13
de Outubro de 2008 - Ivy Farias - Repórter
da Agência Brasil - São Paulo
- O ministro de Assuntos Estratégicos,
Mangabeira Unger, disse hoje (13) que o valor
da floresta Amazônica está na
sua existência. "A Amazônia
vale mais em pé do que derrubada",
afirmou durante apresentação
do Prêmio Eco, na Câmara Americana
de Comércio (Amcham), em São
Paulo.
"A Amazônia é
um lugar privilegiado e de vanguarda, que
precisa ser preservada", acrescentou
o ministro.
Segundo Mangabeira, o primeiro
passo para parar o desmatamento é uma
reforma no que se refere às leis. "É
preciso simplificar as leis e os procedimentos
não só para as grandes indústrias,
como também para os pequenos e médios
produtores", defendeu.
O ministro disse que serão
os pequenos e médios produtores os
maiores responsáveis pela preservação
da floresta. "Eles formarão um
cinturão protetor. Nós os ajudaremos
com a criação de atividades
técnicas e um mecanismo para remuneração
e, em troca, eles cuidarão e prestarão
contas da Amazônia", disse.
Para Mangabeira, o Plano
da Amazônia Sustentável (PAS)
contará com o apoio do Exército
e do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. "Lula está entusiasmado
com o projeto. O Exército será
um grande parceiro para pôr os planos
em prática pois é um interlocutor
constante da Amazônia", completou.
Ainda sem data definida
para começar, o PAS, segundo Mangabeira,
é uma combinação de estrutura
e impacto imediato. "Proponho ações
que que podem começar a funcionar agora
e durarão para sempre", disse.
+ Mais
Zoneamento agroecológico
da cana-de-açúcar vai proteger
meio ambiente, diz senador
14 de Outubro de 2008 -
Da Agência Brasil - Brasília
- O zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar
deverá ficar pronto em 30 dias, de
acordo com informações do Ministério
da Agricultura. Para o presidente da Comissão
de Agricultura e Reforma Agrária do
Senado, senador Neuto de Conto (PMDB-SC),
a falta de definição quanto
às áreas destinadas ao plantio
faz com que regiões protegidas pela
legislação ambiental sejam usadas
para o cultivo. Ele ressalta que é
necessário encontrar um caminho entre
a rentabilidade e a preservação
do meio ambiente.
A Amazônia é
região mais polêmica no momento.
“Todos querem plantar cana, este é
o fato. E nem todas as áreas da Amazônia
são próprias para a plantação
de cana por causa do clima, do solo, das chuvas”,
explica o senador.
Em entrevista, ontem (13),
no programa Revista Brasil, da Rádio
Nacional, o senador considera a matéria
de fácil trâmite no Congresso
Nacional não só pela economia,
mas também porque o zoneamento interfere
diretamente na produção alimentar
brasileira e também no equilíbrio
ambiental. “No entanto, não podemos
perder de vista que esta alimentação
tem que ser feita também com o meio
ambiente, para que possamos ter qualidade
de vida.”
O próximo passo,
segundo o senador, é incentivar os
estados a fazerem uma legislação
de zoneamento própria, que inclua todas
culturas. A partir daí, fica mais fácil
a formulação de uma lei nacional
sobre o tema. “Estamos aguardando a fase final
do zoneamento [sobre a cana-de-açúcar],
que segundo os ministros, deve ficar pronta
ainda este mês. Com esse zoneamento
podemos fazer uma análise mais profunda
e saber o quê e como se plantar”, conclui.
+ Mais
Especialistas discutem desafios
e estratégias para preservação
do cerrado
13 de Outubro de 2008 -
Da Agência Brasil - Brasília
- O 9º Simpósio Nacional sobre
o Cerrado e o 2º Simpósio Internacional
sobre Savanas Tropicais será realizado
até sexta-feira (17), no ParlaMundi,
em Brasília. Cerca de 500 especialistas
e pesquisadores vão discutir os desafios
e estratégias para o equilíbrio
entre sociedade, agronegócio e recursos
naturais.
Segundo o presidente do
9º Simpósio Nacional do Cerrado
e 2º Simpósio Internacional sobre
Savanas Tropicais, Fábio Soalheiro,
o evento tem objetivo de fazer um intercâmbio
de conhecimento entre vários profissionais
do mundo na área de savanas tropicais,
incluindo o cerrado, pantanal, savanas australianas
e africanas.
“Trouxemos várias
pessoas do mundo para trocar informações.
Também incluímos um objetivo
educacional, envolvendo estudantes de ensino
fundamental em um concurso de desenho, estudantes
de ensino médio no concurso de redação
e estudantes da pós-graduação
em trabalhos concretos. Recebemos mais de
418 trabalhos a serem apresentados durante
o evento”.
Para Soalheiro, o desafio
do cerrado é muito importante na produção
agropecuária no Brasil. “O cerrado
também é uma fonte de recursos
naturais e de biodiversidade que precisa ser
preservado. O principal objetivo e desafio
é intensificar o uso da terra, melhorando
e usando tecnologia do campo para conseguir
produzir alimentos na menor área possível,
evitando o desmatamento, a degradação
e a biodiversidade do cerrado."
+ Mais
Embrapa reúne pesquisadores
de cinco países para discutir cerrado
e savanas tropicais
12 de Outubro de 2008 -
Da Agência Brasil - Brasília
- O 9º Simpósio Nacional sobre
o Cerrado e o 2º Simpósio Internacional
sobre Savanas Tropicais deverão reunir,
de hoje (12) até sexta-feira (17),
mais de 500 inscritos, entre pesquisadores,
professores e estudantes no ParlaMundi, em
Brasília. Os participantes irão
debater o tema Desafios e estratégias
para o equilíbrio entre sociedade,
agronegócio e recursos naturais.
Os ganhadores dos concursos
de redação e desenho serão
premiados na solenidade de abertura hoje,
às 19h30. Segundo a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
o estudante Igor Isídio Gomes da Silva,
de 16 anos, do Executivo Colégio e
Curso, de Guarabira, na Paraíba, vencedor
do concurso de redação para
alunos do ensino médio, e o estudante
Vinícius Lima, 13 anos, da Escola Fundamental
Pipiripau II, de Planaltina, no Distrito Federal,
vencedor do concurso de desenho destinado
ao ensino fundamental, irão receber
um computador com configuração
avançada e impressora.
De acordo com a Embrapa,
a primeira noite dos simpósios também
será de homenagem aos pesquisadores
Djalma Martinhão Gomes de Sousa e Semiramis
Pedrosa de Almeida. Martinhão é
um dos pioneiros na pesquisa de solos do cerrado.
Semiramis desenvolveu diversos projetos voltados
para a conservação e aproveitamento
de espécies nativas do cerrado.
O bioma cerrado é
a segunda maior formação vegetal
brasileira depois da Amazônia e a savana
tropical mais rica do mundo em biodiversidade.
Sobre esse bioma, foram selecionados 418 trabalhos
para apresentação no evento.
Segundo a Embrapa, as pesquisas envolvendo
o desenvolvimento do agronegócio no
cerrado e os usos dos recursos naturais são
consideradas pelos organizadores do evento
“essenciais e de grande importância
para subsidiar o equilíbrio entre sociedade,
desenvolvimento do agronegócio na região
por meio de sistemas sustentáveis de
produção animal e vegetal”.
De acordo com a Embrapa,
nos últimos anos, o crescimento da
produção agropecuária
no cerrado proporcionou incrementos significativos
da porcentagem do agronegócio brasileiro
no Produto Interno Bruto (PIB). Em 2006, a
região do cerrado contribuiu com 33%
do PIB do agronegócio, empregando aproximadamente
40% da população economicamente
ativa.
O evento será estruturado
em quatro conferências, 12 painéis
e um workshop, que encerra a programação
na sexta-feira. Cada conferência terá
duração de 60 minutos e mais
30 minutos para debate. Os simpósios
reúnem palestrantes da África
do Sul, Austrália, Venezuela, Estados
Unidos, Escócia, além de diversos
pesquisadores brasileiros.