26/08/2008 - Para discutir as
novas descobertas no campo da meteorologia, em temas
relacionados com a previsão do tempo, mudanças
climáticas, sistemas de observação,
aplicações na hidrologia, agricultura
e transporte, além de questões diretamente
ligadas à poluição nas megacidades
e políticas públicas na área
ambiental, a Sociedade Brasileira de Meteorologia
– SBMET, com o apoio da Companhia
de Tecnologia de saneamento Ambiental - CETESB,
está realizando até o próximo
dia 30, no Frei Caneca Convention Center, na capital,
mais um Congresso Brasileiro do setor, o XV CBMET,
evento bienal que vem sendo sistematicamente organizado
desde 1980.
Para Pedro Leite da Silva Dias,
diretor científico da SBMET e um dos organizadores
do encontro, a comunidade científica procura
interagir com o governo, iniciativa privada e com
a sociedade civil na busca de melhor entendimento
dos processos atmosféricos e de como as inovações
da meteorologia podem trazer benefícios para
a população e para o real dimensionamento
das questões relacionadas às alterações
do clima no planeta.
De acordo com Antônio Divino
Moura, do Instituto Nacional de Meteorologia -INMET,
que no segundo dia do encontro, realizado na segunda-feira
dia 25, falou sobre o sistema de monitoramento da
atmosfera feito no país, nos últimos
10 anos, houve expressivos avanços na previsão
do tempo, embora ainda há necessidade de
se ampliar ainda mais a rede de monitoramento para
a região norte e centro oeste do Brasil e
nos países vizinhos, como Paraguai e Bolívia
e no extremo sul do continente, porta de entrada
das frentes frias que interferem diretamente nas
condições do clima no país.
O presidente da CETESB, Fernando
Rei, foi um dos três conferencistas deste
segundo dia, 25.08, e apresentou as ações
do governo de São Paulo para enfrentar a
questão das mudanças climáticas,
atividades que pioneiramente começaram há
doze anos na agência ambiental paulista com
a implantação de dois importantes
programas, o Programa Estadual de Mudanças
Climáticas - PROCLIMA e o Programa Estadual
de Proteção à Camada de Ozônio
- PROZONESP, ação que resultou na
criação da Divisão de Questões
Globais da CETESB, setor que nasceu para dar suporte
às ações de implementação
dos compromissos oriundos dos acordos internacionais
como o Protocolo de Montreal e a Convenção
Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
do Clima.
Fernando Rei informou que em 2007
a CETESB assinou com o Ministério da Ciência
e Tecnologia - MCT e com o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, uma Carta
Acordo para a atualização do Inventário
Nacional das emissões de gases de efeito
estufa e, mais recentemente, a agência realizou
um encontro, em sua sede na capital, reunindo representantes
de empresas privadas, prefeituras, órgãos
de governo e instituições de pesquisa,
para conhecer as ferramentas necessárias
para elaboração dos inventários
estaduais.
Em abril de 2008, a agência
paulista divulgou a lista das 100 maiores indústrias
emissoras de gás de efeito estufa no Estado,
que respondem pela emissão de 18 milhões
de toneladas de CO2 (dióxido de carbono)
por ano, trabalho que teve o objetivo de incentivar
à adoção de metas de redução,
embora é preciso levar em consideração
que 43% do CO2 emitido pela indústria é
proveniente de combustível renovável.
À tarde, Fernando Rei coordenou a mesa-redonda
“Mudanças Climáticas e cidades”, tendo
como debatedores Carlos Fioravante, da Revista de
Pesquisa da Fapesp; Delcio Rodrigues, da Vitae Cívilis;
Laura Valente, do ICLEI (rede de Governos Locais
para o Desenvolvimento) e Teresinha Xavier, da Universidade
Federal do Ceará - UFC.
Texto: Renato Alonso
Foto: Pedro Calado
+ Mais
Especialistas debatem a contribuição
das ambiências urbanas na elaboração
de políticas públicas
25/08/2008 - “A contribuição
do Estudo das Ambiências Urbanas na elaboração
de Políticas Públicas” foi o tema
do debate apresentado nesta segunda-feira, 25.08,
no auditório da Secretaria de Estado do Meio
Ambiente – SMA.
O debate foi antecedido pela palestra
do especialista em Ciências da Engenharia,
Nicolas Tixier, que apresentou exemplos de melhorias
e soluções para ambientes físicos
e materiais. Nicolas, é professor da Escola
Nacional Superior de Arquitetura de Grenoble, na
França, pesquisador do Centre de Recherche
sur l’Espace Sonore et l’Environnement Urbain e
coordenador do projeto “L’Ambiance est dans l’Air”,
do Ministério do Meio Ambiente da França.
Participaram do debate, que também
abordou a influência do ambiente urbano no
cotidiano das pessoas, os especialistas Carlos Celso
do Amaral e Silva e Patrícia Brant Mourão
Teixeira Mendes, ambos da Faculdade de Saúde
Pública da Universidade de São Paulo
– FSP/USP e Carolina Rodriguez, do Laboratório
de Estudos Urbanos da Universidade de Campinas –
UNICAMP.
Texto: Valéria Duarte
Foto: Valéria Duarte