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NÃO HAVERÁ PLANTIO DE CANA-DE-AÇÚCAR NO PANTANAL, GARANTE MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2008

30/10/2008 - Carlos Américo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reafirmou nesta quinta-feira (30), durante a 52º Reunião Extraordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que não haverá plantio de cana-de-açúcar no Pantanal.

Com base na resolução do Conama 001/1985, o plantio de cana-de-açúcar no Pantanal foi vedado na elaboração do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, exceto em áreas no planalto pantaneiro onde já existem plantações há mais de 10 anos.

Mesmo assim, nessas áreas do planalto pantaneiro apenas será permitido o plantio direto, sem uso de máquinas ou agrotóxicos. Na planície, será proibido qualquer tipo de plantio de cana-de-açúcar. A intenção é diminuir erosões e o assoreamento dos rios.

Para Minc, as resoluções do Conama tem peso de lei. Ele afirmou que apesar das diversas interpretações do governo sobre o tema, o que prevaleceu foi o respeito à resolução do Conama .

O Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar também proíbe o plantio de Cana-de-Açúcar na Amazônia, com exceção as usinas já existentes na região - três usinas já instaladas nos estados do Acre, do Amazonas e do Pará, e uma com projeto aprovado no estado de Roraima.

O Zoneamento Agroecológico da Cana vai nortear a expansão da cultura para a produção de etanol. Os estudos estão praticamente concluídos. Foram identificados 65 milhões de hectares de terras, integralmente fora dos biomas Amazônia e do Pantanal, que atendem aos critérios de produtividade e de proteção ambiental fixados como premissa. Desses, o governo escolherá seis hectares, terra suficiente para cumprir a meta de aumentar em 11% ao ano a produção do etanol, estabelecida no Plano Nacional de Mudanças Climáticas.

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Aterros sanitários de pequeno porte terão licenciamento ambiental simplificado

30/10/2008 - Daniela Mendes - Os aterros sanitários com capacidade para receber até 20 toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos terão seu licenciamento ambiental simplificado. Nesta quinta-feira (30), em reunião extraordinária, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou a proposta de resolução que dispensa o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) dessas áreas. "Essa resolução vai facilitar a vida de muitos municípios. Cerca de 80% a 90% do número de municípios brasileiros é de pequeno porte", disse o ministro Carlos Minc.

Segundo ele, a decisão é um grande passo para acabar com o lixão nos municípios brasileiros. "O lixão agride o lençol freático, o corpo hídrico, o solo, as pessoas, contamina crianças, contamina animais, o mais importante é acabar com eles", defendeu Minc.

Ele afirmou ainda que o Ministério do Meio Ambiente tem uma política de apoio a aterros consorciados e estimula a transformação do gás metano emitido pelos aterros em energia renovável. "Essa vai ser uma política obrigatória. Não vai haver mais financiamento para aterros sanitários que não capturarem o gás metano gerado pelo lixo para convertê-lo em energia", afirmou.

O texto aprovado define os critérios e as diretrizes necessárias para viabilizar a correta destinação dos resíduos urbanos em aterros sanitários. O município interessado em implementar um aterro terá de seguir algumas exigências, como construir vias de acesso ao local com boas condições de tráfego ao longo de todo o ano, respeitar as distâncias mínimas estabelecidas na legislação ambiental e normas técnicas relativas a aglomerados populacionais e usar áreas que garantam a implantação de empreendimentos com vida útil superior a 15 anos.

Flávia Mourão, representante da Associação Nacional de Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (Anamma-Sudeste), também concorda que a medida beneficiará muitos municípios pequenos que hoje precisam recorrer a lixões para depositar os resíduos. "Com os aterros, os municípios vão ter melhores condições ambientais e de saúde, já que eles têm um preparo do terreno, o lixo é compactado e misturado com terra, coisa que não acontece com os lixões", disse.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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