Ibama recorre
de liminar que impede leilão de madeiras
apreendidas na “Operação Guardiões
da Amazônia”
Belém (29/02/08) – No início
desta semana, o Ibama/PA pediu a reconsideração
da decisão da liminar emitida pelo juiz federal
substituto da 5ª Vara em Belém que impede
a doação e o leilão das madeiras
apreendidas nas operações em Tailândia.
O superintendente do Ibama no Pará, Aníbal
Picanço, afirma que, apesar da decisão
do juiz substituto, a liminar não impede
a retirada da madeira ilícita das serrarias.
Para ele, o pedido de reconsideração
deve ser atendido porque, caso as empresas tenham
êxito no processo administrativo ou no judicial,
serão ressarcidas. “Além disso, mostramos
ao juiz que a madeira é perecível
porque fica exposta a condições climáticas
adversas e precisa ser leiloada rapidamente”, acrescenta
Picanço.
Na mesma decisão, o juiz
também negou o pedido de duas empresas para
serem fiéis depositárias das madeiras
apreendidas durante as operações em
Tailândia.
Luciana Almeida
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Ibama/PA responde às críticas
contra a Operação em Tailândia
Belém (29/02/08) – Lamentáveis.
É assim que o superintendente do Ibama no
Pará, Aníbal Picanço, considera
as críticas feitas pelo superintendente regional
do Trabalho e Emprego no Pará, DRT/PA, Fernando
Coimbra, contra as operações em Tailândia.
Fernando Coimbra afirmou na última quarta-feira,
27, que “sentia vergonha dessa operação”.
Disse ainda estar revoltado com essa situação,
pois “o setor madeireiro gera emprego e renda”.
As declarações se
referem à Operação “Guardiões
da Amazônia” e à atual “Arco de Fogo”,
que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Secretaria
de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema)
e Polícia Federal (PF) estão realizando
no município com o apoio da Força
Nacional.
“Uma coisa é gerar emprego
e renda, outra trabalhar na ilegalidade”, critica
o superintendente do Ibama. Para Aníbal Picanço,
todos os servidores públicos deveriam lutar
contra a ilegalidade. “Principalmente o dirigente
de uma delegacia regional do trabalho e emprego,
que, além de lutar contra a ilegalidade,
deveria se empenhar no combate à escravidão,
prática comum nas áreas em que há
apreensão de desmatamento ilegal”, afirma
Aníbal.
Aníbal informa, ainda,
que ficou surpreso com as declarações
do superintendente regional do Trabalho e Emprego
no Pará. “Quase não dá para
acreditar que essa mentalidade ganhe voz a partir
de um dirigente de órgão público,
justamente um ator social que deveria lutar contra
a ilegalidade”, afirma o superintendente do Ibama.
Para ele, porém, o pensamento do superintendente
da DRT/PA não representa o pensamento geral
dos que trabalham naquele órgão.
Luciana Almeida