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CONAMA ANALISA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO SOBRE CADEIA DE FORNECEDORES AGROPECUÁRIOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

09/07/2008 - Daniela Mendes - A proposta de resolução sobre o monitoramento da cadeia de fornecedores agropecuários está na pauta da 28ª reunião da Câmara Técnica de Controle e Qualidade Ambiental do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que teve início nesta quarta-feira (9).
De acordo com André Lima, diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, o monitoramento dos impactos dos empreendimentos agroindustriais sobre o uso e ocupação do solo e sobre os desmatamentos na fronteira agropecuária é uma medida fundamental no contexto das ações do governo federal para reverter a tendência recente de retomada dos desmatamentos ilegais na Amazônia.

Segundo a proposta, as atividades industriais de beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares, matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal objeto de licenciamento ambiental deverão manter disponíveis ao órgão ambiental estadual e ao Ibama informações sobre sua cadeia de fornecedores.

Estima-se que entre 70 e 80% das áreas abertas na Amazônia estejam ocupadas por pastos, sendo que, entre 2000 e 2006, o efetivo bovino no Brasil cresceu 21% enquanto que nos 36 municípios focos de controle de desmatamento esse crescimento foi da ordem de 88%. "Isso significa claramente que há uma correlação inequívoca entre novos desmatamentos na região e a expansão da fronteira agropecuária", defende André Lima em documento enviado à Câmara Técnica para justificar a aprovação da proposta de resolução.

Para ele, diante desse desafio, para consolidar a estratégia de monitoramento, controle e co-responsabilização da cadeia produtiva agropecuária sobre os desmatamentos ilegais no país é fundamental a regulamentação do licenciamento ambiental dos empreendimentos agroindustriais e a implementação de um grande programa de modernização e regularização da atividade dos frigoríficos com ênfase no monitoramento e controle.

A Câmara Técnica analisará ainda outras propostas como a que estabelece informações mínimas que devem constar das licenças ambientais emitidas no âmbito do Sisnama e a que trata da pesquisa, registro, comercialização e utilização de agrotóxicos em ambientes hídricos.

A reunião encerra nesta quinta-feira (10) e está sendo realizada no subsolo do Edifício Marie Prendi (505 Norte).

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Governo finaliza consulta sobre recursos genéticos

10/07/2008 - Suelene Gusmão - O governo federal finaliza neste final de semana a Consulta Pública ao anteprojeto de lei sobre Acesso a Recursos Genéticos, Conhecimentos Tradicionais e Repartição de Benefícios.

A partir do dia 15, começa a fase preparatória para as sete oficinas locais que o governo pretende realizar com as comunidades tradicionais, indígenas e dos movimentos sociais. A proposta é ouvi-las sobre a questão da repartição de benefícios. No momento, o texto que servirá de base à proposta que irá substituir a Medida Provisória 2.186-16, de 2001, encontra-se em fase de consolidação.

O objetivo da consulta é o de aprimorar a legislação no que se refere à pesquisa e bioprospecção, estabelecendo mecanismos claros quanto à repartição de benefícios com as comunidades locais.

Segundo Maria Celeste Emerick, diretora do Departamento do Patrimônio Genético, a proposta que entrou em consulta já mudou muito, atendendo várias das reivindicações que vieram por meio da consulta. O texto definitivo ainda vai absorver o que for reivindicado pelas comunidades tradicionais.

Entre as inovações propostas pelo anteprojeto está o estabelecimento de um tratamento abrangente e unificado do acesso à repartição de benefícios, estimulando seu uso ético e sustentável.

Para isso, vai assegurar a definição de regras claras e garantir segurança jurídica para o uso dos recursos genéticos e seus derivados e dos conhecimentos tradicionais associados, fazendo com que diminua os custos de transação e elimine várias etapas da burocracia.

O debate nacional sobre repartição de benefícios resultantes do acesso ao conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético é considerado de fundamental importância por ser o Brasil um país considerado megadiverso, com recursos genéticos comercialmente valiosos.

A proteção e valorização adequadas deste patrimônio natural e cultural de forma sustentável indicou ao governo a necessidade de aprimoramento da legislação sobre o assunto, no sentido de sua utilização para o desenvolvimento social, econômico, científico e tecnológico do Brasil.

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MMA participa de seminário que discutirá Pagamento sobre Serviços Ambientais

09/07/2008 - Aida Feitosa - Dirigentes do Ministério do Meio Ambiente participam, nesta quinta-feira (10), do Seminário: Pagamento sobre Serviços Ambientais no Brasil (PSA), no anexo II do Plenário 8 da Câmara dos Deputados. A secretária-executiva, Izabella Teixeira, fará a abertura das mesas de trabalho. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krakhecke, e o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, vão estar presente no Painel "PSA no Brasil: Visão Governamental".

No encontro serão discutidos sete projetos de lei que tramitam na Casa e a minuta do projeto do Executivo, todos com o objetivo de instituir o pagamento ou a compensação por serviços ambientais. Segundo Egon Krakhecke, a proposta do Executivo se juntará aos projetos em trânsito. "Os projetos da Câmara definem um marco legal, mas não destinam recursos do orçamento da União, porque o Legislativo não pode criar despesas para a União", explicou o secretário, esclarecendo que os pagamentos também podem ser oriundos do exterior e de empresas privadas.

O Pagamento por Serviços Ambientais vai remunerar pessoas que ajudam a conservar os recursos naturais tanto em terras públicas e privadas e já ocorre em outros países. De acordo com Egon, o marco legal do PSA vai estimular as boas práticas sustentáveis. "É um estímulo importante para manter a floresta em pé, tornar o modelo de produção agropecuária mais sustentável e ajudar na conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos."

Durante o seminário também será apresentado o Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural (Proambiente). Iniciativa pioneira do Ministério do Meio Ambiente, o programa trabalha em 11 pólos regionais em pequenos territórios na Amazônia atendendo, com assistência técnica, 4 mil famílias. A ausência de legislação específica limitou a ampliação do projeto. "Como não podemos destinar recursos orçamentários na União, o projeto não saiu da escala piloto e não atende os outros biomas", disse.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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