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CÂMARA AMBIENTAL DA REFRIGERAÇÃO VAI DISCUTIR PROTEÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2008

26/09/2008 - Ela encontra-se distante entre 10 a 15 quilômetros da superfície da Terra, mas há trinta anos faz parte das pesquisas de cientistas e ambientalistas que estão preocupados com as freqüentes ameaças à vida no Planeta. Trata-se da camada de ozônio, um cinturão de gases com alta concentração de ozônio (O3), que nos protege contra a radiação dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol e que está sendo intensamente agredida pelos efeitos da poluição decorrente da industrialização mundial.

Diante da relevância do problema, a CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental aproveitou a realização do 13º Seminário de Comemoração do Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio, nesta quinta-feira (25/9), em Campinas, para a instalação da Câmara Ambiental do Setor de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação.

O setor reúne fabricantes e técnicos que trabalham no conserto de refrigeradores, “freezers”, condicionadores de ar e outros aparelhos que geram frio e que utilizam gases como o clorofluorcarbono (CFC), hidroclorofluorcarbono (HCFC), tetracloreto de carbono (CTC ) e halon, além do brometo de metila (potente agrotóxico largamente utilizado na produção agrícola), substâncias que figuram entre as mais agressoras à camada de ozônio quando liberadas na atmosfera. Os índices revelam que os aparelhos são responsáveis por 98% do aumento da abertura na camada de ozônio, enquanto as espumas ficam com 1% e os solventes e os agrotóxicos também com 1%.

A missão da Câmara Ambiental da Refrigeração será de conscientizar o setor a eliminar a produção e o consumo dos chamados SDOs – substâncias químicas que destróem a camada de ozônio. Nas duas últimas décadas, o Brasil reduziu significativamente a produção e consumo de SDOs. Os resultados apontam para a eliminação de 95,4% no uso de CFC no país – o corte foi de 10.525 toneladas, média de consumo entre 1995-1997, para 478 toneladas, registradas em 2006.

Os esforços estão concentrados, agora, na redução do HCFC, o principal substituto do CFC, a substância que mais agride a camada de ozônio e que já foi praticamente eliminada pelo Brasil em 2006, antecipando as metas estabelecidas pelo Protocolo de Montreal, acordo firmado entre países há 20 anos. No acordo, o prazo para eliminação do uso do HCFC no país possui duas etapas: a primeira é o congelamento do consumo a partir de 2016, nos níveis do consumo de 2015 e, posteriormente, a completa eliminação em 2040. A ABRAVA - Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, em sintonia com a CETESB, que coordena o PROZONESP – Programa Estadual de Prevenção à Destruição da Camada de Ozônio, quer reduzir este prazo de congelamento para 2012 e a eliminação para 2030, que é a data prevista para os países do primeiro mundo.

“Mas, apesar dos esforços e do bom entendimento entre o setor produtivo e a área governamental, os avanços ainda são poucos e insuficientes para eliminação completa desses gases”, afirma o presidente da CETESB, Fernando Rei. Segundo o dirigente da agência ambiental, o Estado de São Paulo continua com um esforço isolado diante dos demais entes da federação, no trabalho de reduzir ou eliminar a utilização dos CFCs e HCFCs. “Precisamos trabalhar em agendas setoriais e multiplicar e permear as ações entre todos os estados brasileiros”, argumenta Rei.

A Câmara Ambiental do Setor de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação, a décima terceira em atividade no Estado, é integrada por representantes da FIESP, SENAI, CETESB, ARPOL (fabricantes de tintas) e Refrigeração Bandeirantes, Dupont. O órgão será presidido por Paulo Neulaender, diretor de Meio Ambiente da ABRAVA. A solenidade instalação contou com as presenças de Ruy De Góes, diretor de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, e Sueli Carvalho, do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, além de João Wagner Silva Alves, da Divisão de Questões Globais, e Josilene Ferrer, coordenadora do PROZONESP, ambos da CETESB.
Texto: Renato Alonso
Foto: Pedro Calado

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Treinamento para municipalizar o licenciamento ambiental

25/09/2008 - O primeiro módulo do treinamento para municipalização do licenciamento ambiental, ministrado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB e pelo Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais - DEPRN às prefeituras de Tatuí, Itu e Botucatu está na sua fase final, com encerramento na próxima sexta-feira, 26.09. O treinamento, que acontece no município de Tatuí, capacita aproximadamente 35 profissionais, das três prefeituras, e integra o projeto estratégico Licenciamento Ambiental Unificado, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SMA.

A estratégia pressupõe a oferta de treinamento prático às prefeituras, inclusive com a possibilidade de parte do treinamento ocorrer na própria agência CETESB/DEPRN. Nesse primeiro módulo, ministrado por Perseu Mariani, gerente da CETESB em Sorocaba, e por Minoru Beltrão, diretor regional do DEPRN em Sorocaba, estão sendo apresentados os procedimentos das duas instituições no licenciamento das fontes de poluição e nas autorizações florestais, sempre voltados às atividades geradoras de impacto local.

O curso será completado por dois módulos práticos: um nos escritórios unificados CETESB/DEPRN, onde as prefeituras serão treinadas no atendimento ao público e na análise de documentos. O terceiro módulo consistirá de atividades práticas, com vistorias e fiscalizações onde os técnicos municipais acompanharão as equipes da CETESB e DEPRN para conhecer sua atuação em campo.

A turma é composta por especialistas de diversas áreas municipais, como Obras, Planejamento, Vigilância Sanitária, Jurídico, Fiscalização e Guardas Municipais. As três cidades envolvidas estão em fase adiantada de municipalização do licenciamento dos impactos locais. Botucatu protocolou nessa semana o pedido de convênio, juntamente com Ribeirão Preto, cidade que receberá o treinamento em breve. Ambas solicitaram convênios com a SMA e com a CETESB.

A municipalização do licenciamento é condição importante para a melhoria dos serviços prestados pela CETESB e DEPRN, já que o envolvimento dos municípios permitirá aos órgãos estaduais um foco mais concentrado nos problemas ambientais. Hoje, a atenção estadual fica dividida entre esses problemas e aqueles de interesse local, que, com o treinamento, podem ser assumidos pelas prefeituras.

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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