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DECRETO PRESIDENCIAL VAI PROTEGER RECIFES DE CORAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2008

05/09/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta sexta-feira (5) que enviou ao Palácio do Planalto, para assinatura do presidente Lula, decreto que cria a Iniciativa Brasileira para a Conservação dos Recifes de Coral e que torna os mares brasileiros santuários de baleias. O anúncio foi feito durante visita à sede do Projeto Tamar, na Praia do Forte, em Salvador, com a presença do governador da Bahia, Jacques Wagner, do presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Melo, e representantes da diretoria da Petrobras.

"O litoral e o mar estão cada vez mais ameaçados e pouco defendidos. Só 0,5% do nosso mar territorial têm área protegida contra 20% das áreas de terra. Vamos ampliar para 10% as áreas do mar protegidas", explicou o ministro, anunciando também a conclusão, em 2009, dos mapas de sensibilidade ao óleo do litoral para prevenção de acidentes e orientação para localização de equipamentos e rotas de petrolíferos.

Na sede do Projeto Tamar o ministro Minc assistiu à soltura de filhotes de tartarugas marinhas, o que marcou a abertura oficial da temporada de reprodução no litoral brasileiro. Fruto dos 28 anos de trabalho de conservação, proteção e envolvimento com as comunidades litorâneas, o Tamar/ICMBio alcançou, na temporada passada (2007/08), recorde de desovas no continente, com quase 12 mil ninhos protegidos. Na temporada aberta nesta sexta-feira, o Tamar vai trabalhar em suas 14 bases de proteção às áreas de desova monitorando mais de 900 quilômetros de praias espalhadas pelo litoral brasileiro.

Além dos corais e do Projeto Tamar, o MMA, o Ibama e o Instituto Chico Mendes vêm trabalhando em diversas outras frentes de conservação da biodiversidade marinha e ainda no desenvolvimento de projetos para a conservação de peixes considerados ameaçados de extinção, como o de agregação reprodutiva de peixes e a proibição da pesca do mero, por exemplo.

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Carteira Extrativista aprova novos projetos

01/09/2008 - Lúcia Leão - O Comitê Gestor da Carteira de Extrativismo aprovou, na semana passada, quinze novos projetos de comunidades tradicionais que serão financiados, a fundo perdido, com recursos orçamentários do MMA. Foram aprovados investimentos em equipamento, infra-estruturas e em cursos de qualificação de pessoal - tanto em técnicas de produção como em gestão e política associativa. Para os técnicos do MMA que analisaram os projetos, é crescente o interesse por esse tipo de qualificação, o que demonstra o amadurecimento dos extrativistas.

"Essas comunidades estão cada vez mais preocupadas em se organizar e se fortalecer como um elo da cadeia produtiva. Os projetos de qualificação foram pelo menos metade dos apresentados. E é importante destacar que nós não propomos nada, mas apenas acatamos demandas espontâneas das comunidades. Essa mudança de foco de interesse, que agora está mais voltada para o domínio da técnicas de produção e mecanismos de gestão, é uma evolução", avalia a superintendente da Carteira de Projetos, Adriana Soares de Carvalho.

Entre os projetos aprovados e que demonstram essa nova ótica dos extrativistas, Adriana cita o da Associação de Agricultores rurais de Santa Cruz, no Acre, que dividirá os recursos levantados junto ao MMA entre a compra de uma embarcação para escoar a produção e curso de capacitação de lideranças para aumentar o envolvimento dos associados e fortalecer a entidade dentro da cadeia produtiva. A mesma coisa fez a Colônia de Pesca V45, da Bahia, que investirá uma parte do dinheiro na reforma do galpão para limpeza e venda de peixes e na capacitação dos associados.

Os projetos submetidos à Carteira Extrativista também demonstram a preocupação de algumas comunidades de beneficiarem minimamente os produtos extrativistas. Uma associação de pequenos produtores rurais do Maranhão, por exemplo, aprovou o projeto Doce Cerrado para a construção de uma fábrica de doces para processar as frutas coletadas pelos associados.
Na última reunião do Comitê Gestor foram aprovados doze projetos do tipo B (até R$ 30 mil) e três do tipo C (até R$ 100 mil), num total aproximado de R$ 700 mil.

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Carteira Indígena realiza oficina para aprimoramento de projetos

05/09/2008 - Lucia Leão - A II Oficina Nacional de Trabalho da Carteira de Projetos Fome Zero e Desenvolvimento Sustentável em comunidade Indígenas - Carteira Indígena será nesta terça-feira (9), às 9h, no auditório do RM Hotel Fazenda, DF 440, Km 13, Núcleo Rural de Sobradinho. O evento é promovido pelos ministérios do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A oficina tem como objetivo aprimorar as diretrizes e normas de acesso aos recursos para financiamento de projetos destinados a garantir segurança alimentar das populações indígenas.

O evento reunirá 160 pessoas, entre representantes indígenas indicados pelas comunidades e dirigentes e técnicos dos órgãos e entidades parceiros no Projeto - ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Desenvolvimento Agrário e da Educação, Funai, Funasa, Embrapa. ONGs indigenistas e socioambientalistas, universidades e centros de pesquisa, Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI).

Durante o evento será inaugurado o Banco de Dados da Carteira Indígena, a ser disponibilizado no sítio do MMA com informações on line sobre o andamento e a situação dos projetos financiados. As comunidades apresentarão ainda manifestações culturais, produtos e artesanatos. Uma exposição fotográfica e um vídeo documentário complementarão as informações sobre as ações implementadas com o apoio da Carteira.

Fruto de parceria estabelecida em 2004 entre o MDS e o MMA, a Carteira Indígena foi criada com o objetivo de promover a segurança alimentar e nutricional e o desenvolvimento sustentável das comunidades indígenas, submetidas à situação de grave carência alimentar decorrente, especialmente, da degradação ambiental de suas terras. Os índices de desnutrição e mortalidade infantil entre a população indígena correspondem ao dobro da média nacional: 47 crianças indígenas, em cada mil nascidas, morrem antes de completarem um ano.

A Carteira Indígena já apoiou 250 projetos. Atualmente são beneficiadas quase treze mil famílias de setenta etnias em dezenove estados do país. Obedecendo as diretrizes pactuadas na 1ª Oficina Nacional de Trabalho, realizada em junho de 2004, a Carteira observa, na aprovação dos projetos, os critérios de respeito às diferentes culturas indígenas e estimula a sua gestão pelas próprias comunidades, com vistas a promover a autonomia e o fortalecimento institucional. Os indígenas participam da formulação, da implementação e da avaliação das políticas públicas de seu interesse.

A expectativa é que a 2ª Oficina Nacional de Trabalho fortaleça e amplie a participação e o controle social por parte dos beneficiários; reforce e aprimore a natureza estruturante e o componente ambiental das ações da Carteira Indígena, com maior estímulo à gestão ambiental das terras, adoção de práticas produtivas sustentáveis, exploração e uso sustentável dos recursos naturais, transição para a agroecologia e recuperação de áreas degradadas.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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