15/02/2008
- A primeira reunião de 2008 do Conselho
Científico de Pesquisa Ambiental, da Secretaria
de Estado do Meio Ambiente (SMA), contou com a presença
do secretário Xico Graziano, na última
quarta-feira (13/02). O Conselho Científico
foi instituído em setembro do ano passado
e é coordenado pela Dra. Vera Bononi, diretora
do Instituto de Botânica e gerente do “Pesquisa
Ambiental”, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos
do Governo do Estado de São Paulo. O conselho
é formado por representantes de diversas
instituições públicas e privadas,
normalmente se reúne uma vez por mês
e seu objetivo é o fomento da pesquisa na
área de ciências ambientais, visando
o aprimoramento, planejamento e gestão ambiental
no estado.
Neste encontro inaugural de 2008,
aconteceu a apresentação “O efeito
das mudanças climáticas globais sobre
as praias do litoral paulista”, trabalho desenvolvido
por Célia Regina de Gouveia Souza, pesquisadora
do Instituto Geológico, que expôs o
tema, para reflexão e discussão em
torno da preocupação e da necessidade
de ações para minimizar o problema.
Segundo a pesquisadora, as praias
de São Paulo vêm sofrendo intenso processo
erosivo, gerado por causas naturais e antrópicas
- resultado das intervenções na zona
costeira. “Dentre as causas naturais, a mais importante
é a elevação do nível
do mar, atribuída principalmente ao aquecimento
global. Quanto às causas antrópicas,
as principais são a retirada da areia da
praia, a urbanização intensa da orla
e as modificações na rede de drenagem
das planícies costeiras”, explicou.
Célia Regina lembrou que
há regiões no estado em que é
possível identificar, com relativa facilidade,
as causas naturais do processo erosivo, “a exemplo
da praia de Ilha Comprida, Área de Proteção
Ambiental (APA) e complexo estuarino-lagunar Iguape-Cananéia-Paranaguá,
que apresenta risco de erosão muito alto,
a despeito do menor índice de ocupação
urbana”, afirmou. Por outro lado, conforme a pesquisadora,
“na Baixada Santista, área mais urbanizada
do estado, existem praias de risco muito alto e
outras de risco menos intenso”, exemplificou.
Texto: Wanda Carrilho
Foto: Pedro Calado