20 de Fevereiro
de 2008 - Luana Lourenço - Repórter
da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr
- Brasília - O presidente da Câmara
dos Deputados, Arlindo Chinaglia, fala durante encontro
no Itamaraty sobre mudanças climáticas
Brasília - O presidente da Câmara dos
Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou hoje
(20) que a Casa vai instalar, nos próximos
dias, uma comissão especial sobre fontes
renováveis de energia. O objetivo, segundo
Chinaglia,é criar um grupo para avaliar as
propostas em tramitação na Câmara
sobre fontes renováveis de energia e recursos
para financiamento de pesquisas nessa área.
"Vou fazer uma negociação
para ver quem pode e vai presidir e quem vai ser
o relator, e imediatamente vamos instalar a comissão.
A questão de energias renováveis tende
a ser um tema permanente [na Câmara]",
afirmou.
Chinaglia participou da abertura
do Fórum de Legisladores do G8 (grupo que
reúne os sete países mais industrializados
e a Rússia) e países emergentes sobre
mudanças climáticas, organizado pela
Globe - Organização Mundial de Legisladores
para um Ambiente Equilibrado. O encontro tem como
foco a contribuição do Legislativo
dos países envolvidos na busca de políticas
globais pela redução de gases de efeito
estufa, contra o aquecimento do planeta.
Segundo Chinaglia, mais que mudanças
na legislação para o setor, a comissão
deverá avaliar novas forma de investimento
em pesquisa e tecnologia para que o Brasil não
seja ultrapassado por outros países na área
de biocombustíveis, por exemplo.
"A legislação
existente é mais do que suficiente. Houve
uma febre de investimentos em usinas, exatamente
pelo potencial que o Brasil tem de produzir e exportar
biocombustíveis, notadamente o etanol. Se
houvesse insegurança jurídica, não
haveria investimentos estrangeiros. Agora, quando
se trata de legislação, sempre é
possível aperfeiçoar", disse
o deputado.
Quanto ao marco regulatório
brasileiro sobre mudanças climáticas,
discutido em uma comissão mista no Congresso,
Chinaglia afirmou que o texto pode ser aprovado
ainda neste ano, apesar da prorrogação
da comissão por mais seis meses.