Panorama
 
 
 

PRESERVAÇÃO DAS MATAS MINEIRAS COMBATE AQUECIMENTO GLOBAL

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Agosto de 2008

14 de agosto de 2008 - A preservação das florestas é uma grande contribuição do Estado para o combate aos efeitos do aquecimento global no planeta. Somente as matas nativas de Minas Gerais garantem o seqüestro de 1,5 bilhão de toneladas de gás carbônico (CO2) da atmosfera por ano. Um volume significativo diante das emissões de CO2 do Estado, avaliadas em cerca de 156 milhões de toneladas no ano de 2005.

Os dados, divulgados durante a 3ª reunião do Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas realizada nesta quarta-feira (13), fazem parte do Inventário Estadual das Emissões de Gases de Efeito Estufa de Minas Gerais e do estudo ‘Equações de Volume, Peso de Matéria Seca e Carbono para Diferentes Fitofisionomias da Flora Nativa', parte do Inventário Florestal do Estado. As pesquisas são utilizadas pelo Governo de Minas na elaboração de políticas públicas que contribuam para conter os efeitos das mudanças climáticas.
O Inventário Florestal, elaborado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), indica que cerca de um terço do território mineiro está coberto por vegetação (mata nativa e floresta plantada). O cálculo que avalia a quantidade de carbono retida na madeira e a quantidade do gás capturado na atmosfera pelas florestas nativas e plantadas revela saldo positivo.

O pró-reitor de Pesquisa da Ufla, José Roberto Scolforo, explica que o carbono existente nas árvores permanecerá eternamente no seu interior, ainda que sejam cortadas. O carbono faz parte da vida e nas diferentes etapas do desenvolvimento das árvores é gerado e consumido."O desequilíbrio que presenciamos agora vem dos excessos despejados na atmosfera, como acontece, por exemplo, nos incêndios florestais quando esse carbono estocado é liberado", afirma.

Emissão de gases

De acordo com os dados preliminares do primeiro Inventário Estadual das Emissões de Gases de Efeito Estufa, o setor de geração de energia elétrica é a atividade que mais contribui para as emissões de CO2 em Minas Gerais. O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Paulo Eduardo Fernandes de Almeida, explica que o gás carbônico lançado pelo setor é originário da produção, armazenamento e distribuição da energia.

Apesar da contribuição no lançamento de CO2 na atmosfera, o setor energético mineiro adquiriu vantagem ao adotar fontes renováveis, como o etanol, bagaço e lenha de reflorestamento. "Dos combustíveis utilizados em Minas, 51% são baseados em fontes renováveis o que evitou a emissão de cerca de 50 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera em 2005 que seriam produzidos pelo uso de combustíveis fósseis", explica Paulo Almeida.

O Inventário Estadual das Emissões de Gases de Efeito Estufa de Minas Gerais está sendo elaborado pela Feam e pelo IEF, com o apoio do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas - Centro Clima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O trabalho teve início em 2005 e permite identificar as atividades econômicas que mais contribuem para a emissão de gases de efeito estufa no Estado.

Fórum Mineiro

O secretário-executivo do Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas, Milton Nogueira, afirma que os estudos científicos garantem precisão às ações adotadas para conter o aquecimento global. "Entender o problema é essencial para buscar soluções", ressalta. Ele destaca que o Brasil, embora não tenha o compromisso formal de reduzir emissões, vem adotando diversas medidas para conter o aquecimento global. "Ações semelhantes têm de ser tomadas em todo o mundo para garantir a eficácia", observa.

A redução do consumo de matéria-prima proveniente das matas nativas é uma das metas estabelecidas no Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica. Em 2008, cerca de R$ 10 milhões foram investidos pelo Governo do Estado em programas de recuperação de áreas degradadas, projetos socioambientais e de pesquisas florestais e energéticas. Com os esforços que resultaram na redução da taxa de desmatamento do Estado em cerca de 30% nos últimos dois anos e a execução dos projetos de reflorestamento, pretende-se ampliar em 120 mil hectares a área do Estado com cobertura de vegetação nativa até 2011.

O Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas Globais foi criado em 2005 para estimular a discussão sobre os efeitos das mudanças climáticas globais e, a partir dos subsídios, formular as políticas públicas que vêm sendo implementadas em Minas. Presidido pelo governador Aécio Neves, tem representantes de organizações não governamentais, do setor produtivo, de universidades e entidades de pesquisa e de nove secretarias estaduais.
Fonte: Ascom / Sisema

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Termina operação de fiscalização na região noroeste do Estado

11 de agosto de 2008 - Intervenção irregular em água e vegetação foi o principal problema detectado pelas equipes de fiscalização em cinco dias de atuação.

A ação integrada de fiscalização ambiental, promovida pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) e coordenada pelo Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI), na região noroeste do Estado, terminou na última sexta-feira (08/08). Nos cinco dias de trabalho foram feitas cerca de 80 fiscalizações, com mais R$ 160 mil reais em autuações e 21 embargos.

Foram fiscalizadas diversas tipologias, mas as atividades de mineração e agroindústria, bases da economia local, foram os focos da ação, que abrangeu os municípios de Paracatu, Unaí, João Pinheiro, Brasilândia de Minas e Vazante. O desmate ilegal, a produção de carvão e intervenções em cursos d`água sem autorização foram as principais causas dos embargos e autuações aplicados pelas equipes em campo.

Participaram da operação cerca de 40 agentes da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), do Instituto Estadual de Florestas (IEF), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e da Polícia Militar de Meio Ambiente. Ao todo foram nove equipes em campo e uma coordenação local, sob a responsabilidade do gerente de Monitoramento e Fiscalização Ambiental da Feam, Gilberto Soares.

O CGFAI atua em operações especiais, fiscalizações setoriais e no atendimento às demandas do Ministério Público e da sociedade civil. As ações acontecem em todo o Estado e são planejadas priorizando atividades e regiões que possam apresentar possibilidade de situação crítica.

"O saldo da operação é bastante positivo. Claro que o percentual fiscalizado não corresponde ao total de empreendimentos na região, mas com essas ações é possível traçar um diagnóstico da situação e planejar outras atividades no local", explica Gilberto Soares. "Vale lembrar que a Polícia de meio ambiente e o Sisema realizam um trabalho de fiscalização permanente, independente das operações", ressalta Soares.

Regularização

Durante a semana de fiscalização foi montado um balcão para regularização ambiental e Registro de Uso da Água, que ficou instalado no Núcleo do IEF em Paracatu. O serviço foi disponibilizado para orientar e possibilitar o início à regularização ambiental.

Estes serviços continuam sendo realizados pela equipe do IEF. O Registro de Uso da Água pode ser feito ainda com a Polícia Militar de Meio Ambiente, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Paracatu, na Superintendência Regional de Meio Ambiente em Unaí, por parceiros da Campanha Água: Faça o uso legal e ainda on line no site http://www.igam.mg.gov.br/.

Unidade de Conservação

Técnicos do IEF estudam uma área em Paracatu para a criação de mais uma Unidade de Conservação (UC) em Minas Gerais. O local ainda está sendo pesquisado, mas a previsão é que o Parque tenha cerca de 10.000 hectares, com cobertura vegetal de cerrado e campos rupestres.

A verba para a criação da UC será proveniente de recursos da compensação ambiental paga pelos empreendimentos da região.
Fonte: Ascom/Sisema

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Governo de Minas premia servidor por Acordo de Resultados

14 de agosto de 2008 - O governador Aécio Neves anunciou, nesta quinta-feira (14), no Palácio da Liberdade, o pagamento do prêmio de produtividade para 100% dos servidores que alcançaram metas de desempenho definidas para cada área de atuação do Governo de Minas. As metas fazem parte do Acordo de Resultados, fixadas com cada secretaria ou órgão estatal, e consolida a segunda geração do Choque de Gestão, focando a ação do governo na prestação de serviços à população.

Este ano, o bônus de cerca de R$ 200 milhões será pago para 240 mil funcionários públicos em atividade em 45 órgãos e entidades da administração direta e indireta. O prêmio será pago no quinto dia útil de setembro, junto com o salário do mês de agosto.

Segundo o governador, ao instituir o prêmio Minas Gerais inaugura uma nova fase na administração pública brasileira. Ele disse que reconhecer o bom desempenho do servidor é dar prioridade à gestão transparente e de qualidade. Aécio Neves afirmou que a população será a maior beneficiada, uma vez que as metas fixadas e cumpridas pelo funcionalismo estão relacionadas à melhoria de indicadores sociais, como queda da mortalidade infantil, redução das taxas de criminalidade e de pobreza e desempenho dos alunos nas escolas públicas.

"Este é um momento histórico para a administração pública brasileira e que se inicia em Minas Gerais. É o primeiro estado brasileiro a remunerar o conjunto dos seus servidores pelo mérito, pelo desempenho, pelos resultados alcançados. Estamos invertendo a lógica e a cultura do serviço público brasileiro, onde a passividade orientava as remunerações. O tempo de serviço era o instrumento que garantia uma remuneração a mais aos servidores. Aqui em Minas, a partir de agora, o que determina essa remuneração é o mérito, é o desempenho, o esforço, o resultado obtido", afirmou o governador, em entrevista.

De acordo com o governador, a nova forma de gestão implantada pelo Governo de Minas abre espaço para a sociedade exigir cada vez mais serviços públicos de qualidade.

"Ganha principalmente a população do Estado, que passa a ter serviço de maior qualidade, que pode cobrar mais efetivamente, nas repartições públicas, qualidade no serviço. Portanto, é uma transformação estrutural, quero sempre reiterar isso com toda ênfase, no setor público brasileiro", disse ele.

As metas definidas nas áreas de governo e as executadas no ano de 2007 serão disponibilizadas pelo governo na internet. No conjunto do Estado, todos os órgãos e secretarias superaram os 60% de cumprimento exigido para pagamento do prêmio de produtividade. As principais áreas - saúde, educação, segurança, meio ambiente, desenvolvimento social e transportes - superaram 70% no alcance de resultados.

Todo conjunto de metas e resultados atingidos serão disponibilizados pelo governo na internet no site da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para acompanhamento da população. Segundo Renata Vilhena, o prêmio contribui para qualificar e dar mais transparência aos gastos públicos.

O cálculo para pagamento do prêmio é feito a partir da meta geral obtida por cada área de governo e a situação funcional do servidor. Pela lei, o prêmio produtividade poderá ser pago uma vez por ano desde que 60% da meta tenham sido cumpridos e haja resultado fiscal positivo do Estado no ano.

"O valor do prêmio é um valor individualizado por servidor, porque ele leva em consideração o valor da sua remuneração, os dias de efetivo exercício e o percentual que foi atingido no Acordo de Resultados. O que eles conseguiram entregar de indicadores é traduzido na composição que forma o valor. A partir de agora, nós teremos, nos anos subseqüentes, também o pagamento do prêmio, desde que os resultados sejam atingidos", afirmou a secretária.
Fonte: Secretaria de Estado de Governo

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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