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SERVIÇO FLORESTAL VISITA ENTORNO DA FLONA SARACÁ-TAQUERA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

28/07/2008 - Técnicos do Serviço Florestal Brasileiro iniciaram nesta segunda-feira (28) visita de campo para assegurar que nenhuma unidade de manejo se sobreponha às áreas ocupadas por comunidades locais que habitam o entorno da Florestal Nacional de Saracá-Taquera - unidade de conservação de uso sustentável situada na região da Calha Norte no Pará.

Segundo a Lei de Gestão de Florestas Públicas (11.284/06), não é permitido processo de concessão florestal onde houver populações locais residentes.

Apesar de essas comunidades do entorno da Flona já terem sido mapeadas, algumas dúvidas surgiram durante as audiências públicas, promovidas este mês pelo Serviço Florestal Brasileiro, para apresentar e debater o processo de concessão florestal com a população regional.

Representantes de ribeirinhos declararam estar em dúvida sobre a real localização de algumas comunidades do noroeste da Flona. Nessa região, há duas unidades de manejo destinadas à concessão, uma de 19 mil hectares e outra com 33 mil hectares.

Segundo Tasso Azevedo, diretor do Serviço Florestal Brasileiro, foi enviada uma equipe, acompanhada de representantes locais, para fazer o georreferenciamento das comunidades, o que vai eliminar qualquer dúvida sobre a localização dessas populações. "Caso seja verificada a sobreposição, as unidades de manejo serão redefinidas", garante.

As comunidades a serem visitadas são as seguintes: dias 28 e 29/7, Ajarazal; 30/7, São Nicolau; 31/7, Carimunzinho; 01/8, Carimum; 02 e 03/08, Samauma; 04/08, Acari; e 05/08, Batata.

Durante as próximas semanas, outras áreas do entorno da Flona também deverão ser visitadas pelo Serviço Florestal Brasileiro. Uma na região do Lago Sapucuá; outra no sul da Flona, na área de abrangência do município de Terra Santa.

Comunidade local - A Lei de Gestão de Florestas Públicas (11.284/06) define como comunidade local "populações tradicionais e outros grupos humanos, organizados por gerações sucessivas, com estilo de vida relevante à conservação e à utilização sustentável da diversidade biológica". E estabelece, no Capitulo III, que - antes da realização de concessões florestais - o direito dessas populações à ocupação das áreas deverá ser garantido.

Caso seja verificado que essas comunidades utilizam a unidade de manejo para coleta ou outras atividades tradicionais, mais uma vez o direito comunitário prevalece e o uso tradicional desses produtos fica assegurado. O vencedor da licitação deverá garantir, mediante regras, o acesso dos comunitários às áreas.

Na minuta do edital de licitação para concessão na Flona Saracá-Taquera o palmito, o fruto do açaí e a castanha-do-pará são considerados de uso exclusivo das populações locais. Já o óleo de copaíba, a resina do breu, o cipó titica, o látex da seringueira, as sementes e o óleo da andiroba só poderão ser explorados pelo concessionário mediante autorização do Serviço Florestal, que vai avaliar a compatibilidade do uso comercial com o tradicional.

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Municípios baianos e sergipanos debatem gestão de resíduos sólidos

28/07/2008 - O diretor de Ambiente Urbano, Silvano Costa, reúne-se, no dia 30, em Aracaju, e 31 de julho, em Salvador, com representantes do Ministério Público Estadual e prefeitos para discutir a gestão do sistema de tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos municípios dos estados de Sergipe e da Bahia.

Nesta primeira etapa foram convidados oito municípios sergipanos e 20 baianos situados na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, cujos processos de formação de consórcio estão adiantados. A reunião tem por objetivo apresentar e discutir com os prefeitos as diretrizes gerais e específicas para o setor de resíduos sólidos, a serem viabilizadas com recursos do governo federal por intermédio do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

Os recursos do componente de Infra-Estrutura Hídrica do PAC, relacionados a resíduos sólidos, abrangem a construção de aterros sanitários e a formação de consórcio entre municípios, diminuindo o número de locais impactados pelo depósito inadequado de lixo, além de promover a reciclagem e a reutilização de resíduos.

O maior benefício da formação dos consórcios intermunicipais é a centralização do recebimento dos resíduos, considerados passivos ambientais, o que facilita o correto gerenciamento destes depósitos e a desativação das áreas dos atuais lixões e/ou aterros controlados e sua respectiva remediação estão contempladas como atividades seqüenciais à implantação dos novos aterros sanitários.

A proposta a ser elaborada será construída conjuntamente com os municípios, numa perspectiva participativa, visando desenvolver ações com foco na qualidade de vida dos catadores, que serão inseridos nesse processo como parceiros para redução do impacto ecológico do lixo.
Para os municípios, além de aterros sanitários, também estão previstas obras de implantação de unidades de triagem, área de compostagem, área de transbordo e triagem para resíduos de construção civil, drenagem e tratamento de chorume, o líquido resultante da decomposição do lixo.
Fonte: SHRU

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Ministérios discutem zoneamento agroecológico da cana

29/07/2008 - Daniela Mendes - O zoneamento agroecológico da expansão da cana-de-açúcar para produção de etanol será discutido entre o MMA e o Ministério da Agricultura na próxima semana. Entre os principais pontos da pauta está a possibilidade de excluir integralmente das áreas de expansão da cana os biomas Amazônia e Pantanal.

Segundo Roberto Vizentin, diretor de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o levantamento que está sendo executado pela Embrapa, em parceria com instituições do Consórcio ZEE-Brasil como o IBGE e o Inpe, aponta áreas mais que suficientes para expansão da produção em outros biomas sem que seja necessário derrubar nenhuma árvore.

"São áreas já ocupadas principalmente por pastagens e que podem ser destinadas para a produção da cana sem a necessidade de conversão de novas áreas", afirmou. Ele estima em 30 milhões de hectares a área que poderá ser destinada para o plantio da cana exclusivamente para produção de etanol. Para dobrar a produção atual de etanol, que hoje é de 20 bilhões de litros/ano, são necessários 7 milhões de hectares, o que garante uma margem confortável para o aumento da produção.

Também faz parte da agenda de discussões a definição de medidas necessárias para evitar que a expansão da cana impacte a produção de alimentos e, ainda, que preserve os sistemas de produção da agricultura familiar e evitem a concentração fundiária. Outro ponto que será avaliado são as condicionantes para concessão do licenciamento ambiental de usinas para assegurar a sustentabilidade da produção e a recuperação do passivo ambiental.

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Carteira Indígena prepara oficina nacional de trabalho

30/07/2008 - A Carteira de Projetos Fome Zero e Desenvolvimento Sustentável em Comunidades Indígenas - Carteira Indígena - realizará, entre os dias 09 e 11 de setembro, em Brasília, a 2ª Oficina Nacional de Trabalho para aprimorar as diretrizes e normas de acesso aos recursos para financiamento de projetos destinados a garantir segurança alimentar das populações indígenas.

O evento reunirá 160 pessoas, entre representantes indígenas indicados pelas comunidades e dirigentes e técnicos dos órgãos e entidades parceiros no Projeto - ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Desenvolvimento Agrário e da Educação, Funai, Funasa, Embrapa. ONGs indigenistas e socioambientalistas, universidades e centros de pesquisa, Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI).

Durante o evento será inaugurado o Banco de Dados da Carteira Indígena, a ser disponibilizado no sítio do MMA com informações on line sobre o andamento e a situação dos projetos financiados. As comunidades apresentarão ainda manifestações culturais, produtos e artesanatos. Uma exposição fotográfica e um vídeo documentário complementarão as informações sobre as ações implementadas com o apoio da Carteira.

Fruto de parceria estabelecida em 2004 entre o MDS e o MMA, a Carteira Indígena foi criada com o objetivo de promover a segurança alimentar e nutricional e o desenvolvimento sustentável das comunidades indígenas, submetidas à situação de grave carência alimentar decorrente, especialmente, da degradação ambiental de suas terras. Os índices de desnutrição e mortalidade infantil entre a população indígena correspondem ao dobro da média nacional: 47 crianças indígenas, em cada mil nascidas, morrem antes de completarem um ano.

A Carteira Indígena já apoiou 250 projetos. Atualmente são beneficiadas quase treze mil famílias de setenta etnias em dezenove estados do país. Obedecendo as diretrizes pactuadas na 1ª Oficina Nacional de Trabalho, realizada em junho de 2004, a Carteira observa, na aprovação dos projetos, os critérios de respeito às diferentes culturas indígenas e estimula a sua gestão pelas próprias comunidades, com vistas a promover a autonomia e o fortalecimento institucional. Os indígenas participam da formulação, da implementação e da avaliação das políticas públicas de seu interesse.

A expectativa é que a 2ª Oficina Nacional de Trabalho fortaleça e amplie a participação e o controle social por parte dos beneficiários; reforce e aprimore a natureza estruturante e o componente ambiental das ações da Carteira Indígena, com maior estímulo à gestão ambiental das terras, adoção de práticas produtivas sustentáveis, exploração e uso sustentável dos recursos naturais, transição para a agroecologia e recuperação de áreas degradadas.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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