Vitória
(23/10/2008) O Município de Itapemirim, região
sul do Espírito Santo, foi multado em um
milhão e quinhentos mil reais por crime de
degradação ambiental. Fiscais da Superintendência
do Ibama no Espírito Santo, em operação
conjunta com a Polícia Ambiental, receberam
denúncia da Linha Verde de que a Prefeitura
estava desrespeitando o embargo de uma área
que estava sendo feita de depósito de lixo
irregular, lixão.
A autuação foi motivada,
principalmente, pelo descumprimento do embargo da
área. A Superintendência tem trabalhado
nesta área respeitando o Projeto “Espírito
Santo sem Lixões” para acabar este problema
no Estado.
Os fiscais do Ibama constataram
que também havia lixo hospitalar descartado
no local. Na Secretaria de Maio Ambiente, do Município,
o auto de infração foi lavrado. A
Prefeitura não possui nenhuma documentação
que libere a área para a atividade de aterro
sanitário.
Para se possuir um aterro sanitário
o responsável pela atividade precisa de ter
licenciamento ambiental do órgão competente
e um estudo da área deve ser feito. Segundo
os fiscais, que estiveram no local, a população
de urubus presente é grande.
Os impactos ambientais gerados
com os lixões, que não possuem licenciamento
ambiental, são enormes porque esta atividade
sem um estudo prévio do local pode afetar
várias camadas do solo e infectar uma área
muito maior do que um aterro sanitário ocupa.
Rios, lagoas, produções rurais podem
ser prejudicadas com esta atividade. A Prefeitura
de Itapemirim tem 20 dias para apresentar sua defesa
junto ao Ibama.
Fauna – Atendendo mais denúncias
do Sistema Linha Verde, do Ibama, fiscais do órgão
fizeram mais uma apreensão de pássaros,
no Município de Anchieta. Na residência
do criador foram encontrados canários da
terra, coleros, trinca ferros e um bicudo, espécie
ameaçada de extinção. A multa
pela criação irregular foi de R$ 9,5
mil.
Os dez pássaros apreendidos
foram encaminhados para o Projeto Cereias, no Município
de Aracruz. Manter animais da fauna silvestre brasileira
em cativeiro, sem a devida autorização
do órgão Ambiental competente, é
crime ambiental.
Luciana Carvalho
Ascom Ibama/ES
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Encontrou um pingüim? Saiba
como proceder
São Paulo (22/10/2008)
- A Divisão de Fauna e Recursos pesqueiros
do Ibama em SP produziu e está distribuindo
por meios eletrônicos um folheto informativo
sobre pingüins. O folheto, que pode ser reproduzido
e distribuído livremente traz de forma didática
as principais orientações para pessoas
que encontram pingüins nas praias ou no mar.
Segundo a analista ambiental Jury
Seino, muitas pessoas ainda acreditam que os pingüins
devem ser socorridos e colocados na geladeira, o
que é um erro. “Se forem colocados em locais
frios esse animais morrem, pois já chegam
ao litoral brasileiro enfraquecidos e, muitas vezes,
doentes”, explica. A solução é
comunicar as autoridades ambientais mais próximas
e, se houver possibilidade, transportá-lo
até as instituições de apoio,
onde receberão tratamento veterinário
e alimentação.
Outro objetivo do folheto é
estimular para que as avistagens de pingüins
sejam comunicadas ao Ibama ou às instituições
listadas no folheto. Neste ano, milhares de pingüins
chegaram ao litoral brasileiro, número muito
superior ao de anos anteriores – só em SP
foram cerca de 800. Pesquisadores ainda estão
em busca de explicações para esse
aumento.
Na semana passada, 91 pingüins
foram soltos em alto-mar, em distâncias entre
80 e 200 km da costa de SP. Agora os analistas esperam
o retorno de informações sobre essas
aves. Todas foram marcadas com anilhas metálicas
nas asas. Caso esses animais sejam encontrados,
Ibama e instituições parceiras devem
ser comunicados. Mas atenção: se os
bichos estiverem vivos e ativos não devem
ser incomodados; use binóculos ou faça
a observação direta a distância.
O folheto também pode ser
baixado no site do Ibama SP: http://www.ibama.gov.br/sp,
no menu “Fauna” e depois em Pingüins.
Airton De Grande
Ascom/Ibama/SP
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Zoológico de Aracaju recebe
Papa-mel do Ibama em Recife
Aracaju-17/10/08 – uma fêmea
adulta da espécie Papa-mel (Eira Bárbara),
acostumada com a presença humana e difícil
de ser adaptada à vida silvestre, foi entregue
ao zoológico estadual do Parque Gov. José
Rollemberg Leite - Parque da Cidade, em Aracaju,
onde irá formar casal com o macho existente
no zoológico.
De características semi-aquáticas
e hábitos alimentares compostos de peixes
e frutas, o animal foi entregue voluntariamente
ao Núcleo de Fauna da Superintendência
do Ibama em Pernambuco e ficou sob os cuidados da
bióloga Catarina Cabral, no Centro de Triagem
de Animais Silvestres – Cetas, permanecendo por
algum tempo até ser encontrado um macho para
possível convivência, e quem sabe,
uma provável reprodução da
espécie em cativeiro.
O animal foi transportado de Recife
para Aracaju, em veículo adaptado, acompanhado
da bióloga e durante o longo trajeto permaneceu
tranqüilo. “No Zoológico demonstrou
disposição quando foi aberta a jaula
e logo procurou alimento, sendo este um dos sintomas
de adaptabilidade” diz - Catarina Cabral.
A vinda do animal para o Zoológico
contou com o apóio do Núcleo de Fauna
da Superintendência do Ibama/SE, por meio
da bióloga Gláucia Maria Bispo, para
dar anuência sobre a destinação
do animal. - “O Zoológico passou por uma
série de reformas, objeto do Projeto de Revitalização
do Parque da Cidade, ganhou novos recintos, quarentenário,
setor extra e várias obras que hoje o colocam
como um zoológico em boas condições
de funcionamento, atualmente é vistoriado
e acompanhado, pelo Ministério Público
Estadual, Núcleo de Fauna do Ibama, entidades
de proteção animal, visando a sua
adequação às normas vigentes.”
Informou Gláucia Bispo.
Essa operação é
fruto da parceria com o Ibama e atende a Instrução
Normativa 179/08, que trata da destinação
desde a soltura para os animais aptos a vida livre,
até o depósito em criadores, zoológicos
ou mantenedores de animais sem condições
de sobreviverem na natureza, desde que reúnam
recintos adequados, possuam assistência de
profissionais habilitados, como biólogos,
veterinários e zootecnistas.
Marilene Silvestre
Ascom/Ibama/SE