Panorama
 
 
 

MINC QUER PASSAR NA ESTRUTURAÇÃO DO ICMBio

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

03/07/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, quer pressa no processo de estruturação e consolidação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com isso, ele pretende reforçar a gestão das 299 unidades de conservação federais administradas pelo órgão em todo o País. Nessa linha, o ministro vai se esforçar para ver publicado, já no próximo mês, o edital do concurso público para a contratação de pessoal para o Instituto. O concurso já foi autorizado pelo Ministério do Planejamento e prevê a abertura de 210 vagas.

O fortalecimento do Instituto Chico Mendes foi o principal tema da reunião que o ministro realizou na manhã desta quarta-feira (2) com a diretoria do Instituto, em Brasília. Minc fez questão de ir à sede do órgão, que fica no Setor de Clubes Esportivos Norte. Disse que reuniões como essa vão se repetir mensalmente. Acompanhado de assessores, ele assistiu, inicialmente, a uma apresentação sucinta das ações desenvolvidas pelo ICMBio, criado no ano passado a partir da reestruturação do Ibama.

O ministro confirmou a contratação de mil brigadistas para atuar no combate a incêndios florestais nas unidades de conservação neste período de seca em boa parte do País. Ele acenou com a possibilidade de o Instituto Chico Mendes atuar em conjunto com o Serviço Florestal Brasileiro no processo de gestão das florestas nacionais. E pediu à direção do Instituto que agilize a conclusão de planos de manejo nas reservas extrativistas, de onde milhares de famílias tiram o seu sustento.

Minc mostrou especial interesse pelo Programa de Concessão de Serviços de Uso Público em Parques Nacionais, lançado no ano passado pelo Instituto Chico Mendes no Parque Nacional do Iguaçu. O programa, que prevê a terceirização de serviços dentro das unidades de conservação, como restaurantes, pousadas, recreação e ecoturismo, tem dado bons resultados. Além de gerar renda para o parque, aprimora a qualidade dos serviços. O ministro admitiu que deve repetir essa experiência em outras unidades, principalmente as que têm forte apelo turístico e grande fluxo de visitantes.
Fonte: ICMBio

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Câmara do Conama aprova licenciamento simplificado de aterro sanitário

04/07/2008 - A Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou nesta quinta-feira (3) proposta de resolução sobre o licenciamento simplificado de aterros sanitários de pequeno porte. O texto, que altera a Resolução Conama 308/02, define os critérios e as diretrizes necessárias para viabilizar a correta destinação de resíduos urbanos em aterros sanitários com capacidade de até 20 ton/dia com a possibilidade de dispensa do EIA/Rima. A proposta deve alcançar cerca de 80% dos municípios brasileiros que atualmente têm população de até 30 mil habitantes dispondo a imensa maioria de lixões com graves impactos à saúde pública e ao meio ambiente.

A proposta recebeu demanda dos 26 órgãos estaduais de meio ambiente presentes nas discussões do Seminário sobre Licenciamento Ambiental de Destinação Final de Resíduos Sólidos, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente em dezembro de 2005, e vem sendo debatida nas Comissões Tripartites Estaduais. O tema é também do interesse das entidades municipais de meio ambiente e dos ministérios das Cidades e da Saúde (Funasa) e Integração Nacional (Codevasf) e entidades como Anamma (municipais) e Abema (estaduais).

Para o Ministério do Meio Ambiente, além de simplificar os procedimentos para o licenciamento, a nova resolução poderá trazer mais agilidade e melhor controle dos órgãos licenciadores estaduais e locais, contribuindo para a implementação de alternativas técnicas viáveis para a destinação adequada de resíduos e recuperação de lixões nas pequenas cidades brasileiras.

O novo texto estará na pauta para deliberação da 91ª reunião ordinária do Conama, que será realizada em Brasília, nos dias 9 e 10 de setembro.

A Câmara Técnica também fez recomendações à resolução sobre Audiências Públicas para Licenciamento Ambiental, com referência a aspectos técnicos e jurídicos, indicando o retorno da matéria à Câmara de Controle e Qualidade Ambiental.
Fonte: Conama

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Comunidade alagoana faz despesca de tilápias com apoio do Programa Água Doce

04/07/2008 - A comunidade de Pedra D'Água dos Alexandres, no município de Santana do Ipanema, em Alagoas, colhe resultados com o funcionamento da Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce. Nesta sexta-feira acontece a segunda despesca, onde cerca de 400 quilos de tilápias do tipo rosa serão pescadas e vendidas por R$ 7 o quilo. Por meio de um programa de prefeitura municipal os peixes são comprados a preço de mercado e destinado a instituições como hospitais e escolas.
Em funcionamento desde 2007, o sistema implementado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Embrapa, e com apoio da Fundação Banco do Brasil e BNDES, garante às famílias acesso à água potável por meio do aparelho de dessalinização e também possibilita a obtenção de renda por meio da produção de peixes e feno, vendidos à comunidade e empresários locais.

A despesca acontece de quatro em quatro meses. O valor obtido com a venda dos peixes garante a sustentabilidade do sistema. 50% é utilizado para a compra de ração e de novos levinos, 20% destina-se a manutenção da Unidade Demonstrativa e 30% é dividido entre os moradores que trabalham no sistema de produção.

O Programa Água Doce - O Água Doce atua desde 2003 na elaboração de uma política pública permanente de acesso à água potável para as populações de baixa renda do semi-árido brasileiro a partir de técnicas sustentáveis de dessalinização da água subterrânea e capacitando a população e os órgãos de meio ambiente para atuarem na gestão integrada e participativa dos mesmos.

A utilização de dessalinizadores para o processo de obtenção de água de qualidade para o consumo humano é uma das poucas alternativas da população do semi-árido, isto porque a maioria dos poços existentes são de água salobra. No entanto, associar esta técnica ao uso sustentável dos recursos naturais é uma novidade que o Programa Água Doce pretende disseminar.

Para o coordenador nacional do Programa, a implantação do sistema de dessalinização exige alguns cuidados. "A primeira etapa do processo é avaliar a composição química da água subterrânea, cujo resultado indicará o tipo adequado de membrana do equipamento que será utilizado", explica Renato Saraiva Ferreira.

"Além disso, o concentrado resultante da dessalinização é um líquido com alto teor salino que, quando despejado no solo, contribui para a erosão e a contaminação de novos lençóis de água. Desta forma, o Programa Água Doce determina que a água salgada seja depositada em tanques de evaporação, evitando a ocorrência de impactos ambientais", completa Ferreira.

Hoje existem dois mil dessalinizadores na região do semi-árido, dos quais estima-se que apenas 50% estejam em funcionamento. O Programa Água Doce já recuperou 48 sistemas, aplicando a metodologia desenvolvida. Há ainda a possibilidade de aliar aos sistemas de dessalinização modelos de sistemas produtivos que podem ser aplicados mediante estudo da água e do solo na fase final do processo.

Para a escolha das localidades a serem atendidas são considerados os menores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os menores índices pluviométricos, ausência ou escassez de fontes de abastecimento de água potável e o maior índice de mortalidade infantil. Há, ainda, critérios técnicos específicos para avaliar a implantação de sistemas produtivos sustentáveis em cada localidade, com base no método Novo Rural e no Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA-Água).
Fonte: SRHU/MMA

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Seminário discutirá cadeias de produtos da sociobiodiversidade

02/07/2008 - Daniela Mendes - De 15 a 18 de julho será realizado, em Brasília, o Seminário Nacional das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade com o objetivo de debater a agregação de valor e a consolidação de mercados sustentáveis para produtos como o babaçu, o óleo de copaíba, o açaí.

Promovido pelos ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome, o seminário pretende ainda estruturar e consolidar o Plano Nacional de Promoção das Cadeias Produtivas da Sociobiodiversidade, além de apresentar as políticas já existentes no âmbito do governo federal.

Uma primeira versão desse plano, que será levada para debate no seminário, foi apresentada nesta quarta-feira (2) pela Secretaria de Desertificação, Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente a representantes de diversos ministérios que auxiliarão na estruturação da proposta. Ela é fruto da realização de sete seminários regionais que englobaram todos os biomas brasileiros.

De acordo com Muriel Saragoussi, diretora de Extrativismo do MMA, o objetivo do plano é desenvolver ações integradas para promoção e fortalecimento dessas cadeias produtivas com a atuação em quatro eixos estruturantes: um no processo produtivo, um no industrial, um no comercial e outro na organização social e produtiva.

"A idéia é garantir que os povos e comunidades tradicionais e os agricultores familiares que participam desse programa não sejam excluídos do processo na hora em que o produto se torna importante para o mercado", esclareceu.

O seminário terá a participação de mais de 250 representantes de povos e comunidades tradicionais, agricultores familiares, da academia, do setor empresarial, dos governos municipais, estaduais e federal.
No dia 8 de julho será realizada uma última reunião com o setor empresarial, em São Paulo, para apresentação da minuta do Plano Nacional antes da realização do seminário.

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Minc esclarece norma do Banco Central para bancada do Mato Grosso no Congresso

02/07/2008 - Gisele Teixeira - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, recebeu nesta terça-feira (2) deputados e senadores do Mato Grosso. Os parlamentares relataram ao ministro as dificuldades dos produtores do estado em se adequarem à Resolução 3.545, do Banco Central, que inclui critérios ambientais e fundiários para contratação de financiamento no bioma Amazônia. A medida entrou em vigor em 1º de julho. No Mato Grosso, segundo a bancada, 25% das propriedades rurais não estão na base de dados da secretaria ambiental do estado.

Minc disse ao grupo que a posição do ministério pode ser resumida em uma palavra: legalidade. Ele destacou que o governo está oferecendo uma série de vantagens aos produtores que quiserem regularizar suas áreas, tanto do ponto de vista fundiário quanto ambiental. Além do pagamento de 30% do valor do georreferenciamento das áreas, o MMA negociou junto ao BNDES linhas de créditos especiais para recomposição de áreas de preservação permanente e reserva legal e recuperação de áreas degradadas.

O ministro esclareceu que os produtores que estiverem irregulares do ponto de vista ambiental não precisam recuperar toda a área legal este ano, e sim georreferenciar a propriedade e apresentar um plano de recuperação que pode ser a médio prazo. Além disso, Minc lembrou os produtores enquadrados no Pronaf e os que dispõem de área menor que quatro módulos fiscais. Esses devem apresentar, no lugar da licença ambiental, uma declaração individual atestando a existência física de reserva legal e área de preservação permanente, conforme previsto no Código Florestal.

Uma equipe formada por técnicos dos ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Fazenda e também por representantes dos bancos estatais (Banco da Amazônia, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) irá monitorar a implementação da Resolução do Bacen. O acompanhamento tem como objetivo solucionar eventuais problemas que surgirem durante a implementação da medida.

O ministro também destacou a importância da medida que estabelece um prazo de 60 dias para que empreendimentos agrícolas apresentem informações sobre seus fornecedores. "Muito mais eficaz do que botar polícia para fiscalizar é a própria cadeia produtiva estimular seus fornecedores a entrarem na legalidade", disse.

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MMA quer formar educadores ambientais populares

30/06/2008 - Grace Perpetuo - Desde o início deste ano, os departamentos da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (Saic) do Ministério do Meio Ambiente estão unidos num esforço comum: o de contribuir, por meio de uma política pública de formação de educadores ambientais populares, para a educação ambiental permanente e continuada da população brasileira. O trabalho integrado da Coordenação da Agenda 21 e dos departamentos de Educação Ambiental, de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental e de Coordenação do Sisnama tem como meta final formar 1 milhão de educadores ambientais populares (EAPs) até 2010, em todo o território nacional.

Até lá, sob coordenação da Saic - e com base na metodologia do Programa de Formação de Educadoras e Educadores Ambientais (ProFEA) -, a proposta de construção da política pública passará por metas intermediárias: para 2008, a partir do lançamento de um edital que contemplará 50 coletivos educadores (grupos de instituições que contribuem para o processo de formação em educação ambiental), serão selecionadas cinco pessoas (quatro tutores e um coordenador pedagógico) que vão iniciar a formação de 200 mil educadores ambientais populares. Explica-se: cada tutor forma 50 educadores populares que, por sua vez, se comprometem a formar mais 20.

A mesma lógica se aplica às metas para os anos seguintes. Em 2009, será iniciada a formação de 15 mil EAPs (que resultarão na formação de 300 mil); em 2010, começará a formação de mais 25 mil (para a conseqüente formação de 500 mil).

As instituições selecionadas serão protagonistas de todo o processo - sendo responsáveis pelo mapeamento do público a ser contemplado e pela implementação da formação.

"A palavra 'popular' é a que dá o tom de toda a iniciativa: ela significa que qualquer pessoa - seja ela um conselheiro de meio ambiente, um catador de lixo, um aluno de escola, cada qual no seu âmbito de ação, não importa onde estiver - pode se tornar um educador ambiental", diz Fábio de Melo, educador ambiental do Departamento de Educação Ambiental. "A idéia é proporcionar uma forma de educação ambiental crítica e emancipatória que promova a participação e o controle social dos envolvidos", completa.

O processo formativo do programa será continuado, por meio de módulos, com momentos presenciais e outros a distância. O conteúdo dos módulos contemplará conceitos, métodos e temas identificados como demandas, levantadas a partir de relatórios de oficinas nacionais e estaduais dos Coletivos Educadores; de deliberações da Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA); e de temas prioritários do MMA, por exemplo.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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