(30/09/2008)
A assinatura, pela governadora Yeda Crusius, de
convênio para elaboração de
projeto de levantamento das águas do rio
dos Sinos, deu início a uma nova fase do
Plano de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica
da região (Plano Sinos). O documento foi
assinado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(Unisinos), em São Leopoldo., com a presença
dos secretário do Meio Ambiente, Otaviano
Moraes e do chefe da Casa Civil, José Wenzel.
"O que estamos fazendo, através
deste convênio, é somar todo o conhecimento
que hoje temos para construir um inventário
desta parceria de qualidade e quantidade. É
em nome do futuro que começamos a trilhar
este caminho a partir de agora, com uma base conhecida
de estatísticas e vivências. Planejar
o rio dos Sinos é planejar o desenvolvimento",
disse a governadora ao destacar a importância
do projeto para o Rio Grande do Sul.
O governo do Estado, através
da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, repassará
R$ 350 mil como contrapartida a R$ 1,3 milhão
do Ministério do Meio Ambiente para o início
da elaboração do Plano da Bacia do
Sinos.
Segundo o presidente do Comitê
dos Sinos (Comitesinos), Silvio Paulo Klein, sem
este planejamento, seriam perdidas informações
importantes para se chegar a um resultado positivo.
"Este é o momento-chave da história
da bacia do rio dos Sinos, em que vamos fazer o
planejamento de médio, curto e longo prazos
do rio que queremos. Este plano será feito
com a participação da população",
afirmou.
Projeto
Com apoio do Comitesinos, o projeto
será executado pela Unisinos. A primeira
tarefa será sistematizar informações
coletadas por meio de projetos como o Monalisa (que
mapeou impactos ambientais nos mais de 2,3 mil quilômetros
de córregos, arroios e rios da região)
e o Peixe Dourado (que avaliou as condições
do rio dos Sinos a partir da cadeia alimentar do
peixe que deu nome à iniciativa).
O estudo leva em conta o Enquadramento
das Águas do Sinos, concluído em 2001.
Trata-se de um mapeamento que classificou em níveis
de 1 a 4 a qualidade de cada trecho dos 190 quilômetros
do rio. A classificação é um
indicativo de águas límpidas, poluídas
ou altamente poluídas.
Imprensa Palácio Piratini
+ Mais
Fepam apresenta ações
desenvolvidas na mortandade de peixes em 2006
(02/10/2008) Palestra relatando
as ações da Fundação
Estadual de Proteção Ambiental Henrique
Luiz Roessler sobre a mortandade de peixes ocorrida
em 2006 no Rio dos Sinos marcou a segunda atividade
da instituição na XV Semana Interamericana
e VII Semana Estadual da Água nesta quinta-feira
(02). Coordenada pela Diretora Técnica Maria
Elisa Santos Rosa, sete técnicos de diferentes
setores da Fepam mostraram o ocorrido durante o
episódio e a situação atual
das Bacias Hidrográficas dos Rios dos Sinos
e Gravataí.
Conforme a geógrafa Carmem
Franco, que apresentou a conclusão final
dos relatórios de diversos setores da Fepam,
os trabalhos apresentam similaridade nas conclusões,
revelando relações de causa-efeito,
com base na avaliação de indicadores
ambientais, além de destacar razões
de ordem mais ampla para o fenômeno, que dizem
respeito a ações de gestão
na Bacia Hidrográfica e à necessidade
de adoção de políticas públicas
mais apropriadas.
Para o chefe da Divisão
de Controle da Poluição Industrial
(Dicopi), Renato Chagas, as indústrias implantadas
na região possuem sistema de tratamento eficaz
em sua maioria. No entanto, duas Resoluções
do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema),
a de n.º 128/2006, que fixa padrões
de emissão de efluentes líquidos para
lançamento em águas superficiais do
Rio Grande do Sul, com data de 27/12/2009 para adequação
de padrões mais restritivos e a de n.º
129/2006, que define critérios de emissão
de toxicidade de efluentes líquidos lançados
em águas superficiais no Estado, possibilitarão
um controle maior e mais eficaz.
O engenheiro químico Ênio
Leite, do Serviço da Região do Guaíba,
observou que embora mesmo tendo apresentado melhoras
em 2007, o índice de oxigênio dissolvido
na água vem se reduzindo a cada ano. O meteorologista
Flávio Wiegand considerou os aspectos climáticos
que contribuíram para o agravamento da situação
devido à seca e ao calor.
A bióloga do Serviço
de Emergência Ambiental (Seamb), Cleonice
Karmirzack, relatou todo o trabalho desenvolvido,
juntamente com a Força Tarefa, integrado
também pela Defesa Civil e Comando Ambiental
da Brigada Militar.
Finalmente, a engenheira química
Maria Lúcia Kolowski, da Divisão de
Química do Departamento de Laboratório
e a bióloga Clarice Torres de Lemos, da Divisão
de Biologia, relataram as pesquisas e análises
químicas feitas nos materiais coletados.
A diretora técnica Maria
Elisa Santos Rosa salientou a sincronia entre os
departamentos da Fepam envolvidos na questão,
ressaltando a importância do órgão
ambiental em ações preventivas e planejadas.
ASSECOM SEMA/ FEPAM
Coordenação: Eliane do Canto