Belém
(10/10/08) – A Operação Círio
2008, alusivo à comemoração
ao Círio de Nazaré, intensifica fiscalização
no setor de desembarque do Aeroporto Internacional
de Belém, até o próximo domingo,
com o intuito de impedir o transporte de animais
silvestres para dentro e fora do Pará. A
ação é uma parceria do Ibama,
Polícia Federal, Receita Federal e Ministério
da Agricultura que, só nesta semana, já
encontrou 31 ovos de tracajá em um dos banheiros
do aeroporto, provavelmente deixados por pessoas
vindas do Baixo Amazonas, região que abrange
os municípios de Santarém, Óbidos
e Oriximiná, no Pará.
De acordo com os analistas ambientais,
Antonio Damasceno e Edivanildo Neves, que trabalham
no setor do Ibama no Aeroporto de Belém,
essas ações são realizadas
durante o ano todo, sem interrupções,
para garantir que não haja transporte de
animais silvestres e outros materiais orgânicos
dentro do estado. “Nesta semana, intensificamos
nossas ações em alguns vôos
pontuais oriundos do Baixo Amazonas, porque dessa
área, as pessoas que vêm para o Círio,
por uma questão habitual, costumam trazer
esses animais”, explica Damasceno.
O analista Edivanildo Neves acrescenta
que mesmo sendo uma questão habitual, é
importante informar à população
que essa prática é danosa ao meio
ambiente. “Trazer tracajá, e seus ovos é
ilegal, porque causa um impacto negativo ao meio
ambiente, afinal, ovo trazido indevidamente iria
se tornar um filhote. Por isso, multamos em R$ 500
por cada ovo apreendido”, esclarece.
Há mais de três anos,
o setor de fiscalização faz essa operação
no desembarque do Aeroporto. Apesar desses vôos
serem domésticos, eles são desviados
para o setor internacional para que sejam escaneados
pelo raio x. É o que informa João
Paulo Paiva, chefe do setor aeroportuário
do Ibama. “É uma prática rotineira
nossa, para que identifiquemos vários tipos
de animais, que chegam geralmente congelados como
tatu, preá, jabuti, paca, entre outros”,
conclui.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA
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Ibama e Serviço Florestal
fiscalizam planos de manejo no Pará
Brasília (09/10/2008) -
O Serviço Florestal Brasileiro promoveu,
no início desta semana, ação
integrada com o Ibama, Política Federal e
Força Nacional, na região de Altamira/PA,
contra degradação de florestas públicas
e invasão de áreas onde foram autorizados
planos de manejo florestal sustentável.
Equipes de campo vistoriaram,
entre os dias 03 e 05 de outubro, uma área
onde opera a Precious Woods Belém LTDA. Empresa
que tem contrato com o Serviço Florestal
Brasileiro, para manejo florestal sustentável
na área, seguindo regras das disposições
transitórias da Lei de Gestão de Florestas
Públicas (11.284/06).
Essa área vem sofrendo
problemas de invasão por terceiros e uma
série de operações foram organizadas
para retirar invasores e para desmanche de acampamentos.
Na presente ocasião, os fiscais conseguiram
impedir que queimadas fossem iniciadas.
Em complemento à operação,
o helicóptero do Ibama sobrevôo áreas
de florestas públicas adjacentes às
de manejo, incluindo uma área que deverá
ser destinada para a criação de um
projeto de desenvolvimento sustentável, o
PDS Liberdade.
Ali foram detectadas derrubadas
ilegais de árvores nativas. E, na beira do
rio Aruanã, foi apreendida uma balsa carregada
com 1.200 metros cúbicos de madeira ilegal
supostamente retirados da área proposta para
o PDS.
“A ações teve o
objetivo de não só proteger nossas
áreas de florestas públicas, mas também
dar segurança às operações
de planos de manejo florestal sustentável”,
afirma Tasso Azevedo, diretor-geral do Serviço
Florestal Brasileiro. “Só assim, podemos
garantir sucesso na implantação do
PDS na região e segurança para as
empresas que estão investindo no desenvolvimento
sustentado”, garante.
A madeira e a balsa foram apreendidas
e encaminhadas à capital do Estado, Belém,
para que a Policia Federal cuide do indiciamento
dos responsáveis. As autuações
do IBAMA foram feitas no próprio local da
apreensão. Entre as madeiras, foram encontradas
sucupira, louro vermelho, currupixá, massaranduba,
angelim pedra, angelim vermelho, muiracatiara e
jatobá.
Luiz da Motta
Ascom/Serviço Florestal Brasileiro
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Período de alerta com queimadas
no Maranhão reforça planejamento de
ações do Prevfogo
São Luis (08/11/2008) -
O relatório consolidado feito pelos analistas
ambientais da Superintendência do Ibama no
Maranhão com base em dados do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais verificou que no período
de setembro para outubro houve um aumento significativo
no número de focos de calor no estado, de
994 pontos de fogo até 16 de setembro, para
1.823 até 7 de outubro, na checagem feita
pela consulta aos dados de queimadas levantados
pelos satélites do INPE nesta quarta-feira.
Mesmo assim ainda é o menor registro de focos
no Maranhão nos últimos cinco anos,
com uma redução de 69% com relação
ao ano passado. Preocupados com o número
de focos no interior do estado, instrutores do Centro
Nacional de Prevenção e Combate aos
Incêndios Florestais (Prevfogo) da Superintendência
do Ibama/MA realizaram na segunda quinzena de setembro
oficinas sobre queima controlada nos municípios
de Humberto de Campos, Icatu e Primeira Cruz.
Na ocasião cerca de 30
pessoas participaram do treinamento em cada município,
entre elas representantes dos sindicatos de trabalhadores
rurais, associações comunitárias
e entidades ambientalistas, para juntos discutirem
as técnicas adequadas e seguras para realização
de queima controlada nas atividades agrícolas,
pastoris ou de silvicultura.
O treinamento foi realizado de
maneira teórica e prática sobre qual
o procedimento correto para realizar uma queimada
autorizada pelo Ibama com sucesso, de forma comunitária
e controlada, além de serem abordados tópicos
relacionados à legislação quanto
ao uso do fogo, ao monitoramento, à prevenção
e controle de desmatamento, queimadas e incêndios
florestais. Ao final do treinamento cada participante
recebeu seu certificado.
O Estado do Maranhão no
período de 1º de janeiro a 7 de outubro
de 2008 registrou um menor número de queimadas
com relação ao mesmo período
do ano passado, quando foram registrados 5.935 focos
de calor no estado. Os meses de estiagem como setembro,
outubro e novembro são historicamente os
mais preocupantes inclusive pela contribuição
de fatores climáticos como altas temperaturas
e baixa umidade. No ranking nacional feito pelo
INPE, o Maranhão ainda aparece como o segundo
colocado do Nordeste em focos (atrás somente
da Bahia), o quinto que mais queima na Amazônia
Legal (depois de Mato Grosso, Pará, Rondônia
e Tocantins) e conseqüentemente o sexto colocado
no Brasil.
No próximo mês, os
municípios de Bacabal e Trizidela (MA) serão
os próximos a receberem o treinamento sobre
queima controlada ministrado pelo Prevfogo. Serão
oferecidas informações e formação
sistêmica sobre as causas e as conseqüências
dos incêndios florestais.
Ascom/Ibama/MA