Semana
Nacional de Ciência e Tecnologia - 20/10/2008
- 16:54
A exposição revela evolução
dos mamíferos aquáticos na Amazônia
Foto: Divulgação Ascom MPEG
"Da Água para a Terra e de Volta para
a Água: A Evolução dos Mamíferos
Aquáticos da Amazônia" é
o tema da exposição que o Museu Paraense
Emílio Goeldi (MPEG/MCT) leva para o Centro
de Convenções durante a Semana Nacional
de Ciência e Tecnologia 2008.
A exposição, que
revela evolução dos mamíferos
aquáticos na Amazônia, integra também
a programação da 1ª Feira Paraense
de Ciência e Tecnologia, e poderá ser
visitada entre os dias 21 e 23 de outubro, das 10h
às 21h.
Na mostra, o público terá
a oportunidade de observar de perto os esqueletos
montados dos dois mamíferos aquáticos
que ocorrem atualmente na Amazônia: o boto
e o peixe-boi. Também haverá maquetes
de reconstituições de vários
animais pré-históricos das linhagens
das quais descendem esses dois animais tão
representativos da região e da própria
cultura amazônida. A orientação
do público será realizada por uma
equipe de monitores universitários instruídos
pela curadoria da mostra.
O esqueleto do peixe-boi tem um significado especial
para o Museu Goeldi. São os ossos da Maíra,
a fêmea de peixe-boi-amazônico que viveu
no Parque Zoobotânico até fevereiro
deste ano. Quando faleceu, constatou-se que os 55
anos que viveu representam um recorde de longevidade
nos registros existentes para esta espécie.
Hoje, tanto a população de peixes-boi
como a dos botos cor-de-rosa e tucuxi estão
protegidas por lei, pois essas espécies encontram-se
ameaçadas de extinção.
Evolução
Todos os vertebrados terrestres
têm, em comum, um ancestral que se aventurou
em terra há cerca de 400 milhões de
anos: um peixe cujas características lhe
permitiam passar mais tempo fora da água.
Quando da extinção dos dinossauros,
há aproximadamente 65 milhões de anos,
um grupo ocupou o vazio deixado no planeta: os mamíferos.
Em pouco tempo, a competição em terra
firme tornou-se acirrada e alguns mamíferos,
que viviam nas praias e beiras de rios e lagos,
começaram a explorar os recursos aquáticos
– peixes, crustáceos, algas.
Decorridos aproximadamente mais
trinta milhões de anos, descendentes desses
mamíferos costeiros e ribeirinhos, já
adaptados à vida na água, abandonaram
para sempre a terra e se fixaram no mesmo habitat
que seus ancestrais longínquos haviam deixado.
Agência Museu Goeldi
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Jogo revela a vida dos grandes
bagres migradores da Amazônia
Desenvolvimento Sustentável
- 21/10/2008 - 15:58
O Projeto Pirada, desenvolvido no Laboratório
Temático de Biologia Molecular do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT)
é exposto na 5ª Semana Nacional de Ciência
e Tecnologia, em Brasília (DF). O nome Pirada
corresponde à junção de quatro
espécies de peixes conhecidos como grandes
bagres migradores: piramutaba, piraíba, piraíba
capa preta e a dourada.
O objetivo do projeto é
estudar a genética populacional desses peixes,
que são as maiores espécies migratórias
de água doce do mundo. Para completar seu
ciclo de vida, eles percorrem até cinco mil
quilômetros, passando por rios de cinco países
amazônicos, até chegar na região
dos Andes no Peru.
A pesquisadora Kyara Formiga diz
que, desde 1999, é feita a identificação
e caracterização genética de
estoques pesqueiros. De acordo com ela, o estudo
é de fundamental importância não
só para melhor entender o ciclo de vida,
mas também para subsidiar planos de conservação
e manejo destas espécies.
Desde o início da década
de 70 vem ocorrendo a pesca intensiva dessas espécies.
Até então, poucas ações
foram elaboradas para regulamentar a pesca, comprometendo
o estoque destes peixes. Estudos científicos
sugerem que três espécies já
estão em sobrepesca.
Jogo
Paralelo a este trabalho, o Inpa
também mostra, até domingo (26), na
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o
jogo interativo Piradados, voltado ao público
estudantil de ensino fundamental e médio.
Desde 2005, o jogo que é
utilizado em oficinas educativas, reúne informações
simplificadas sobre genética, ecologia, pesca
e migração dos bagres na Amazônia
e países fronteiriços.
Deográcia Pinto - Assessoria de Comunicação
do MCT
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Revolução energética:
os benefícios da energia nuclear
Semana Nacional de C&T - 23/10/2008
- 18:41
No estande da Cnen o visitante pode conhecer o emprego
das tecnologias nucleares na área alimentar
e médica
Quem visitar o estande da Comissão Nacional
de Energia Nuclear (Cnen/MCT), até domingo
(26), na 5ª Semana Nacional de Ciência
e Tecnologia, em Brasília (DF), vai conhecer
o emprego das tecnologias nucleares na área
alimentar e médica. "Existe uma fonte
radioativa chamada cobalto 60, que emite o raio
gama com o qual o alimento é irradiado. Essa
técnica, além de esterilizar o produto,
aumenta o tempo de conservação",
diz o expositor, Roberto Fraga. Segundo ele, no
caso da aguardente o processo visa a diminuir a
acidez.
Esta técnica é empregada
em países industrializados e hoje apresenta
uma forte expansão nos em desenvolvimento.
A tecnologia, aprovada pela Organização
das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação (FAO), é utilizada
em 37 países. No Brasil, a Cnen é
responsável por autorizar e inspecionar regularmente
as instalações que fazem irradiação.
Na área médica,
há aplicações no diagnóstico
e tratamento de uma série de doenças.
Um exemplo de uso de tecnologia nuclear é
a radioterapia, técnica que consiste na utilização
de fontes de radiação para tratamento
de tumores. Outro são os radiofármacos,
isótopos de minerais radioativos, empregados
para diagnóstico, terapia e pesquisa, que
têm diversas aplicações, entre
elas diagnóstico e acompanhamento terapêutico
no combate ao câncer, avaliações
neurológicas e cardiológicas, estudo
do metabolismo cerebral nas doenças de Parkinson,
Alzheimer e Tourettes.
O tecnécio (Tc 99), também
elemento radioativo, é utilizado no diagnóstico
de doenças no cérebro, pulmão,
coração, fígado e outros órgãos.
Outro radiofármaco é
o iodo-131, que emite raios gama e tem meia-vida
de oito dias. Ele é usado para diagnosticar
doenças na glândula tireóide.
O iodo existente em alimentos é absorvido
naturalmente pelo organismo humano. A tireóide
concentra a maior parte da absorção.
Aproveitando-se esta característica,
ministra-se uma solução de iodo-131na
pessoa a ser examinada. Depois, com o auxílio
de um detetor, que permite se observar como o elemento
químico se comportou no interior do organismo,
verifica-se a absorção em relação
a um padrão normal e a distribuição
do iodo pela glândula. O detetor é
associado a um mecanismo que permite mapear a tireóide.
O iodo funciona como um traçador radioativo.
Em processo similar, pode-se fazer a cintilografia
(mapeamento) de outros órgãos, como
fígado, coração e cérebro.
Edilene Silva - Assessoria de Comunicação
do MCT
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Projeto conscientiza a população
sobre o uso do lixo
Semana Nacional de C&T - 21/10/2008
- 15:30
O Minhocasa é resultado de um experimento
australiano adaptado para a realidade brasileira
De superflua, a lata de lixo passou a ser um item
essencial para a presevação do meio
ambiente. Quem visitar o estande do Minhocasa, na
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em
Brasília, vai aprender que resíduos
orgânicos como casca de verdura, de frutas,
de ovo, saquinhos de café e de chá,
podem ser alimento de minhoca e com isso se transformar
em adubo natural.
"O minhocasa desenvolveu
sistemas para destinação adequada
dos residuos orgânicos, que ajudandam as pessoas
a melhorar o relacionamento com o meio ambiente
e a reduzir a problemática de resíduos
no seu âmbito como um todo. Desta forma, as
pessoas podem tratar o lixo em casa", explica
o monitor e expositor do Minhocasa , Gilberto de
Almeida.
Segundo ele, o minhocário
é muito simples e pode ser manuseado por
qualquer pessoa. Tanto assim que Almeida conta que
algumas crianças adotam um minhocário
como um bicho de estimação, porque
todos os dias ela e se dedicar a inserir resíduos
orgânicos e mexer com as minhocas.
A iniciativa funciona há
dois anos no Distrito Federal - sede do projeto-
e é praticada em escolas, universidades,
creches, condomínios, empresas e propriedades
rurais. Os minhocários também já
funcionam no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Se a lixeira comum exala mau cheiro,
no minhocário isto não ocorre. Nele
não ocorre fermentação, porque
a reação entre o nitrogênio
(lixo molhado) e o carbono (matéria orgânica
seca) é balanceada na proporção
de um para dois, ou seja uma parte de resíduo
úmido para duas partes de matéria
seca.
Os equipamentos que compõem
o Minhocasa são de simples manuseio e podem
ser abrigados em varandas, área de serviço,
escritório, escola ou à sombra de
uma árvore no jardim. Outro beneficio do
Minhocasa é a redução do volume
de lixo que é levado aos aterros sanitários
e também a obtenção de subprodutos
naturais como húmus, composto e biofertilizante.
Edilene Silva - Assessoria de Comunicação
do MCT