5 de Julho
de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília
- O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) lançou
na quinta-feira (3) o pré-edital de licitação
do segundo lote de concessão de exploração
sustentável da Floresta Nacional Saracá-Taquera,
no oeste do Pará, entre os Rios Trombetas
e Nhamundá.
A Floresta Nacional de Saracá-Taquera
é uma unidade de conservação
de uso direto, com 429.600 hectares com grande potencial
de madeira, castanha-do-pará e minérios,
principalmente bauxita.
As audiências para ouvir
a população e os setores empresariais
da região estão marcadas para o dia
15 de julho, em Terra Santa; dia 16 de julho, em
Faro, e 18 de julho, em Oriximiná. Os três
municípios têm áreas dentro
do lote de concessão, que abrangem quatro
unidades de manejo florestal com 215 mil hectares.
Também serão realizadas
reuniões técnicas para debater o conteúdo
do pré-edital com representantes da sociedade
civil, órgãos governamentais e especialistas
da área ambiental, empresarial e trabalhista.
De acordo com a Lei de Gestão
de Florestas Públicas, em uma área
de concessão caso existam produtos tradicionalmente
explorados pelas comunidades do entorno, o direito
de coleta desses produtos continua sendo assegurado
às comunidades.
No caso da Saracá-Taquera,
o palmito, o açaí e a castanha-do-pará
são de uso exclusivo das populações
locais e o concessionário não poderá
explorá-los. Já o óleo de copaíba,
semente e óleo de andiroba, resina de breu,
cipó titica e látex da seringueira
só poderão ser exploradas pelo concessionário
mediante prévia autorização
do Serviço Florestal, que avaliará
a compatibilidade do uso comercial com o uso tradicional
da comunidade.
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Museu do Meio Ambiente é
inaugurado no Rio
4 de Julho de 2008 - Alana Gandra
- Repórter da Agência Brasil - Rio
de Janeiro - O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, inaugura hoje (4) no Rio o Museu do Meio Ambiente,
que funcionará no antigo prédio do
Jardim Botânico. O projeto de restauração
contou com apoio financeiro do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
no valor de R$ 1,8 milhão.
O vice-presidente do BNDES, Armando
Mariante, destacou a importância do projeto,
uma vez que o Jardim Botânico constitui patrimônio
histórico-cultural, além de ser um
espaço de lazer e turismo da cidade do Rio,
que “continua a ser um centro de vocação
turística”.
Mariante lembrou que o prédio
que abrigava a administração da unidade
de conservação ambiental da cidade
foi construído no século 19. A última
reforma foi na década de 30. O edifício
apresentava problemas de infiltração
e de instalações inadequadas e danificadas,
contou o vice-presidente do BNDES. “O prédio,
inclusive, teve sua interdição decretada
ao fim de algum tempo. Então, o BNDES e a
Petrobras apoiaram o restauro”.
Foram trocadas as instalações
elétricas e hidráulicas e recuperados
os principais elementos arquitetônicos, além
dos espaços originais internos, “transformando,
adaptando o prédio de tal maneira que ele
pudesse abrigar o Museu do Meio Ambiente”. Armando
Mariante disse que o museu será um dos primeiros
do gênero na América Latina.
O museu terá uma exposição
permanente sobre a questão ambiental no Brasil
e no mundo que ocupará os seus dois pavimentos.
Dotada de tecnologia de ponta, a unidade terá
em seu acervo fotos, documentos, maquetes sobre
a temática ambiental, mapas com a representação
dos biomas brasileiros, entre outros materiais.
O local será usado também para instalação
de jogos interativos, cursos e palestras, informou
Mariante. O público estimado para o museu
é de 600 mil pessoas por ano.
A Petrobras participou do projeto
com recursos de R$ 2,5 milhões, informou
a assessoria de imprensa da estatal.
Atualmente, o BNDES apóia
também o projeto de restauração
do Teatro Municipal do Rio. A reforma deve ser concluída
até julho de 2009, quando será comemorado
o primeiro centenário da instituição.
O total de recursos a ser investido pelo banco ainda
não foi definido. “Pode ser que ultrapasse
o montante aplicado no Jardim Botânico”, avaliou
Mariante.