05/03/2008
- Suelene Gusmão - O primeiro centro de regeneração
de gases refrigerantes do Rio de Janeiro será
inaugurado no dia 14 de março. A iniciativa
é do Ministério do Meio Ambiente,
por meio do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud). A proposta de criação
dos centros é proceder a regeneração
do CFC (gás de geladeira) impedindo que ele
seja liberado no meio ambiente e prejudique a camada
de ozônio. Outros dois centros semelhantes
já existem no estado de São Paulo,
sendo o primeiro deles criado em 2006. A solenidade
de inauguração ocorrerá a partir
das 9h no Salão Sartre do Hotel Glória,
no Rio de Janeiro, e o corte da fita inaugural será
realizado na Refrigeração Sudeste,
onde está localizado o centro.
A criação destas
centrais de regeneração do CFC integra
o Plano Nacional para Eliminação de
CFCs, previsto no Protocolo de Montreal, do qual
o Brasil é signatário, e que tem entre
suas metas a eliminação, até
2010, de substâncias prejudiciais à
camada de ozônio. Entre as substâncias
consideradas nocivas à camada de ozônio
estão, além do CFC, o tetracloreto
de carbono (indústria química), o
brometo de metila (agricultura).
Em sua primeira etapa, o plano
realizou o treinamento e a capacitação
de refrigeristas que aprenderam o correto manuseio
do gás CFC. Em uma segunda fase, foram distribuídas
máquinas para o recolhimento do CFC e desde
2006 vêm sendo inauguradas as centrais de
regeneração. Os primeiros equipamentos
para recolhimento de CFCs foram distribuídos
em São Paulo, em julho de 2005. Com elas,
as empresas de refrigeração ficaram
aptas a coletar, armazenar e entregar os gases para
regeneração, impedindo os vazamentos.
Os equipamentos doados pelo programa foram adquiridos
com recursos do Fundo Multilateral do Protocolo
de Montreal e entregues em regime de comodato.
Os CFCs são formados por
cloro, flúor e carbono e sempre foram utilizados
para efeito de refrigeração até
o ano de 1999, quando seu uso e fabricação
foram proibidos no Brasil por, comprovadamente,
contribuírem para a redução
da espessura da camada de ozônio. Segundo
especialistas, a camada funciona como um filtro
contra a radiação ultravioleta, sendo
fundamental para a proteção à
saúde dos seres vivos. A exposição
direta à radiação ultravioleta
pode provocar envelhecimento precoce e câncer
de pele.
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MMA lança planos de resíduos
sólidos para estados
05/03/2008 - Suelene Gusmão
- Os estados do Maranhão, Piauí, Minas
Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas
e Sergipe firmaram convênio com a Secretaria
de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, do
MMA, para a realização dos planos
de gestão integrada e associada de resíduos
sólidos. Os planos têm como objetivo
garantir a sustentabilidade das obras de revitalização
das bacias hidrográficas dos rios São
Francisco e Parnaíba, evitando que os recursos
sejam direcionados apenas para a implantação
dos aterros. A cerimônia de lançamento
destes convênios está marcada para
o dia 13, às 10h, no MMA.
O primeiro passo para a consolidação
dos planos de gestão integrada será
a realização dos estudos de regionalização,
quando serão elaborados estudos para solucionar
questões como a eliminação
de lixões, a disposição adequada
dos resíduos sólidos, definição
de estrutura física para reciclagem, apoio
aos catadores, manejo de resíduos provenientes
da construção civil e implementação
de consórcios públicos em todos os
estados envolvidos.
Em seguida, com foco na bacias
hidrográficas do São Francisco e do
Parnaíba serão detalhados os consórcios
possíveis de serem implantados, começando
com a definição da sede, dos custos
dos serviços e do tipo de consórcio.
Por último, ocorrerá a implantação
dos consórcios públicos simultaneamente
às obras resultantes dos Planos de Gestão
de Resíduos Sólidos.