Panorama
 
 
 

CONGRESSO MINEIRO DE BIODIVERSIDADE

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Abril de 2008


2º Combio: Cooperação financeira Brasil-Alemanha é apresentada no II Combio

O acordo de Cooperação Financeira Brasil-Alemanha, por meio do Banco Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), agente financiador do Ministério de Cooperação Internacional da Alemanha (BMZ) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), foi um dos temas abordados na tarde desta terça-feira (22) durante o II Congresso Mineiro de Biodiversidade (II Combio).

O diretor do Banco KFW no Brasil, André Alert, apresentou as ações desenvolvidas pelo Projeto de Proteção da Mata Atlântica (Promata – MG), executado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), e apontou dados da cooperação financeira realizada entre Brasil e Alemanha. “O KFW é parceiro do Brasil há 44 anos apoiando projetos de meio ambiente e recursos naturais”, ressaltou.

Em sua primeira fase, iniciada em 2003, o projeto Promata recebeu a contribuição de 7,6 milhões de euros do Banco Alemão, com aplicação de outros 7,8 milhões de contrapartida do Governo de Minas Gerais para a promoção de ações de proteção, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica no Estado. Na segunda fase, iniciada em 2006 e com previsão da assinatura do contrato para o final de 2008, o Banco Alemão pretende aplicar 8 milhões de euros com contrapartida de mais 7,8 milhões para proteção de remanescentes e recuperação de áreas degradadas da Mata Atlântica.

Com ações de desenvolvimento em 22 Unidades de Conservação (UCs) e seus entornos, abrangendo uma área total de 229 mil quilômetros quadrados distribuídos em 429 municípios, o projeto pretende implementar e melhorar ações de fortalecimento, monitoramento, controle e fiscalização; prevenção e combate aos incêndios florestais e desenvolvimento sustentável dessas UCs. “Pretendemos, nessa segunda fase, melhorar os mecanismos de desenvolvimento sustentável em áreas do entorno das unidades de conservação”, frisou Alert.

Segundo o diretor, o projeto Promata tenta buscar novos caminhos para responder aos desafios de um desenvolvimento econômico, porém, sem destruir a base de vida atual e das futuras gerações. “Os objetivos são de todos nós e o Promata oferece as ferramentas necessárias para que isso aconteça”, finalizou.
Data: 22/04/08
Fonte: Ascom / Sisema

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2º Combio: Proteção e gestão de unidades de conservação são prioridades em Minas

A criação de unidades de conservação como instrumento para o desenvolvimento sustentável foi o principal tema da palestra “Áreas Protegidas no Brasil e em Minas Gerais”, apresentada pelo diretor do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Humberto Candeias Cavalcanti, nesta terça (22/04), no 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio). O evento acontece até o dia 27 de abril, no Expominas, em Belo Horizonte.

Segundo Candeias, o projeto estruturador “Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica”, prevê para este ano a criação de 80 mil hectares de novas unidades de conservação. No entanto, ele destaca que não basta criar áreas protegidas, é importante investir na regularização fundiária. “O projeto do governo pretende fazer a regularização fundiária de 30 mil hectares, além da estruturação mínima de uma unidade com portaria, gerente, sistema de gestão e efetivo uso público”, afirma.

Humberto Candeias destaca a criação do Parque Estadual do Alto Cariri e do Refúgio de Vida Silvestre Mata dos Muriquis, no nordeste do Estado, em fevereiro. As duas áreas protegidas totalizam cerca de nove mil hectares, além de 35 mil hectares de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (categoria de unidade de conservação constituída por iniciativa de proprietários rurais), o que assegura o cumprimento de quase 50% da meta para 2008.

Ainda dentro das metas do Projeto Estruturador, está em estudo a criação de unidades de proteção integral nos municípios de Paracatu e Serranópolis (Norte), Grumarim (Zona da Mata) e na Serra de Ouro Branco. Os estudos para criação das unidades já incluem um diagnóstico da área para a regularização fundiária.

Projeto Pandeiros

Como exemplo de ação para a conservação do Cerrado e a diminuição do desmatamento em Minas Gerais, Humberto Candeias citou o trabalho realizado na região do rio Pandeiros, localizado nos municípios de Januária, Bonito de Minas e Cônego Marinho, no Norte do Estado. O local apresentou diminuição de 80% dos fornos ilegais após intensa fiscalização realizada pelo IEF, aliada à implementação de projetos de educação ambiental e geração de trabalho e renda de forma ambientalmente sustentável.

Segundo o Mapeamento da Cobertura Vegetal do Estado divulgado nesta terça-feira (22/04) no Combio, a cidade de Bonito de Minas, apresentou uma das maiores reduções do índice de desmatamento entre os municípios mineiros. No período de 2003 a 2005 foram desmatados 3,6 mil hectares, enquanto de 2005 a 2007 foram apenas 350.
Data: 22/04/08
Fonte: Sala de Imprensa

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2º Combio: Desmatamento cai 29,3% em Minas Gerais

O desmatamento em Minas Gerais, no período 2006/2007, diminuiu 29,3% em relação ao biênio anterior. Essa é a principal conclusão da terceira edição do Mapa da Cobertura da Vegetação Nativa do Estado de Minas Gerais, apresentado na abertura do 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio), que começou nesta terça-feira (22), em Belo Horizonte.

Os usos do solo após a derrubada da vegetação também foram identificados. Estudos indicam que 48,9% das áreas desmatadas foram destinadas à pecuária; 21,2% para o reflorestamento (eucalipto e pinus); 11,4% para agricultura; 6,3% para a produção de carvão e 12,4% não tiveram o uso definido.

O primeiro mapeamento, em 2003, é considerado o marco zero no levantamento. Na segunda edição do Mapa, que abrange os anos de 2004 e 2005, foram 152 mil hectares devastados em território mineiro. Este número caiu para 109 mil hectares nos dois anos subseqüentes, o que equivale a 0,1% da área total do Estado. A principal causa da queda na devastação foi a mudança na estratégia da fiscalização. "Passamos a atuar na origem, antes da árvore cair", afirma o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Humberto Candeias.

O Mapeamento integra o Inventário da Flora Nativa e do Reflorestamento de Minas Gerais, que além de fornecer dados quantitativos, a partir de agora, contém dados qualitativos, como os que identificaram novas espécies de árvores da Mata Atlântica.

Diretrizes para fiscalização

O Mapa, uma parceria do IEF e da Universidade Federal de Lavras (Ufla), indica as áreas de maior pressão sobre a cobertura vegetal. Com base nessas informações, detalhadas por municípios, foram selecionadas as áreas para uma fiscalização mais intensa. Foi o que aconteceu nos municípios de Jequitinhonha, Serro e Bonito de Minas, entre outros. "A escolha considerou o mapeamento realizado nos anos de 2004 e 2005", explica Candeias.

"O mapa norteia a política florestal do Estado em relação aos instrumentos de controle, fiscalização e na questão do desenvolvimento florestal, fornecendo diretrizes para investimentos", salienta o diretor geral do IEF.

Áreas de maior pressão

As três maiores áreas contínuas de desmatamento no período 2006/2007, acima de 600 ha, estão localizadas nos municípios de Arinos e Jaíba, regiões de expansão da fronteira agrícola. No Jaíba, o desmatamento coincide com a comercialização dos lotes empresariais. O Projeto Jaíba tem autorização permanente de desmate nesses lotes. "Quem comprou, já entrou desmatando", explica Candeias.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, afirma que a substituição da soja e pecuária pela cana-de-açúcar é uma pressão antrópica identificada no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Entretanto, diz que a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) desenvolve políticas de sustentabilidade para a agroindústria e para a pecuária no Estado.

De acordo com o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abstecimento, Gilman Viana, a Secretaria incentiva o programa de integração lavoura-pecuária-florestas como objetivo de recuperar áreas degradas. A técnica é uma opção para o produtor que tem limitações em sua propriedade para o plantio de cana-de-açúcar. Geralmente, em uma propriedade, a área com cana corresponde de 50% a 70% do terreno", informou o secretário. "A redução do ritmo do desmatamento demonstra a consciência e educação do produtor mineiro que percebe o valor do meio ambiente. Não é à toa que Minas tem 33% do seu território coberto com mata nativa", completa Viana.

Inventário Florestal

Composto por sete volumes, o Inventário Florestal traz informações científicas sobre os biomas (Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga), as áreas de ocorrência das espécies e a evolução de crescimento. Identifica os melhores e piores fragmentos florestais e ainda o estoque de carbono disponível, indispensável para o Estado demonstrar, por meio de políticas de preservação, o quanto contribui para combater o efeito estufa.

Além das 20 novas espécies, até então desconhecidas pela comunidade científica, foram encontradas 200 outras espécies cuja ocorrência não havia sido registrada no Estado. São espécies mais raras, como embaúba, catologada somente em Goiás, e a marinzeiro, catalogada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. "A gente não sabe o que tem, muito menos para o que serve", afirma o coordenador técnico do Inventário Florestal e pró-reitor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), José Roberto Scolforo.

O Inventário servirá para estabelecer estratégias de revegetação, para a identificação de espécies mais apropriadas para as condições locais, para a definição de árvores matrizes destinadas a produção de sementes e de áreas mais apropriadas para o manejo florestal.

Projeto Estruturador

O combate ao desmatamento, via fiscalização, somados aos esforços de recuperação da vegetação nativa do Estado, que em 2007 alcançou o resultado de 5 mil ha recuperados devem elevar ainda mais a área de florestas, cerrado e caatinga no Estado nos próximos anos.

A meta do Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica para 2008 é atingir 17 mil ha recuperados, 33 mil ha para 2009, e a mesma área para os anos de 2010 e 2011, cada um. A estimativa é ampliar em 0,2% a área com cobertura vegetal nativa em 2011, o equivalente a 120 mil ha de vegetação nativa recuperados.
22/04/2008
Sala de Imprensa / 2º Combio

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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