Museu
Goeldi - 07/07/2008 - Projeto Piatam Oceano exibiu
o primeiro 'passeio' em 3D pelo relevo submarino
da Foz do Amazonas
A modelagem em 3D da Amazônia submarina permite
observar formações oceânicas
do Atlântico como a Cadeia de Barbados
Foto: Divulgação MPEG
A cidade de Belém (PA) sediou a primeira
exibição pública de uma peça
audiovisual que finalmente permite a visualização
das cadeias de montanhas submarinas, cordilheiras,
vales, desfiladeiros e outros detalhes do relevo
do fundo oceânico do Atlântico amazônico.
Construídas através
de reproduções digitais em três
dimensões, as imagens inéditas integram
a coleção especial de DVDs que foi
lançada pela Petrobras durante a programação
do workshop "Síntese do Conhecimento
sobre a Margem Equatorial Amazônica",
realizado entre 3 e 4 de julho de 2008, no Museu
Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT). A caixa
de discos tem seis volumes e apresenta à
comunidade científica o mais atual e completo
resumo do conhecimento já gerado sobre a
região oceânica da Amazônia,
fruto das atividades da primeira etapa do projeto
Piatam Oceano, iniciado em 2006.
Além de aspectos da Plataforma
Continental Brasileira na região da Foz do
Amazonas, a modelagem em 3D da Amazônia submarina
ainda permite observar outras formações
oceânicas do Atlântico, como a Cadeia
de Barbados, a Cordilheira Mesoatlântica,
o Cone do Amazonas e o seu canyon submarino, o Platô
de Demerara e a Cadeia Norte-Brasileira. Com cerca
de dois minutos de duração, o passeio
virtual é resultado de um trabalho de mestrado
orientado pela doutora em oceanografia geológica
e especialista em levantamento ambiental de áreas
marítimas Heloísa Vargas, coordenadora
do Piatam Oceano pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
da Petrobras (Cenpes).
Para se chegar ao modelo em 3D
apresentado em Belém foi necessário
reunir dados recentes e antigos gerados por diversas
instituições. Ele foi construído
com a ajuda de bancos de informações
oceanográficas como o da Marinha do Brasil
e também com vários mapas batimétricos
(que apontam profundidades) antigos e recentes encontrados
pelos pesquisadores.
Lázaro Magalhães – Agência Museu
Goeldi
+ Mais
Seminário reúne
especialistas no Amazonas
Ecossistema - 07/07/2008 - A onça-pintada
é tema de uma das 45 pesquisas que serão
apresentadas
Foto: Divulgação Ascom/Mamirauá
A hipótese de que o ambiente de várzea
– floresta alagada característica da Amazônia
brasileira – tem papel fundamental para a sobrevivência
e reprodução da onça-pintada
é evidenciada na pesquisa que estuda, entre
outros aspectos, a densidade populacional da espécie
em uma área da Reserva de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá (de 1,12 milhão
de hectares e formada inteiramente por várzea).
Esse estudo será apresentado
no 5º Seminário Anual de Pesquisa (SAP),
realizado entre os dias 8 e 10 de julho pelo Instituto
de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
(IDSM/MCT), em Tefé (AM). A onça-pintada,
maior felino das Américas, tem um papel importante
na manutenção da estrutura e no funcionamento
dos ecossistemas em que habita e onde é o
predador do topo da cadeia alimentar. A sua presença
é uma boa indicação da saúde
daquele ambiente.
Juntamente com essa pesquisa,
outras 44 foram submetidas a essa edição
do SAP. As apresentações sobre esses
temas serão agrupadas em tópicos gerais
segundo a área de interesse e, além
das palestras, também será montada
uma jornada de pôsteres, mostrando os estudos.
O objetivo do Seminário é apresentar
os resultados mais recentes e as informações
científicas geradas nos últimos 12
meses pelos projetos de pesquisa executados ou concluídos
por pesquisadores do Instituto ou de entidades parceiras.
Além da presença de especialistas
do IDSM e dos associados, também foram convidados
pesquisadores de órgãos governamentais
e de outros institutos de pesquisa.
Lançamentos
Os destaques da programação
do 5º SAP ficam por conta do lançamento
de duas publicações, editadas pelo
IDSM: "Anatomia e morfologia de plantas aquáticas
da Amazônia utilizadas como potencial alimento
por peixe-boi amazônico", de autoria
de Michelle Gil Guterres, Miriam Marmontel, Daniel
Martins Ayub, Rosana Farias Singer e Rodrigo B.
Singer, e "Biologia, Conservação
e Manejo dos Aruanãs na Amazônia Brasileira"
com, 10 capítulos de 14 diferentes autores,
organizado por Helder L. Queiroz, diretor técnico-científico
do IDSM, e Maurício Camargo.
Além do lançamento
dos livros, também serão apresentados
quatro documentários. Dois deles - "Jovens,
Tefé, AM" e "Mulheres de Mamirauá"-
dos cineastas Fernando Segtowick e Jorane Castro
foram realizados em Tefé e nas Reservas de
Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
e Amanã, co-geridas pelo IDSM. Essas duas
unidades de conservação também
são o cenário dos outros dois filmes
que serão apresentados: "Manejo comunitário
de pirarucu: a experiência de Mamirauá"
e "Acordo de Pesca Pantaleão",
que abordam duas experiências com resultados
positivos, coordenadas pelo Programa de Manejo de
Pesca do Instituto Mamirauá, realizador dos
documentários.
Maria Carolina Ramos - Assessoria de Imprensa do
Instituto Mamirauá