Fortaleza
(20/10/2008) - A Operação “Impacto
Profundo” fez mais duas apreensões semana
passada na região de Bitupitá, distrito
de Chaval que fica no litoral oeste do Ceará.
A equipe composta por oito fiscais do Ibama e seis
policiais militares do interior, a bordo de uma
lancha Macuco, interceptaram dois barcos. Um pescava
de manzuá mas sem licença de pesca
e outro com rede caçoeira. Como resultado
desta empreita, tivemos 1.139 quilos de lagosta
miúda apreendidas, oito mil metros de poitas
e 20 garatéias. Os barcos foram conduzidos
a Capitania dos Portos.
A fiscalização define
quais locais são vistoriados baseada em denuncias
do Sindicato de pescadores e da Indústria
e da Federação dos Pescadores.
O elemento surpresa e portos não
definidos têm sido fundamentais para o sucesso
das operações que são festejadas
pelas comunidades que vêem no trabalho do
Ibama uma forma de manter a sustentabilidade da
pesca da lagosta que a maior fonte de renda de suas
famílias e que vem sofrendo queda de seus
estoques com os métodos ilegais de pesca.
Mariângela Bampi
Ascom/Ibama/CE
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Madeiras enterradas em Pacajá
estão sendo cubadas pela Guardiões
da Amazônia e Arco de Fogo no Pará
Belém (17/10/08) – As toras
de madeira enterradas no meio de uma floresta pública
federal de Pacajá, às margens do rio
Aruanã, encontradas pelas equipes das Operações
Guardiões da Amazônia e Arco de Fogo,
no último final de semana, continuam sendo
retiradas do local e cubadas pelo Ibama. No local,
o órgão conta com o apoio da Polícia
Federal (PF), Força Nacional de Segurança
(FNS) e Exército do estado do Pará.
Até o momento, já foram conferidos
mil metros cúbicos de madeira em tora, mas
a coordenação do Ibama acredita que
esse número chegará a, no mínimo,
4 mil m³ por causa da grande quantidade de
toras que ainda serão conferidas.
Por meio de sobrevôo de
helicóptero e com o auxílio de uma
embarcação foi possível chegar
a uma área que tem, aproximadamente, 25 mil
Km² de floresta, onde se encontravam as esplanadas
de madeira, extraídas ilegalmente da região.
Até agora, a equipe já vistoriou 4,5
mil Km² desse total. “Nosso trabalho de cubagem
está sendo ininterrupto para que possamos
chegar ao número total de madeiras extraídas.
Acreditamos que, no mínimo, tenhamos 4 mil
m³ de madeira ilegal no local, o que equivaleria
uns R$40 milhões em multas para o infrator”,
afirma Marco Antonio Silva, coordenador da operação
Guardiões da Amazônia, com base operativa
em Altamira.
O coordenador conta ainda que
a equipe encontrou no pátio de uma empresa
nas proximidades da floresta, mais de 810 m³
de madeira serrada e em tora sem documento de origem.
“Por isso, apreendemos os produtos florestais e
multaremos o responsável em R$ 237 mil pela
infração”, afirma. Ainda em uma área
próxima, foi detectado um desmatamento de
132,430 hectares e também, uma serraria abandonada,
juntamente com um caminhão e um trator. “O
local danificado foi embargado e o autuado deverá
pagar multa de R$ 665 mil pelos danos causados ao
meio ambiente. Quanto à serraria, adentramos
a floresta, mas ninguém foi encontrado, porém,
já iniciamos investigação para
identificar os responsáveis”, diz.
Em outra esplanada, encontrada
por meio de sobrevôo, foi encontrado cerca
de 800m³ de madeira em toras. “Ali, encontramos
inúmeras toras que devido ao terreno complicado,
não foi possível pousar para conferir,
mas estamos organizando junto à Secretaria
Estadual de Meio Ambiente (Sema) do Pará,
a retirada de todas essas toras da região,
para que não sejam roubadas do local”, conclui
Silva.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA
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Guardiões da Amazônia
embarga área desmatada em Itaituba, oeste
do Pará
Belém (23/10/08) – Na manhã
de ontem (22), a Operação Guardiões
da Amazônia com base operativa em Itaituba
autuou em R$28,5 mil o responsável pelo desmatamento
de 56 hectares de área no município,
sem autorização do órgão
competente. Ele foi notificado a assinar, até
ontem, o termo de embargo e o auto de infração
correspondentes ao crime ambiental praticado, mas
como não compareceu ao escritório
do Ibama em Itaituba, pagará mais R$14,25
mil pela desobediência.
De acordo com o fiscal do Ibama,
Alessandro Queiroz, o desmate foi descoberto na
semana passada, quando os fiscais mensuraram a área
e se dirigiram até a sede da fazenda, para
identificar o responsável. “Ele desmata para
ampliar o pasto, já que é criador
de gado, mas, agora, embargada a área, ele
não poderá trabalhar nesta terra como
havia previsto”, conta.
A Operação Guardiões
da Amazônia em Itaituba, coordenada pelo Escritório
Regional do Ibama no município e apoiada
pela Polícia Militar e pelo ICMBio está
atuando na região desde o dia 22 de setembro
deste ano e permanecerá por tempo indeterminado.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA
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Planos de Manejo são multados
em mais de R$ 14 milhões
Brasília (22/10/2008) -
Dentro das ações do Plano de Combate
ao Desmatamento na Amazônia, o Ibama realizou
vistorias nos Planos de Manejo Florestal aprovados
no Estado do Mato Grosso. Esta é uma ação
supletiva e comunicada previamente ao órgão
estadual de meio ambiente, que, em alguns casos,
também participa dos trabalhos.
Numa fase inicial, foram vistoriados
20 projetos. As principais irregularidades detectadas,
ligadas à má condução
do manejo, foram a abertura excessiva da cobertura
florestal; a não utilização
das técnicas de redução de
impacto, como a queda direcionada e o corte prévio
de cipós, e; a falta ou não utilização
de mapas logísticos para planejamento da
exploração e construção
da infra-estrutura de apoio, como estradas, pátios,
etc.
“No entanto, existe um conjunto
indícios de fraudes relacionadas com a utilização
de créditos das áreas submetidas ao
manejo florestal, para “esquentar” madeira retirada
ilegalmente de outros locais”, informa Antônio
Carlos Hummel, diretor de Uso Sustentável
da Biodiversidade e Florestas do Ibama. Segundo
ele, o principal indício dessa fraude é
constar no sistema que o saldo de determinada espécie
foi zerado, o que, na prática, “é
quase impossível”.
Os resultados das vistorias já
foram comunicados à Secretaria Estadual de
Meio Ambiente - SEMA. Ao mesmo tempo, estão
sendo desenvolvidas investigações
e novas fiscalizações pela Diretoria
de Proteção Ambiental - Dipro e Superintendência
do Ibama no Estado do Mato Grosso, para punir os
infratores. Três detentores de Planos de Manejo
Florestal já receberam autuações,
que totalizaram R$ 14.542.000,00 (quatorze milhões
e quinhentos e quarenta e dois mil reais).
O diretor diz ainda que essa atuação
mais eficaz do instituto está ligada diretamente
a quatro fatores: a) utilização de
instrumentos de geoprocessamento; b) cruzamento
de informações nos sistemas eletrônicos
de controle; c) capacitação da equipe
técnica, e; d) utilização de
manuais técnicos de procedimentos de análise
e vistoria.
No entanto, Hummel ressalta que
“o quadro de combate a esse tipo de fraude pode
ser aperfeiçoado com a integração
completa dos sistemas de controle, como determina
a Resolução Conama n° 379/06,
com a punição exemplar dos infratores
e, também, com a capacitação
dos profissionais que atuam na elaboração
e execução dos Planos de Manejo Florestal”.
Ascom Ibama Sede