24 de
Setembro de 2008 - Mariana Jungmann - Repórter
da Agência Brasil - José Cruz/Abr -
Brasília - Central de trabalho da Cooperativa
de Reciclagem, Trabalho e Produção
(Cortrap). De acordo com a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), reciclagem é
o principal emprego verde no Brasil
Brasília - Diante de um cenário em
que a contaminação do meio ambiente
e a emissão de carbono são insustentáveis
do ponto de vista econômico e social, os governos
devem estimular e investir em "empregos verdes".
Essa é a principal recomendação
do Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (Pnud) e da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), apresentada hoje
(24) no relatório “Empregos Verdes: Trabalho
Decente em um Mundo Sustentável e com Baixas
Emissões de Carbono”.
O relatório diz que os
"empregos verdes" devem ser trabalho decente
e que os trabalhadores precisam ser capacitados
para o novo formato de emprego, que deve se tornar
cada vez mais comum nas sociedades que pretendem
ser sustentáveis.
Além disso, o relatório
recomenda que os empresários sejam preparados
para avaliar o potencial para esse tipo de emprego
em um empreendimento. Eles também devem receber
subsídios, ecotaxas e participar da venda
pública de créditos de carbono para
obter recursos que serão usados na geração
dos "empregos verdes".
Ainda segundo o documento, os
governos devem incentivar as pesquisas de novas
formas de tecnologia ambiental, promover leis que
incentivem essas ações e obter um
novo acordo sobre clima na próxima Cúpula
das Nações Unidas, que se realizará
em 2009.
+ Mais
Tecnologias para preservar meio
ambiente podem gerar milhões de empregos,
diz OIT
24 de Setembro de 2008 - Mariana
Jungmann - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - As tentativas mundiais de frear
o aquecimento global estão surtindo efeito
na geração de empregos. A constatação
foi apresentada hoje (24) no relatório Empregos
Verdes: Trabalho Decente em um Mundo Sustentável
e com Baixas Emissões de Carbono, da Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com o estudo, os chamados
“empregos verdes” - aqueles relacionados às
novas tecnologias ambientais - estão em praticamente
todas as áreas que têm se adaptado
às reduções da emissão
de CO2, como a construção civil, de
energias renováveis, na agricultura, na indústria
e nos serviços.
Além dos empregos que já
vêm sendo gerados, o relatório ressalta
que dezenas de milhões de outros postos de
trabalho podem surgir com o investimento em tecnologia
ambiental.
Na área de energias renováveis,
por exemplo, atualmente existem 2,3 milhões
de empregos, mas a OIT espera que sejam 20 milhões
até 2030. Na agricultura, 12 milhões
de novos postos de trabalho podem surgir da produção
de biomassa, e espera-se que o mercado global de
serviços e produtos ecologicamente corretos
suba dos atuais US$ 1,37 bilhão para US$
2,74 bilhões até 2020.
No Brasil, a área mais
promissora é a de reciclagem. Cerca de 500
mil trabalhadores já estão empregados
no país reciclando ou reaproveitando materiais.
O relatório demonstra,
no entanto, que não há garantias de
que esses empregos surjam em “transações
justas” e faz um apelo para que aja “diálogo
social entre governos e empresários para
se criar trabalho decente, que diminua a pobreza
e promova o desenvolvimento econômico e social”.