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DETER REGISTRA 541 KM² DE DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

Degradação Ambiental - 08/12/2008 - Do total desmatado na Amazônia, 233 km2 foram registrados no Mato Grosso e 218 km2 no Pará
Foto: Divulgação Inpe
O sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), indica que cerca de 550 quilômetros quadrados da Amazônia Legal sofreram corte raso ou degradação progressiva durante o último mês de outubro. Deste total, 233 quilômetros quadrados foram registrados no Mato Grosso e 218 quilômetros quadrados no Pará.

Os dados não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia, em função da resolução dos satélites e da cobertura de nuvens, que varia de um mês para outro. A informação sobre áreas serve para indicar prioridades aos órgãos responsáveis pela fiscalização. O Inpe alerta que o sistema mostra apenas a tendências do desmatamento. Os dados podem incluir áreas cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de desmatamento progressivo, mas cuja detecção não havia sido antes possível por limitações de cobertura de nuvens. Também é preciso distinguir entre o tempo de ocorrência e a oportunidade de detecção do desmatamento, que é quando a fração de exposição de solo permite a sua interpretação e mapeamento.

Dados qualificados

Na qualificação amostral dos dados do Deter, que o Inpe tem realizado desde maio, em outubro, 70% dos alertas foram confirmados como desmatamento tipo corte raso, 28% como degradação progressiva e somente 2% não apresentaram indícios de desmatamento.

Em operação desde 2004, o sistema detecta apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor Modis do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro Cbers, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

Contudo, a menor resolução dos sensores usados pelo Deter é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos. Todos os dados são públicos e podem ser consultados aqui.

Próximos dados

Por causa da baixa capacidade de observação por satélites, devido a grande intensidade de nuvens nos meses de novembro a janeiro na região amazônica, o Inpe não divulgará os números do Deter nos próximos meses. Todas as informações apuradas neste período serão publicadas até o final de fevereiro, assim como o respectivo relatório de avaliação.
Assessoria de Imprensa do Inpe

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Inpe desenvolve sistema para eliminar fumaça das carvoarias

Pesquisa de Aplicação - 09/12/2008 - Pesquisador do Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada (LAC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), Jeronimo dos Santos Travelho, desenvolveu um sistema para eliminar a emissão de fumaça dos fornos que produzem artesanalmente carvão vegetal.

O projeto, pré-aprovado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), pode ser a solução para os pequenos carvoeiros que tiveram seus negócios fechados devido à legislação ambiental.

Durante a produção do carvão vegetal é liberada um grande volume de gases poluentes e particulados, de forte odor e prejudiciais à saúde. Um dos resíduos é o ácido acético, principal componente do vinagre. "Dá para eliminar todos os componentes químicos, mas uma possibilidade com este sistema é deixar o ácido acético, porque o mesmo pode ser empregado no combate à dengue", diz Travelho.

Com formato semelhante ao forno utilizado pelos carvoeiros, a solução projetada pelo pesquisador é basicamente composta por dois sistemas: um para queimar os gases emitidos na produção do carvão, e outro para retirar o material particulado resultante do processo. Um protótipo deve ficar pronto em meados de 2009.

"Mais difícil que produzir o novo forno é mudar o atual sistema de produção. Daí a nossa preocupação em construir algo que altere o mínimo possível a rotina do pequeno carvoeiro", comenta o pesquisador.

De tijolos e utilizando como combustível gás ou a própria madeira que sobra da produção de carvão, o novo forno garante a temperatura homogênea, reduzindo o tempo de queima da madeira e melhorando a produtividade.

Desenvolvido em parceria pelo LAC, Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e Rotary Clube Santana, de São José dos Campos (SP), o projeto Limpeza de Gases Provenientes da Produção de Carvão Vegetal foi criado a partir de uma solicitação da prefeitura de Salesópolis, município onde estão nascentes de rios como o Tietê e com quase toda a sua área incluída na Lei de Proteção dos Mananciais. Hoje, mais de cinco mil famílias dependeriam da produção do carvão vegetal, segundo estimativas da prefeitura.

"O protótipo deve ser construído na UMC e depois pelos próprios carvoeiros. A estimativa de custo do forno é de R$ 2 mil. Já existem outras soluções, só que mais caras e inacessíveis ao pequeno produtor", diz Travelho, destacando o caráter social e ambiental do projeto.

A apresentação do projeto Limpeza de Gases Provenientes da Produção de Carvão Vegetal está disponível no endereço http://www.inpe.br/noticias/arquivos/Carvao_05-2008_03.ppt
Assessoria de Imprensa do Inpe

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Ministro anuncia a criação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal

Bionorte - 09/12/2008 - O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, anuncia, hoje (9), a criação da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte). O anúncio será em Brasília (DF), às 15h, e contará com a presença de secretários estaduais de Ciência e Tecnologia dos estados que integram a Amazônia Legal.

A Rede Bionorte será formada por instituições que atuam nas áreas de biodiversidade e biotecnologia e que visam a formação de recursos humanos e o desenvolvimento científico e tecnológico. O objetivo da Rede é integrar competências para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, inovação e formação de doutores, com foco na biodiversidade e biotecnologia, cujo o objetivo é gerar conhecimento, processo e produtos que contribuam para o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira.

A Secretaria de Políticas e Programas em Pesquisas e Desenvolvimento (Seped/MCT) presidirá o Conselho Diretor da Rede, que também contará com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), e dos conselhos nacionais de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) e das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) dos estados que integram a Amazônia Legal, além de pesquisadores ligados as instituições de ensino e pesquisa que atuam nas áreas de interesse na região atendida pela Rede Bionorte. Também integram o Conselho Diretor representantes de instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MCT).

As atividades da Rede Bionorte serão financiadas com recursos do MCT e dos governos dos estados que formam a Amazônia Legal. Os projetos também receberão apoio das secretarias estaduais, de órgãos equivalentes e das Fundações de Amparo à Pesquisa, Unidades de Pesquisa, organizações sociais vinculadas ao MCT. As atividades e os resultados da Rede serão avaliados a cada dois anos por uma comissão independente. Os trabalhos terão duração de seis anos, prazo que poderá ser prorrogado a critério do ministro.
Rafael Godoi - Assessoria de Comunicação do MCT

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Brasileiros avançam para uma das partes menos conhecidas da Antártica

Antártica - 09/12/2008 - Quatro dos sete cientistas brasileiros que participam da expedição Deserto de Cristal, a primeira missão nacional ao interior da Antártica, se deslocam ontem (8) dos montes Patriot - a menos de 1.200 quilômetros do Pólo Sul Geográfico - para uma das regiões menos conhecidas da superfície da Terra, a parte ocidental do manto de gelo antártico.

A bordo de um avião bimotor turbohélice com esquis, eles partiram para a região do monte Johns (79º 37'S, 91º 14'W, veja a localização no Google Earth), onde farão perfurações no gelo para coletar amostras com as quais investigarão as variações do clima e mudanças na atmosfera ao longo dos últimos 500 anos.

Por 10 dias os pesquisadores estarão isolados e acampados a 2200 metros de altura, enfrentando temperaturas abaixo dos –30ºC (trinta graus Celsius negativos).

A Deserto de Cristal é parte das ações brasileiras no Ano Polar Internacional (http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/49533.html) e é liderada pelo glaciólogo Jefferson Cardia Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A expedição é financiada pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar) por ações do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm), tendo ainda o apoio da Frente Parlamentar em Prol do Proantar, Ministério do Meio Ambiente (MMA), e Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Assessoria de Comunicação do MCT

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CTNBio aprova liberação comercial de mais uma variedade de milho transgênico

Biossegurança - 11/12/2008 - Walter Colli destaca que o bom resultado se deve a maior integração dos trabalhos na Comissão
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio/MCT) aprovou, hoje (11), a liberação comercial da variedade de milho geneticamente modificado resistente a inseto e tolerante ao glufosinato de amônia (item 3). Este foi o oitavo pedido de liberação comercial autorizado pela Comissão em 2008, e a terceira aprovação de semente de milho geneticamente modificado concedida no ano. No ano passado, a CTNbio autorizou outras três liberações comerciais.

Na última reunião de 2008, os integrantes da CTNBio aprovaram também mais 15 solicitações de liberação planejada no meio ambiente (pesquisa). No ano, foram aprovados 122 pedidos de pesquisas, número que supera as autorizações concedidas em 2007, que somaram 83, e as 127 deferidas em 2006. Ao todo, a Comissão deferiu 539 pedidos, enquanto no ano passado foram aprovados 425 solicitações, e em 2006, outras 422.

O presidente da CTNBio, Walter Colli, destaca que o resultado se deve a maior integração dos trabalhos na Comissão. “A composição da CTNBio também passou por uma mudança, o que ajudou a tornar a discussão mais produtiva. O trabalho, com certeza, está mais prático e conseguimos encontrar um procedimento que acelera as aprovações”, disse. Colli lembrou que os pedidos aprovados em 2008 estavam em discussão há vários anos, o que também contribuiu para a liberação das cinco variedades de sementes e das três de vacinas.

O tempo médio de análise dos pedidos também está diminuindo. Walter Colli destaca que o prazo de análise que foi de nove anos - como ocorreu com um pedido que deu entrada em 1998 e só foi aprovado no ano passado - foi reduzido para dois anos, como ocorreu com a solicitação aprovada na sessão de hoje, que foi protocolada em dezembro de 2006. Já o prazo de análise dos pedidos para liberação de vacinas, segundo ele, foi menor e variou de 13 a 8 meses. “A polêmica é menor quando se trata deste tipo de medicamento, o que não ocorre com as sementes”, destacou.

Para 2009 a Comissão tem outros sete processos de sementes para analisar. No início do ano, a CTNbio também deverá promover uma audiência pública para discutir a solicitação de aprovação comercial de arroz tolerante a glufosinato de amônio. “A partir do próximo ano também vamos nos concentrar na discussão de novos pedidos de organismos de segunda e terceira gerações. Existe a possibilidade de recebermos solicitações de pesquisas com microorganismos que ajudam a retirar mancha de petróleo e metais pesados da água, ou que são importantes para síntese de óleo diesel”, disse. Segundo Colli, as liberações comerciais concedidas no Brasil, até agora, são para produtos que já estão em uso em outros países há mais de 10 anos. “A partir do próximo ano a Comissão passará a receber solicitações de organismos que ainda não foram analisados. Isso vai exigir muito mais atenção e precaução nos trabalhos”, finalizou.
Fábio Lino e Rafael Godoi - Assessoria de Comunicação MCT

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Pesquisadores iniciam coleta de amostras de gelo no interior da Antártica

Antártica - 08/12/2008 - Quatro pesquisadores, que integram a expedição Deserto de Cristal Brasil ao interior do Continente Antártico, devem se deslocar hoje (8), de avião, a uma distância de 300 quilômetros até o Monte Johns, que tem 2,2 mil metros de altura, para coletar amostras de gelo. Os informes fornecidos pela estação integrarão as pesquisa sobre a qualidade do ar.

Eles procuram verificar, por exemplo, se existem partículas de queimadas no ar da Antártica. O Brasil está entre os países onde esta prática é comum. No Norte e no Centro-Oeste, queima-se o pasto e, no litoral, a palha de cana.

Nos últimos 25 anos, o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) realizou expedições no oceano, nas ilhas e na costa da Antártica. Nunca as missões científicas avançaram no continente. A equipe, formada por sete brasileiros e um chileno, está acampada a 2 mil quilômetros ao sul da Estação Antártica Comandante Ferraz e a mil quilômetros do Pólo Sul Geográfico. Nessa região, o Sol brilha 24 horas, a espessura do gelo é de 700 metros, e a altitude, de 920 metros.
Assessoria de Comunicação do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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