem da coleta e comercialização de materiais recicláveis no Distrito Federal e entorno. Esse é o objetivo das ações que visam ao desenvolvimento de centros tecnológicos para o aproveitamento de resíduos sólidos urbanos no DF. A iniciativa reúne como parceiros o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e a Universidade de Brasília (UnB) .

O secretário de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social do MCT, Joe Valle, destacou que o Ministério vai disponibilizar recursos para os projetos. "O objetivo é dotar Brasília de centros tecnológicos para tratamento de resíduos recicláveis e, principalmente, contribuir para o desenvolvimento de uma política coerente com o século 21", disse

As ações estão previstas no Programa de Integração de Atores Sociais para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (Proatos), desenvolvido pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UnB. De acordo com a coordenadora do projeto e professora da FAU, Raquel Naves, existem atualmente 13 cooperativas de catadores que reúnem mais de 4,5 mil pessoas. "Mas o número de trabalhadores que vivem da coleta e venda de resíduos recicláveis pode chegar a 20 mil pessoas na região", salienta.

O Proatos estabelece uma série de ações que têm por objetivo criar uma rede de gestão sustentável de resíduos reciclados. O programa prevê desde a utilização de tecnologias inovadoras para a seleção e aproveitamento de resíduos, a capacitação dos catadores, até a disponibilização de infra-estrutura para as cooperativas. Também está prevista a construção de centros tecnológicos para tratamento de resíduos sólidos.

Segundo Raquel Neves, entretanto, um dos principais objetivos do Proatos é permitir a gestão integrada desse material e o fortalecimento da comunicação entre o Governo do Distrito Federal e as cooperativas do setor. "Dessa forma é possível economizar esforços e evitar a sobreposição de ações", destaca. Na avaliação da professora, a falta de alinhamento nas ações governamentais e da sociedade civil organizada provoca o desperdício de recursos que poderiam ser canalizados em benefício dos cooperados.

Encontro
A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) promoveu hoje (31) uma reunião na Reitoria da UnB com representantes de 13 entidades do setor para se conhecer os obstáculos e as metas prioritárias do Proatos.

De acordo com a Raquel Naves, inicialmente, foram identificados os principais problemas enfrentados por catadores cooperados. O principal entrave para o desenvolvimento do setor é a falta de infra-estrutura. "Não há terrenos e nem galpões para realizar o trabalho de separação do material", afirmou.

Ela acredita que em 14 meses seja possível mudar o cenário atual. Entre os objetivos prioritários do projeto está a destinação de áreas para a construção de galpões, padronização de processos de seleção e de capacitação, e a integração na gestão dos resíduos. A coordenadora afirma que é possível dotar boa parte das cooperativas em atividade com essa estrutura até maio de 2009. "Queremos que no próximo ano o DF tenha uma rede sustentável de gestão de resíduos sólidos", afirmou.
Em março, a FAU fará uma oficina para apresentar os cenários previstos para os próximos meses.
Fabio Lino - Assessoria de Comunicação do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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