Panorama
 
 
 

IAP E COOPERATIVAS VÃO RECUPERAR 1,8 MIL HECTARES DE MATA EM CASTRO

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Outubro de 2008

Cerca de 1,8 mil hectares da região agrícola de Castro, nos Campos Gerais, serão recuperados com plantio de espécies nativas. A iniciativa faz parte de um termo de cooperação técnica firmado, no fim do mês passado, pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) com as cooperativas Batavo e Castrolanda.

De acordo com o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, esse tipo de parceria assegura vida digna na cidade e condições de produção para o campo. “Meio ambiente saudável é uma garantia para a população em geral e para o produtor, que vai conseguir continuar produzindo por muito tempo”, comentou.

O órgão ambiental será responsável por fornecer às cooperativas 60 mil mudas, produzidas nos viveiros do Programa Mata Ciliar. Cada cooperativa receberá 30 mil mudas e caberá a elas organizar os plantios e prestar assistência técnica aos agricultores. Ao todo serão mais de 1,2 mil propriedades beneficiadas.

Para Natália Couto, analista ambiental da Cooperativa Batavo, o trabalho conjunto será importante para toda região. “São muitos os pontos positivos do acordo, mas um dos principais é que esperamos nos aproximar ainda mais e melhorar nosso relacionamento com os associados, além de conscientizá-los sobre a importância do cumprimento da legislação ambiental para sua produção”, afirmou.

As mudas irão recuperar as matas ciliares – Área de Preservação Permanente (APP) - destas propriedades e serão plantadas até o final do próximo ano, quando termina o prazo do termo de cooperação. Mas segundo o chefe do escritório regional do IAP em Ponta Grossa, Reginato Bueno, a intenção é renovar continuamente a parceria para promover a regeneração da cobertura florestal no maior número de propriedades possível.

Na Castrolanda a prorrogação já está garantida. “As ações ambientais não são fixas, mas sim contínuas, por isso certamente o renovaremos. Nossa idéia é prorrogá-lo até 2013”, antecipou Patrícia Lucena, assistente técnica de Meio Ambiente da cooperativa Castrolanda.

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Encontro no Litoral reuniu 300 catadoras de materiais recicláveis de todo o Brasil

Mais de 300 mulheres participaram no final de semana do I Encontro Nacional de Mulheres Catadoras de Materiais Recicláveis, realizado no balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná. O objetivo do encontro, promovido pelo Fórum Lixo e Cidadania, com apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, foi destacar o papel desempenhado pelas mulheres no Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável e promover a discussão sobre novas fontes de renda.

Na abertura do evento, o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, destacou que, diferentemente de outros Estados, no Paraná não se busca a implantação de tecnologias que “desapareçam” com os resíduos. “Estimulando tecnologias quem somem com os materiais estaríamos incentivando o consumo exacerbado e a falta de preocupação com o meio ambiente”, comentou.

Segundo Rasca, no Paraná se faz o contrário. “Estimulamos a separação dos resíduos e a reciclagem, para que homens e mulheres que vivem desta atividade tenham sempre o que recolher. Aqui lixo reciclável é para catadores e catadoras”, afirmou.

Ao ouvir a explanação do secretário, a representante paranaense no Movimento Nacional de Catadores, Marilza Aparecida de Lima, agradeceu a participação dele no encontro e elogiou a política ambiental desenvolvida no Paraná.

As ações que Governo do Paraná e Ministério Público vem promovendo em conjunto para estimular a reciclagem – como a integração de grandes geradores no processo de recolhimento de resíduos – também foram apresentadas no encontro.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Meio Ambiente, Saint Clair Honorato dos Santos, fez questão de reforçar o posicionamento defendido pelo secretário. “Este é o coro que fazemos no Paraná: lutamos pela mudança, queremos que a sociedade reconheça todos os dias a importância do trabalho honrado destes homens e mulheres”, resumiu.

A idéia de realizar um encontro nacional para discutir o tema entre as mulheres partiu da necessidade de fortalecer as lideranças femininas no movimento. “Esse encontro foi uma reivindicação das próprias mulheres porque há é urgente a igualdade com os homens”, explicou a coordenadora do Fórum Lixo e Cidadania no Paraná, a procuradora do Trabalho, Margaret de Matos Carvalho. Além de representantes do Paraná, catadoras de outros 11 Estados brasileiros participaram do encontro.

OFICINAS – Nos dois dias de atividades foram promovidas oficinas visando ao melhoramento da qualidade de vida e da auto-estima das mulheres catadores de material reciclável. Uma das atividades, oferecida pelo programa Desperdício Zero, as ensinou a construir um aquecedor solar com materiais recicláveis como garrafas PET e embalagens longa vida.

A carioca Elizabeth de Assis dos Santos, da Associação Crioula que atua com 48 mulheres de comunidades do Rio de Janeiro, foi uma das 40 mulheres que participaram da oficina. Ela se mostrou impressionada com o sistema. “Já fiquei pensando em como posso aproveitá-lo na minha casa e garanti material para levar às outras mulheres da associação”, disse. “Estou louca para mostrar a elas essa novidade”, disse.

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Força-tarefa multa 43 propriedades de que poluem Bacia dos Apertados em Arapongas

Quarenta e três propriedades rurais da bacia hidrográfica do Ribeirão dos Apertados, em Arapongas, foram multadas por poluir o manancial que abastece Arapongas, no Norte do Estado. Entre os crimes ambientais estão o lançamento de dejetos orgânicos diretamente em córregos e ribeirões, a falta de proteção com vegetação em córregos e nascentes, carcaças de animais a céu aberto, desvio de curso hídrico, disposição inadequada de embalagens de agrotóxicos e a presença de gado em Área de Preservação Permanente (APP). Nessas propriedades, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Polícia Ambiental – Força Verde emitiram 58 multas, que totalizam R$ 481 mil. Nos próximos dias, outras multas deverão ser emitidas.

As autuações foram resultado da força-tarefa que vistoriou a bacia, entre 15 e 25 de setembro, para identificar focos de poluição no manancial. Participaram do trabalho a Sanepar, o IAP, a Força Verde, Emater, Defesa Civil, Polícia Civil, Suderhsa (Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, ong Olho d´Água, Corpo de Bombeiros e Ibama. O resultado foi apresentado na reunião realizada sexta-feira (26), com representantes desses órgãos, do promotor de Meio Ambiente de Arapongas, Elcio Sartori, e da delegada de Proteção ao Meio Ambiente do Paraná, Leonídia Hecke. A força-tarefa foi criada em função de focos de poluição que levaram a Sanepar a interromper o abastecimento de água em Arapongas em 14 de agosto e 14 e 21 de setembro.

O gerenciamento da qualidade de água do Ribeirão dos Apertados agora será feito por um grupo gestor, formado por órgãos governamentais, dentro do Programa de Gestão Ambiental Integrada em Microbacias. No Paraná, existem outros 38 grupos gestores que fazem esse trabalho. Até 17 de outubro, o grupo apresenta um diagnóstico da bacia, que irá pautar as ações de curto, médio e longo prazos, a fim de assegurar a qualidade da água do manancial. A Bacia dos Apertados está numa área de 114 quilômetros quadrados.

ANALISES – Segundo a diretora de Meio Ambiente da Sanepar, Maria Arlete Rosa, a Sanepar irá fazer o monitoramento da qualidade da água bruta, da água tratada e das condições do solo. Para as análises laboratoriais, a empresa firmou uma parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A Sanepar já apresentou ao grupo um plano de monitoramento que vai possibilitar uma visão geral de qualidade da bacia para uma atuação nas áreas mais críticas. Foram indicados 13 pontos da bacia – sete nos Apertados e seis no Ribeirão dos Frouxos – para a coleta de amostras quinzenais em três campanhas programadas e mais duas campanhas que vão ser realizadas depois da ocorrência de chuvas. A Sanepar também irá intensificar o programa Viva a Natureza! Se Ligue na Rede!, com vistorias das ligações residenciais, industriais e comerciais na rede coletora de esgoto de Arapongas, uma vez que a poluição da bacia também ocorre com resíduos urbanos.

De acordo com o promotor de Meio Ambiente de Arapongas, os processos de crimes ambientais que chegam à Promotoria precisam ter continuidade. “A denúncia chega até nós, mas ninguém dá prosseguimento à ação para saber se as irregularidades estão sendo sanadas ou não”. Devido a essa situação, a diretora da Sanepar ressalta que o desafio é conseguir que o grupo gestor tenha agilidade em suas ações e que permita um controle social do trabalho. “Serão realizadas audiências públicas, convocadas pela Promotoria, com produtores rurais, cooperativas e revendas agrícolas, para exposição do trabalho do grupo gestor e de atribuições de responsabilidades”, afirmou.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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