(14/10/2008)
- Para comemorar os 53 anos do Museu de Ciências
Naturais, a Fundação Zoobotânica
do RS promove, durante o mês de novembro,
exposições e encontros temáticos.
Como parte da programação
o Museu apresenta, em uma das suas Salas de Exposições,
a mostra “Esponjas Marinhas da Costa Sul – Brasileira:
Caleidoscópio Natural”.
O Museu de Ciências Naturais
foi criado em 5 de novembro de 1955 e tem como missão
a conservação da biodiversidade do
Estado.
Esponjas Marinhas
As esponjas marinhas surgiram há mais de
550 milhões de anos, no período Pré-Cambriano
da Era Paleozóica. São organismos
altamente evoluídos que se adaptaram e sobreviveram
por mais tempo do que qualquer outro animal pluricelular.
São constituídas de milhões
de células, formando um mosaico espetacular
de formas diversas e cores vibrantes. A maioria
das esponjas tem esqueleto formado por fibras de
colágeno com estruturas chamadas espículas,
que se assemelham a pequenas agulhas e que podem
causar irritação quando em contato
com a pele. Apresentam ampla distribuição
pelos oceanos e mares, ocorrendo no extremo sul
do Brasil, ao largo da costa, em regiões
profundas, onde o substrato do fundo é duro.
A faixa litorânea do Paraná à
Santa Catarina é extremamente rochosa, recortada
por baías e enseadas, propiciando a presença
de uma fauna de poríferos de águas
rasas e quentes, sendo que muitas espécies
ocorrem somente nesses locais.
Pela sua condição
séssil (órgão fixado diretamente
a parte principal de um ser vivo) e filtradora,
as esponjas são importantes organismos na
indicação de ambientes degradados.
Participam na reciclagem do cálcio, tornando-o
disponível para o crescimento dos recifes
de corais, podendo apresentar simbiose com algas
nitrificantes, participando, desta forma, na produção
primária dos oceanos. Vivem geralmente fixas
ao fundo marinho e, por isso, desenvolveram grande
variedade de sistemas de defesa contra diversos
predadores e parasitas. Isto faz com que sejam muito
procuradas como abrigo por outros organismos, tais
como bactérias, microalgas, invertebrados
marinhos, e peixes. Por outro lado, produzem substâncias
tóxicas que evitam a fixação
de outros organismos sobre elas, bem como sua predação.
Tais substâncias vêm sendo testadas
pela indústria farmacêutica em todo
o mundo, na busca de novos medicamentos com atividades
antivirais, citotóxicas, antiinflamatórias,
vasodilatadoras, antimicrobianas e antitumorais.
Pesquisa e acervo
A pesquisa em esponjas marinhas no Museu de Ciências
Naturais teve inicio em 1975, com o objetivo de
identificar e descrever as espécies da costa
sul-brasileira. Conta atualmente com um acervo com
mais de 3 mil exemplares, sendo a segunda maior
coleção de esponjas marinhas da América
do Sul.
Nos últimos 10 anos, o
incremento da pesquisa básica resultou na
descoberta e caracterização de novas
espécies de esponjas. Com a participação
de importantes parceiros nacionais e internacionais,
a equipe do Laboratório de Poríferos
Marinhas do Museu vem desenvolvendo pesquisas de
bioprospecção, que possibilita verificar
a bioatividade de algumas espécies, promissoras
na inibição do crescimento de tumores
sólidos malignos
PROGRAMAÇÃO
O que: Exposição Esponjas Marinhas
da Costa Sul-brasileira – Caleidoscópio Natural.
Esta é a primeira exposição,
no Brasil, de fotos subaquáticas e de amostras
de esponjas marinhas preservadas, que ilustram uma
fauna ainda pouco conhecida na costa Sul-brasileira.
As fotos são de espécimes que integram
a Coleção de Poríferas do Museu
de Ciências Naturais, a segunda maior da América
do Sul. Representa a diversidade de formas e cores
de esponjas marinhas encontradas tanto no infralitoral,
como em grandes profundidades, além da plataforma
continental, neste trecho do litoral brasileiro.
O conhecimento das espécies e seu potencial
bioativo visa a valorização da biodiversidade
da costa sul-brasileira. A bioprospecção
de algumas das espécies representadas nesta
exposição tem despertado interesse
para a pesquisa e produção de fármacos.
Quando: de novembro/2008 a maio/2009
Onde: Sala de Exposições do Museu
de Ciências Naturais – Bairro Jardim Botânico
(Rua Dr. Salvador França, 1427)
Abertura: dia 04 de novembro, às 16h
O que: Palestra “A origem das
espécies de Charles Darwin”
Quem: Dra. Ana Carolina Regner, UNISINOS
Quando: dia 05 de novembro, às 10h
Onde: Auditório do Jardim Botânico
(Rua Dr. Salvador França, 1427)
Entrada franca
O que: Projeto Ciência na
Praça - Mostra que apresenta os Ecossistemas
Gaúchos, representados através de
mini dioramas e banners, com a participação
dos pesquisadores, técnicos, bolsistas e
estagiários do Museu de Ciências Naturais.
Quando: dia 09 de novembro, das 10h às 16h
Onde: Parque Farroupilha, junto ao Brique da Redenção
O que: Workshop “Esponjas Marinhas:
novas perspectivas para a saúde”.
Visa apresentar o histórico da pesquisa aplicada
com esponjas marinhas da costa sul-brasileira, realizada
em parceria entre o Museu de Ciências Naturais/FZB-RS,
a Faculdade Farmácia da UFRGS e o Helmholtz
Centre for Infection Research Chemical Microbiology
Group, Alemanha. Os temas englobam as fonte de novos
fármacos contra o câncer, atividades
biológicas em extratos de esponjas marinhas
e bioatividade dos microorganismos isolados das
esponjas.
Quem: Dra. Cléa Beatriz Lerner – MCN/FZB-RS,
Dr. Alexandre José Macedo – Faculdade de
Farmácia (UFRGS), Dr. Mário Frota
Jr. – Depto de Bioquímica (UFRGS), Dr. Roger
Remy Dresch – Faculdade de Farmácia (UFRGS)
e Dr. Wolf-Rainer Abraham – Helmholtz Centre for
Infection Research, Alemanha.
Quando: dia 20 de novembro, das 13h30 às
17h30
Onde: Auditório do Jardim Botânico
(Rua Dr. Salvador França,1427)
Entrada Franca
Fepam expede LO para Usina Hidrelétrica
14 de Julho (15/10/2008)
A Fundação Estadual de Proteção
Ambiental Henrique Luiz Roessler – Fepam expediu
nesta quarta-feira (15) a Licença de Operação
(LO) para a Usina Hidrelétrica 14 de Julho,
do Complexo Energético Rio das Antas, pertencente
à Companhia Hidrelétrica Rio das Antas
– Ceran.
A Usina Hidrelétrica 14
de Julho tem potência de 100 MW, situada em
uma área de 500 ha, a 200 km da foz do rio
das Antas, em Bento Gonçalves, divisa com
Cotiporã. O lago da usina está em
fase de enchimento.
Junto com as UHEs de Monte Claro,
entre Nova Roma do Sul e Veranópolis, que
começou a operar em 29 de dezembro de 2004
e Castro Alves, entre Nova Roma do Sul e Antônio
Prado, que iniciou a operação no início
de 2008, a 14 de Julho forma o Complexo Energético
Rio das Antas, localizado na região Nordeste
do estado do Rio Grande do Sul, entre os municípios
de Antônio Prado, Bento Gonçalves,
Cotiporã, Flores da Cunha, Nova Pádua,
Nova Roma do Sul e Veranópolis. As UHEs de
Monta Claro e Castro Alves têm potência
de 130 MW cada uma.
A inteligação das usinas do Complexo
Energético Rio das Antas ao Sistema Elétrico
Interligado Nacional será através
de uma Subestação Interligadora em
230 Kv, que seccionará duas linhas de transmissão
da Eletrosul. A conexão das usinas à
Subestação é feita através
de três linhas de transmissão, uma
para cada usina.
ASSECOM SEMA/FEPAM
Coordenação: Jornalista Eliane do
Canto
+ Mais
Consema votará aplicação
de recursos do Fundo de Meio Ambiente
(16/10/2008) - O Conselho Estadual
do Meio Ambiente (Consema) realiza nesta sexta-feira
(17) a sua 112ª reunião ordinária,
às 14h, sob a presidência do Secretário
Estadual do Meio Ambiente, Otaviano Moraes. O encontro
acontece no auditório da Secretaria do Meio
Ambiente (Sema).
Na pauta está a apreciação
dos processos para a qualificação
ao licenciamento ambiental com impacto local dos
municípios de Severiano de Almeida (região
do Alto Uruguai) e de Santo Antônio do Planalto
(região Norte).
Também será votado
o plano de aplicação dos recursos
do Fundo Estadual do Meio Ambiente (FEMA) para 2009,
com valor previsto em aproximadamente R$ 1,5 milhão,
a fim de aplicação unidades de conservação,
educação ambiental, controle e fiscalização
ambiental, desenvolvimento institucional e pesquisa
e desenvolvimento tecnológico.
Deverá, ainda, ser votada
a proposta para uma resolução que
regulamente o licenciamento ambiental de terminais
hidroviários para movimentação
e armazenagem de minérios.
Na reunião também
serão feitas apresentações
da matriz energética do Estado pela Secretaria
da Infra-estrutura e Logística e das perspectivas
para um programa estadual de controle de emissões
de gases de efeito estufa por representante da Comissão
de Relações Internacionais da OAB.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli