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PRESIDENTE LULA ASSINA DECRETO QUE REGULAMENTA LEI DE CRIMES AMBIENTAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

22/07/2008 - Daniela Mendes - O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta terça-feira (22), o decreto que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (9605/08) durante a cerimônia de inauguração do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), na sede da Floresta Nacional de Brasília.

Entre as principais novidades da norma está a redução das instâncias para recursos de multas e o estabelecimento do instituto do "perdimento" que dá poderes ao Ibama para dar destinação a produtos apreendidos em operações de fiscalização sem necessidade de autorização judicial, como é feito pela Receita Federal.

Na solenidade, que teve a presença do ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, do governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, do presidente do Ibama, Roberto Messias, e da presidente interina do Instituto Chico Mendes, Silvana Canuto, entre outras autoridades, o presidente Lula também assinou o decreto que institui o Programa de Segurança Ambiental, o Corpo de Guarda-Parques e a Guarda Ambiental Nacional.

"As medidas que apresentamos hoje demonstram o grau de maturidade alcançada por nossas políticas ambientais, em especial no combate ao desmatamento, e se somam a uma sólida base de defesa dos nossos patrimônios naturais que a nação brasileira vem construindo há muito tempo", afirmou o presidente Lula.

Para Minc, os novos decretos são fundamentais para garantir as ações de prevenção e fiscalização dos crimes ambientais. "Quem quiser entrar na legalidade vai ter tudo de bom. Quem insistir em desafiar o poder democrático do Estado brasileiro, da consciência ecológica dos brasileiros e das leis, vai sentir a mão pesada do ministério, do Ibama e da Polícia Federal", alertou o ministro.

O novo decreto que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais revoga o anterior (3.179/99) e acrescenta institutos e instrumentos necessários para dar maior agilidade e eficiência para a administração pública na aplicação das normas de proteção ao meio ambiente.

Um exemplo é a cobrança de multa para aqueles que deixarem de averbar a reserva legal de suas propriedades ou aos que deixarem de dar destinação adequada a produtos tóxicos. No decreto anterior essas exigências existiam, mas não havia cobrança de multa em caso de descumprimento.

Outro ponto importante é a redução de quatro para duas instâncias de recursos de multas o que deverá diminuir em até dez vezes a tramitação dos processos, ou seja, eles passarão a correr numa média de quatro meses.

As mudanças propostas na nova regulamentação resultam do acúmulo de experiências na aplicação da Lei de Crimes Ambientais e da significativa mudança estrutural do Ministério do Meio Ambiente e suas vinculadas, incorporando o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Segurança Ambiental - Já o decreto assinado pelo presidente Lula que institui o Programa de Segurança Ambiental, o Corpo de Guarda-Parques e a Guarda Ambiental Nacional dependerá de uma estreita parceria entre o governo federal e os governos estaduais. Segundo o ministro Carlos Minc, 16 governadores já se mostraram interessados em firmar convênios para participar das ações do Programa de Segurança Ambiental.

O presidente Lula elogiou o envolvimento dos estados nessa iniciativa e destacou a importância da participação de governadores e prefeitos na proteção do meio ambiente. "Essa parceria é extremamente importante e vai mobilizar as pessoas no local para tomar conta das unidades de conservação. Fica muito mais fácil contratar gente que conhece o local para tomar conta do que mandar gente de outro estado para fiscalizar", disse Lula.

Esse programa será executado, em parceria com os estados, pelos órgãos ambientais federais, pela Guarda Ambiental Nacional e pelo Corpo de Guarda-Parques, com atuação prioritária em atividades de prevenção de crimes e defesa do meio ambiente.

A guarda ambiental nacional será composta pelos batalhões das polícias militares ambientais nos estados e será empregada para proteção e apoio de atividades do Ibama e do Instituto Chico Mendes, todos coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente.

Já o serviço de guarda-parques será formado por membros do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e seus Batalhões Florestais e Ambientais, segundo convênio estabelecido com os estados, para atuar na prevenção, fiscalização e combate a incêndios florestais nas unidades de conservação, entre outras atribuições.

Cetas - O Centro de Triagem de Animais Silvestres inaugurado hoje é o primeiro do Distrito Federal. Ele terá capacidade para receber cerca de 800 animais entre pássaros, mamíferos, répteis e primatas, geralmente apreendidos em operações do Ibama contra o tráfico de animais silvestres. Os recursos para a construção do Cetas são fruto de compensação ambiental da Infraero quando da construção da terceira pista do aeroporto Juscelino Kubstcheck.

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Sociedade participa de iniciativa de educação ambiental do MMA

23/07/2008 - Grace Perpetuo - O Departamento de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente comemora a reação positiva obtida pelo Coleciona: fichário do educador ambiental, lançado pela internet no dia 7 de julho: em duas semanas, foram recebidos mais de 800 e-mails contendo congratulações, sugestões e contribuições acadêmicas para as próximas edições da publicação.

O fichário virtual - que pode ser consultado gratuitamente no site do MMA e baixado em formato pdf - é um material eletrônico, especializado em informações sobre educação ambiental (EA), que será enviado bimestralmente a quem se inscrever. No momento, as novas adesões vêm se somar aos 10 mil contatos já cadastrados pelo DEA.

"A maior parte dos e-mails veio de pesquisadores e de professores universitários", diz a consultora técnica do DEA Fabiana Mauro. "Ficamos felizes, porque precisamos, de fato, de material do educador ambiental 'da ponta'", reitera, ao explicar que, a cada dois meses, o DEA reunirá artigos enviados por educadores ambientais para compor as nove seções do Coleciona.

A idéia é que o fichário seja feito "por educadores ambientais para educadores ambientais" e que passe a existir, eventualmente, sem material do DEA - a quem caberá a função, no futuro, de apenas organizar o seu conteúdo.

Fabiana lembra que, para o departamento, educador ambiental é qualquer profissional que possua consciência ambiental - e que, portanto, são bem-vindos textos de quaisquer colaboradores que versem sobre EA. Todos os artigos são analisados pelo DEA e, se aprovados, incluídos na seção Pontos de Vista: textos para se pensar educação ambiental.

Os artigos podem ser enviados ao endereço eletrônico educambiental@mma.gov.br. Uma vez organizado o conteúdo, o material é repassado aos e-mails cadastrados, além de atualizado na página do MMA, para acesso livre.

Banco - Iniciativa do DEA, o fichário foi criado em formato de fácil impressão e arquivamento, para que instituições, órgãos, empresas, escolas e educadores interessados possam ter em mãos, ao fim de um ano, um grande banco de informações sobre a EA no País, para consulta pública.

"Estudamos a possibilidade de tornar o Coletivo um material também impresso, mas, para isso precisamos saber dos receptores se há esse necessidade e, em seguida, buscar recursos", diz Fabiana.

Entre as sugestões recebidas por e-mail desde o lançamento está a de fazer o fichário em duas versões: uma para impressão (a atual, econômica, nas cores preto e verde) e outra meramente para navegação online, em formato mais simples e direto.

Para acessar o fichário é preciso entrar no site do MMA, clicar no link Educação Ambiental e, em seguida, sobre a figura do Coleciona: fichário do educador ambiental, que se encontra logo abaixo do texto de apresentação.

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Cúpula América do Sul-Países Árabes debate desertificação e recursos hídricos

23/07/2008 - Daniela Mendes - Será realizado em Recife (PE), de 20 a 22 de agosto, um encontro de especialistas em recursos hídricos e desertificação da Cúpula da América do Sul-Países Árabes (Aspa). Esse encontro também será preparatório para a II Reunião de Ministros de Meio Ambiente da Aspa que será realizada em Riade, na Arábia Saudita, em novembro.

Na pauta de discussões de Recife estão, entre outros temas, as propostas do Plano Executivo Bienal 2008-2009 para implementar as decisões da I Reunião de Ministros de Meio Ambiente da Aspa, além da criação do Comitê de Cooperação Ambiental. Esses dois assuntos serão encaminhados para a reunião de Riade com a expectativa de que a Cúpula aprove as deliberações de Recife.

A primeira Reunião de Ministros de Meio Ambiente da Aspa foi realizada em Nairóbi (Quênia), em fevereiro de 2007, durante a reunião do conselho de administração do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). O principal resultado daquele encontro foi a elaboração de um comunicado conjunto definindo áreas de interesse para uma possível cooperação regional. Entre elas agricultura irrigada, biotecnologia, reuso da água e energia renovável.

Sobre a Aspa - Proposta pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 e formalizada em maio de 2005, durante a Conferência de Chefes de Estado e de Governo, I Cúpula da Aspa, em Brasília, teve por objetivo aproximar os líderes políticos de duas regiões com afinidades políticas, econômicas, históricas e culturais.

As razões para a convocação da Cúpula foram, entre outras, a presença de grande comunidade de origem árabe na América do Sul, particularmente no Brasil, e de sul-americanos nos países árabes (em especial, brasileiros no Líbano), que podem formar a base para uma aproximação maior entre os povos.

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Comissão interministerial coordenará política de combate à desertificação

22/07/2008 - Lucia Leão - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou, por meio de decreto publicado no Diário Oficial esta terça-feira (22), a Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD). Ela passa a integrar a estrutura organizacional do Ministério do Meio Ambiente com a atribuição de deliberar sobre a implementação da política nacional de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca.

A Comissão deve orientar, acompanhar e avaliar a implementação dos compromissos assumidos pelo Brasil como signatário da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD) e articular as ações desenvolvidas pelas diversas áreas de governo nos âmbitos nacional, estaduais e municipais.

Para o coordenador do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação da SEDR, José Roberto Lima, a instituição da Comissão reflete a importância que o tema ganhou na agenda nacional. "O Brasil tem problemas graves com a desertificação. Seus efeitos atingem diretamente 36 milhões de brasileiros na região Nordeste. Por meio da Comissão vamos acompanhar o cumprimento dos compromissos que o País assumiu com a UNCCD e daremos mais efetividade às medidas de combate à degradação e de manejo adequado que já são realizadas por diferentes órgãos de governo nas áreas desertificadas".

A CNCD é coordenada pelo MMA e tem representantes de outros nove ministérios, da Codevasf, do Banco do Nordeste do Brasil, da Sudene, do Dnocs, da ANA e da Embrapa, dos governos dos estados nordestinos, de Minas Gerais e do Espírito Santo, da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) e de onze representantes de entidades da sociedade civil com atuação nas áreas susceptíveis à desertificação.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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