18/04/2008
- Especialistas reunidos nesta quinta-feira (17/4),
no Instituto Florestal, órgão da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente, fizeram uma avaliação
do processo de descentralização da
gestão florestal em São Paulo e discutiram
a integração do sistema de controle
de produtos de origem florestal no país.
A reunião foi organizada pelo Grupo de Ação
do Setor de Base Florestal em São Paulo.
Segundo Cláudio Monteiro,
diretor geral do Instituto Florestal, o Programa
São Paulo Amigo da Amazônia, um dos
21 Projetos Ambientais Estratégicos da Secretaria
do Meio Ambiente, é um dos exemplos da parceria
estabelecida com o Governo Federal para conter o
desmatamento nessa região. “O programa, que
deu ênfase à fiscalização
na primeira fase, passou agora, na segunda fase,
a privilegiar a promoção da silvicultura
como um recurso para abastecer o mercado”, esclareceu
Monteiro.
O Estado de São Paulo dispõe
de áreas que, por meio de incentivos e orientação
técnica, poderiam suprir a demanda de madeira.
É o caso do eucalipto que foi introduzido
no Estado na década de 1930. Esse avanço
se deve principalmente ao desenvolvimento de técnicas
de silvicultura para atender ao mercado e, ao mesmo
tempo, restringir o desmatamento para promover a
sustentabilidade no Estado.
São Paulo conta com um
milhão de hectares de áreas reflorestadas
de eucaliptos, pinus e seringueiras,que são
consumidas na construção civil e pelo
setor moveleiro.
Para Francisco Kronca, pesquisador
do Instituto Florestal, a madeira da seringueira,
utilizada principalmente para a produção
de carvão, é de ótima qualidade
para a produção de móveis.
“A seringueira plantada no pólo da borracha,
no Interior de São Paulo, pode substituir
a demanda de madeira da Amazônia”, afirma
o especialista do Instituto Florestal.
Texto: Cris Couto
Foto: Robinson Dias