Panorama
 
 
 

ESPECIALISTAS DISCUTEM ÁREAS DEGRADADAS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Outubro de 2008

Especialistas brasileiros e estrangeiros em recuperação de áreas degradadas reúnem-se em Curitiba a partir desta quinta-feira (09), no maior evento sobre o tema da América Latina: o VI Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas. Cerca de 400 pessoas participarão do encontro que tem como um dos objetivos promover a troca de experiências e discutir formas de restauração de áreas impactadas por atividades como mineração, agricultura e pecuária.

O evento, que conta com apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, é promovido pela Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas (Sobrade), em conjunto com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Embrapa-Florestas e a Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (FUPEF).

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, explicou que, por lei, áreas degradadas como as cavas de exploração de areia na Região Metropolitana de Curitiba devem ser recuperadas pelo responsável pelo impacto. “De acordo com a legislação ambiental, a área degradada é um passivo ambiental que deve ser restaurado para que suas funções ambientais e ecológicas voltem a ficar próximas do que eram originalmente”, completou.

Segundo o presidente da Sobrade e professor do Departamento de Ciências da UFPR, Maurício Balensiefer, cada especialista irá contribuir com a experiência adquirida em seu bioma. “Serão apresentados trabalhos com informações importantes para a solução dos vários problemas em ambientes degradados de cada região brasileira. Participarão especialistas mineiros, paulistas e africanos, de Moçambique. Isso irá enriquecer o evento”, disse.

Para o técnico da Coordenadoria de Biodiversidade e Florestas da Secretaria do Meio Ambiente, Paulo Roberto Castella, a divulgação de novos métodos e conceitos para a recuperação é fundamental. “É preciso disseminar as informações para restaurarmos o maior número possível de áreas e colocá-las em atividade novamente. Assim, evitaremos a degradação de novos ambientes”, afirmou.

O simpósio será realizado no Centro de Eventos da FIEP, Avenida Comendador Franco (Av. das Torres), 1.341, no bairro Jardim Botânico. Mais informações sobre o evento em www.sobrade.com.br

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3º Fórum Nacional de Recursos Hídricos traz discussões sobre qualidade da água nos rios brasileiros

Intensificar ações para melhorar a qualidade da água nos rios brasileiros e garantir o uso sustentável dos recursos hídricos para as próximas gerações foram os principais assuntos discutidos nesta quarta-feira (08), durante a abertura a 3ª Reunião Ordinária do Fórum Nacional dos Órgãos Gestores das Águas. O evento continua nesta quinta-feira e está sendo realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa).

Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, o Fórum é a oportunidade de reforçar as políticas públicas e de fazer um intercâmbio de experiências que deram certo nos estados. “E isto é o que o Paraná fará. Temos 16 grandes bacias e falar da quantidade, abundância dos recursos hídricos, priorizando a qualidade é para nós um tema importante”. Segundo ele, a unificação das políticas públicas voltadas aos recursos hídricos pode acelerar iniciativas ainda modestas para proteção e despoluição de rios.

O representante da Unesco, Silneito Fávero, disse que a entidade trabalha no sentido de estimular uma maior cooperação dos estados no setor, por meio de publicações de casos de sucesso dos estados e um prêmio de boas práticas para as secretarias estaduais que se destacarem nos relatórios unificados. “O futuro do meio-ambiente está condicionado a biocivilização, que é o consumo consciente. Ele começa com simples práticas do dia-a-dia até as grandes políticas públicas”, afirmou Fávero.

A Unesco está elaborando um documento que será apresentado no Fórum Mundial de Recursos Hídricos, que acontecerá em março na Turquia. A representação da Unesco está presente em seis estados brasileiros e tem sua sede em Brasília, onde existe uma Coordenação de Ciências Naturais.

Experiências - Em março de 2001 a Agência Nacional de Águas (ANA) criou o Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas para reduzir os níveis de poluição dos rios no país e para garantir a implementação de um banco de um grande banco de dados, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Temas como este, além da definição de estratégias e diretrizes para a fiscalização dos recursos hídricos também estão sendo discutidos no evento.

A coordenadora de Recursos Hídricos do Acre, Madeleine Gomes, disse que o seu estado está desenvolvendo o monitoramento dos rios por bacias. “Nosso principal desafio é a conscientização ambiental da população. Jogar agrotóxicos e despejar esgotos diretamente nos rios ainda tem sido os principais fatores de poluição”, afirmou.

De acordo com a vice-presidente do Fórum de Recursos Hídricos do Nordeste e Secretária do Meio Ambiente de Alagoas, Ana Catarina Pires de Azevedo Lopes, o maior desafio das Secretarias de Meio Ambiente dos estados do nordeste ainda é o saneamento. “Temos a questão que envolve o rio São Francisco, que depende fundamentalmente das chuvas, principalmente em algumas regiões onde as secas são mais severas. Ao longo do baixo São Francisco percebemos o grave assoreamento e redução da qualidade da água do rio”, afirmou. Ela avaliou o Fórum como uma escola para técnicos de estados que começaram a implantar seus órgãos gestores de recursos hídricos, apesar de a lei federal de criação de coordenadorias de recursos hídricos nos estados já ter completado 11 anos.

O presidente da Suderhsa, João Lech Samek, também acredita que o Fórum é uma grande oportunidade para a troca e experiências. “No caso do Paraná estamos avançados no gerenciamento das águas e criação do Plano de Gerenciamento de Bacias – que partiu de um mapeamento e diagnóstico dos recursos hídricos”. O próximo passo é ampliar os conhecimentos sobre o enquadramento (classes) em que se encontram os rios do Paraná.

“É muito importante tanto para o monitoramento atual, como para prever as condições futuras. O enquadramento leva em consideração a quantidade e a qualidade das águas. O Artigo que está sendo proposto no Fórum vai apresentar um retrato dos estados em relação ao seu gerenciamento das águas, e pautar as ações federais sobre o assunto”, afirmou.

Entre os estados presentes às discussões estão Bahia, Goiás, Acre, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amazonas, Paraíba, Distrito Federal e São Paulo.

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Encontro nacional de órgãos gestores de águas começa nesta quarta-feira em Curitiba

O Paraná sediará nesta quarta-feira (8) e quinta-feira (9) a III Reunião Ordinária do Fórum Nacional dos Órgãos Gestores das Águas, que discutirá o novo estatuto do Fórum, integração de um banco de dados, estratégias e diretrizes para a fiscalização dos recursos hídricos no Brasil. Já confirmaram participação representantes da Bahia, Goiás, Acre, Rio Grande do Norte, São Paulo, Amazonas, Paraíba, Distrito Federal e São Paulo.

A abertura do evento será feita pelo secretário nacional de Recursos Hídricos, Vicente Andreu Guillo; pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Rasca Rodrigues; e pelo presidente da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, João Lech Samek.

O coordenador do Fórum, Julio César de Sá da Rocha, explicou que o Paraná foi escolhido para sediar a reunião devido ao êxito que o governo estadual tem obtido em suas iniciativas. “Não foi à toa que escolhemos o Paraná para receber o evento, mas sim por causa da competência da equipe técnica paranaense para tocar a política das águas”, comentou.

Uma das atividades programadas para a reunião é a 4a Sessão Técnica para discutir de forma conjunta os planos estaduais de recursos hídricos, classificação e enquadramento de rios – ambos instrumentos de gestão de recursos hídricos.

“A primeira sessão, realizada em Belém do Pará, abordou a outorga. Depois fomos a Minas Gerais discutir monitoramento. A terceira sessão, organizada em Salvador, focou a fiscalização e agora no Paraná serão discutidos os planos e enquadramento, dois instrumentos fundamentais para a gestão”, detalhou Julio.

Além da discussão técnica, o evento também contará com a participação de representantes da Unesco, Banco Mundial e Ministério do Meio Ambiente – entidades que atuam na área de projetos e financiamentos com as secretarias e órgãos estaduais de recursos hídricos, segundo o coordenador do Fórum.

A representante do Estado do Amazonas, Maria do Carmo Santos, já está no Paraná e falou sobre a expectativa para a reunião. “O Estado do Amazonas tem uma realidade bem diferente, temos mais problemas urbanos, como lançamentos de efluentes da cidade industrial. Estamos buscando as experiências de outros Estados para ajudar a melhorar o nosso”, disse a regente de Recursos Hídricos e Minerais do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas.

FÓRUM - O Fórum Nacional de Órgãos Gestores das Águas do Brasil foi criado no IX Fórum Nacional de Comitês de Bacia, realizado em outubro do ano passado, em Foz do Iguaçu. Na ocasião, foi elaborado um documento - a “Carta de Foz do Iguaçu” - justificando a criação da rede e a sua importância. Ele é composto por 18 instituições estaduais e, além da troca de experiências entre os órgãos gestores, tem como atribuição o fortalecimento da gestão compartilhada, descentralizada e integrada dos recursos hídricos visando a efetividade do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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