3 de Abril
de 2008 - Danilo Macedo e Luana Lourenço
- Repórteres da Agência Brasil - Antonio
Cruz/Abr -
Brasília - Ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, participa da solenidade de posse dos conselheiros
da Reserva da Biosfera do Pantanal. O Conselho Deliberativo
da Reserva terá como principal tarefa conciliar
interesses conflitantes, planejar e coordenar todas
as atividades a serem desenvolvidas na região
do Pantanal.
Brasília - O desmatamento na Amazônia
voltou a crescer em fevereiro, de acordo com dados
do Sistema de Detecção em Tempo Real
(Deter), apesar do período de chuvas na região,
que dificulta a ação dos madeireiros.
A área desmatada no período,
calculada em 725 quilômetros quadrados, é
13,45% maior do que a registrada em janeiro desse
ano, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe) contabilizou 639,1 quilômetros quadrados
de novas áreas devastadas.
Os dados revelam avanço
do desmatamento mesmo após as medidas anunciadas
pelo governo federal para combater a devastação
da Amazônia, entre elas o fortalecimento das
operações da Polícia Federal
e a restrição de crédito para
propriedades irregulares.
Ao comentar os números,
a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou
que a avaliação dos resultados das
ações de combate ao desmatamento não
pode ser imediatista.
“É claro que a resposta
dessas medidas não tem a mesma velocidade
que a dinâmica [do desmatamento] que está
em curso tem. Com certeza, elas irão surtir
efeito, mas não em apenas um mês ou
dois”, disse hoje (3), na cerimônia de posse
dos conselheiros da Reserva da Biosfera do Pantanal.
“O que nós queremos é
que todas elas [medidas] todas venham a acontecer
e, se possível, tenhamos também, em
2008, uma redução no desmatamento”,
acrescentou.
De acordo com os dados do Deter,
Mato Grosso concentra 88% do desmate total registrado
no período. Em fevereiro, a área devastada
no estado foi de 639 quilômetros quadrados
e cresceu 68% em relação ao mês
anterior.
Em Rondônia, o desmatamento
cresceu 8,7% no mesmo período. Já
o Pará registrou queda de 12,6% em relação
a janeiro. Os três estados concentram os 36
municípios que mais desmataram a floresta
Amazônica em 2007.
O Deter é um sistema de
monitoramento da Amazônia por satélites
que fornece dados sobre a cobertura vegetal da região.
A consolidação dos dados é
feita por outra metodologia, o Projeto de Estimativa
de Desflorestamento da Amazônia (Prodes),
que define as taxas de desmatamento.
+ Mais
Ibama divulga lista de propriedades
embargadas por ações contra o meio
ambiente
3 de Abril de 2008 - Danilo Macedo
e Luana Lourenço - Repórter da Agência
Brasil - Antonio Cruz/Abr - Brasília - Ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, participa da solenidade
de posse dos conselheiros da Reserva da Biosfera
do Pantanal. O Conselho Deliberativo da Reserva
terá como principal tarefa conciliar interesses
conflitantes, planejar e coordenar todas as atividades
a serem desenvolvidas na região do Pantanal
Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) disponibilizou ontem (2) uma lista com todas
as áreas embargadas pelo órgão
por causa da realização de ações
ilegais, como o desmatamento não-autorizado
na Amazônia.
O ato cumpre o decreto assinado
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
em dezembro do ano passado, que previa uma série
de medidas para combater o desmate e punir responsáveis,
inclusive com o embargo econômico de áreas
desmatadas ilegalmente.
As áreas (consulte) foram
embargadas em operações do Ibama dentro
do Plano Nacional de Prevenção e Combate
ao Desmatamento da Amazônia (PPCDAM) e fiscalizações
em outras regiões do país realizadas
desde janeiro de 2007.
“Todos os nossos esforços
são no sentido de cumprir o decreto. As propriedades
que estão desmatando ilegalmente estão
sendo embargadas e, no sistema do Ibama, que foi
ontem para o ar, temos mais de 300 propriedades
embargadas que podem ser acompanhadas pela sociedade”,
comentou hoje (3) a ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, após participar da posse dos conselheiros
da Reserva da Biosfera do Pantanal.
Segundo a assessoria do Ibama,
340 propriedades têm suas áreas desmatadas
definidas e é possível vê-las
no mapa, mas o número de embargos chega a
2.455. Desses, 2.043 terrenos estão localizados
na Amazônia, o que representa 83% do total.
A ministra lembrou que, com o
embargo, os proprietários não podem
fazer financiamentos, ficam impossibilitados de
vender sua produção e, inclusive,
de negociar suas terras. Segundo ela, as ações
de enfrentamento à devastação
da Amazônia são prioridades para o
governo.
“Temos um conjunto de medidas
muito fortes. Agora, é claro que esperamos
que, em 2008, tenhamos uma redução
do desmatamento.”
Os dados mais recentes do Sistema
de Detecção em Tempo Real (Deter),
divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) apontaram avanço do desmatamento
na Amazônia em fevereiro.