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MEIO AMBIENTE ADOTA PROCEDIMENTOS PARA TORNAR MAIS ÁGIL LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

17 de Julho de 2008 - Luciana Lima - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinou hoje (17) três atos e cinco portarias, para a adoção de uma série de procedimentos, com o objetivo de agilizar os processos de licenciamento ambiental. Com o conjunto de medidas, o governo espera reduzir para uma média de 13 meses, o prazo para todo processo de licenciamento.

Atualmente, de acordo com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, esse prazo varia de 21 a 37 meses. “Agilizar não significa tornar as normas mais flexíveis. Queremos reduzir os prazos e aumentar o rigor”, disse o ministro. Em entrevista coletiva, Minc havia anunciado a redução desse prazo para 10 meses e meio, mas o presidente do Ibama refez as contas e chegou aos 13 meses.

As medidas não alteram a Lei Ambiental, que, na opinião do ministro, carece de algumas mudanças. “São mudanças mais complexas, que precisam ser discutidas. Estamos agora adotando procedimentos, que tornarão mais ágeis e mais rigorosos os processos”, enfatizou Minc.

Uma das medidas é a criação de um protocolo único para todo processo de licenciamento ambiental. “Será um único número para a solicitação de todos os procedimentos necessários para um licenciamento”, destacou Minc. Antes, cada procedimento junto aos órgãos federais – Ibama, Agência Nacional das Águas (ANA) e Instituto Chico Mendes, por exemplo – recebia um número diferente.

Outra medida é a informatização do Sistema de Licenciamento Ambiental (Sislic). Esse sistema ficará disponível na internet e permitirá acesso a todas as informações sobre os processos, bastando para isso, ingressar com o número do protocolo único. “Desta forma, os interessados poderão ter informações sobre as fases do processo de licenciamento”, destacou Roberto Messias.

Além da informatização, o Núcleo de Licenciamento Ambiental do Ibama será descentralizado. A portaria assinada hoje determina a criação de um núcleo de licenciamento em cada estado. Os núcleos ficarão sediados nas Superintendências do Ibama, nas capitais. “Trata-se de uma medida que torna mais barata e mais ágil, por exemplo, a realização de uma visita de avaliação, também é mais confortável para quem demanda pela licença”, destacou o ministro. Para atender essa descentralização, o governo publicará nos próximos 90 dias um edital para a contratação de 90 analistas ambientais.

Outra medida é a criação de grupos de trabalho para acompanhar todas as fases do processo de licenciamento ambiental dos licenciamentos para investimentos de grande porte. De acordo com Minc, esses grupos atuarão nos procedimentos referentes aos projetos de energia elétrica, petróleo e gás, e ainda nas obras de infra-estrutura.

“O grupo vai atuar na análise simultânea das várias faces do processo de licenciamento. Até hoje, essa análise é feita em etapa. Existem alguns procedimentos que não dependem do outro e podem ser analisados ao mesmo tempo, dando agilidade ao processo”, destacou o ministro.

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Minc quer dividir com estados e municípios responsabilidade pelos licenciamentos

17 de Julho de 2008 - Luciana Lima - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Ministério do Meio Ambiente quer dividir com estados e municípios a responsabilidade por analisar as licenças ambientais. De acordo com o ministro Carlos Minc, a idéia é repassar para os estados e municípios o licenciamento de obras de pequeno e médio impacto.

Minc anunciou a proposta hoje (17), em entrevista coletiva, na qual anunciou um pacote de medidas para agilizar o processo de concessão de licença ambiental. O ministro afirmou que o processo só será repassado para estados e municípios que tiverem condições de analisar o processo. Essas condições, de acordo com Minc, são pessoal concursado e qualificado e sistema informatizado.

A medida, de acordo com Minc, possibilitará que o MMA se concentre na análise dos processos referentes aos grandes projetos. “Vamos nos concentrar nos grandes empreendimentos”, disse o ministro.

Para que a distribuição de responsabilidade ocorra, é necessário que o Congresso Nacional vote a regulamentação do artigo 23 da Constituição Federal. A proposta já se encontra em tramitação no Legislativo. Minc disse esperar que essa regulamentação seja votada no final de agosto ou início de setembro. “Não sei como ficará o calendário de sessões no período pré-eleitoral. Nossa previsão é regulamentar o artigo 23 no mês de agosto, ou, no mais tardar, no início de setembro”, disse o ministro.

Minc assinou hoje um ato criando a Câmara de Compensação Ambiental, que definará, entre outras atribuições, como serão aplicados os recursos pagos a título de compensação ambiental. Além dos órgãos federais, a câmara contará com representantes de ONGs, órgãos ambientais municipais e estaduais, universidades e empresários.

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Ibama fará concurso para contratação de 90 analistas

17 de Julho de 2008 - Luciana Lima - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo publicará, nos próximos 90 dias, edital para contratação de 90 analistas ambientais para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A realização do concurso é uma das medidas anunciadas hoje (17) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, com o objetivo de agilizar e tornar mais rigorosos os processos de licenciamento ambiental.

Atualmente trabalham no Ibama 140 analistas. “Estamos em uma fase de definição temática para o concurso. Vamos aumentar nosso quadro de analistas em 60% para termos condições de atingir a meta de redução do prazo para licenciamento”, destacou o presidente do Ibama, Roberto Messias.

As vagas serão distribuídas da seguinte forma: 40 analistas para Brasília, 15 para o Rio de Janeiro e 35 para os Núcleos de Licenciamento Ambiental que serão criados em todos os demais estados.

Outra portaria do Ibama cria o Programa de Educação Continuada e Avançada, com o objetivo de capacitar os novos e os funcionários veteranos. Estão previstos cursos de análise de impacto ambiental, aplicação da legislação ambiental, noções básicas de análise de risco, noções básicas de geoprocessamento e procedimentos do licenciamento ambiental federal.

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Pará debate concessão da Floresta Nacional Saracá-Taquera

14 de Julho de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) vai realizar amanhã (15), em Terra Santa (PA) audiência pública sobre a concessão da Floresta Nacional de Saracá-Taquera. Na seqüência, haverá audiências públicas também em Faro (dia 16) e em Oriximiná (dia 18).

Os três municípios têm áreas dentro do lote de concessão. O objetivo dos encontros é dar transparência ao processo. Nas audiências, as populações vizinhas à Floresta Saracá-Taquera poderão conhecer o texto da minuta do edital e se manifestar sobre seu conteúdo.

De acordo com a Lei de Gestão de Florestas Públicas, caso existam produtos tradicionalmente explorados pelas comunidades do entorno, em uma área de concessão, o direito de coleta desses produtos continua sendo assegurado às comunidades.

De acordo com o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Luis Joels, hoje (14), foi realizada uma reunião em Porto Trombetas (PA), com os conselhos consultivos, para apresentar as propostas de concessão que serão discutidas nas audiência públicas.

“O edital mostra quais seriam as áreas destinadas à concessão dentro da floresta nacional, os termos em que seria feita essa concessão, os valores, e os critérios de seleção”, explicou.

Segundo ele, o edital só será lançado depois que passar pela Comissão de Gestão de Coletas Públicas. “A gente recolhe o que a sociedade tem a dizer e fazemos uma reunião de caráter mais técnico, preparamos uma versão com todas essas sugestões e apresentamos na Comissão de Gestão de Coletas Públicas. Uma equipe avalia a proposta e, a partir daí, a gente faz a versão final do edital, que é lançada publicamente, com bastante divulgação, para que todo mundo tenha conhecimento", relatou o diretor do SFB.

De acordo com Joels, esse processo deve ser concluído em dezembro.

A Floresta Nacional de Saracá-Taquera é uma unidade de conservação de uso direto, com 429.600 hectares com grande potencial de exploração de madeira, castanha-do-pará e minérios, como a bauxita, por exemplo.

Na floresta, o palmito, o açaí e a castanha-do-pará serão de uso exclusivo das populações locais e o concessionário não poderá explorá-los. Já o óleo de copaíba, semente e óleo de andiroba, resina de breu, cipó titica e látex da seringueira só poderão ser exploradas pelo concessionário mediante prévia autorização do Serviço Florestal, que avaliará a compatibilidade do uso comercial com o uso tradicional da comunidade.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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