Brasília
(05/12/08) – Durante o lançamento do Plano
de Gestão do Uso Sustentável da Lagosta
e da campanha Consumo Legal de Pescados, ontem de
manhã, no MMA, o ministro Carlos Minc afirmou
que a busca pela preservação da lagosta
e da atividade pesqueira e por maior produção
não são incompatíveis. “Daí
a razão pela dobradinha com a Secretaria
de Aqüicultura e Pesca da Presidência
da República: o combate à pesca predatória
e o estímulo ao consumo consciente”, destacou
Minc.
Minc explicou que a campanha de
esclarecimento do público consumidor de lagosta
terá alcance nacional e internacional. “O
folder da campanha tem uma versão em português
e outra em inglês, porque uma parte desses
consumidores encontra-se em outros países”,
reforçou. Também foram confeccionados
banners e totens com informações sobre
o Defeso da lagosta. Eles serão colocados
em lugares estratégicos nos aeroportos brasileiros,
de acordo com um convênio com a Infraero.
O presidente do Ibama, Roberto
Messias Franco, comemorou a parceria Ibama, MMA
e Secretaria de Aqüicultura e Pesca da Presidência
da República . “O esforço conjunto
é no sentido de fazer a população
utilizar o recurso aquático natural de maneira
sustentável. É um trabalho fruto de
pesquisas, de conhecimento, de inteligência
integrada. Esse esforço tem que continuar”,
disse Messias. Ele destacou a importância
das funções do Ibama na questão.
“Além de participar em regulamentar, o Ibama
fiscaliza para que não haja clandestinidade.
Essa é uma tarefa árdua. Fomos atacados
fisicamente em alguns lugares”, complementou Messias.
O Secretário Especial de
Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin reconheceu
que a campanha vem na hora certa, tenda em vista
as férias de verão. “O consumo da
lagosta faz parte da cultura do turismo da Região
Nordeste,mas deve se dá de forma racional”.
Ele ressaltou que o esclarecimento dos consumidores
faz parte das medidas do reordenamento da pesca
da lagosta, que classificou como um dos mais completos
já feitos no país.
Entre as medidas adotadas, Gregolin
destacou o recadastramento da frota pesqueira segundo
o esforço de pesca definido (quantidade de
lagosta pescada que não compromete a existência
da espécie). Atualmente, 3 mil embarcações
são permissionadas. A retirada de mais de
15 mil quilômetros de rede caçoeira
(nociva para todo o ecossistema marinho) – 12 mil
comprados pelo Governo Federal e 3 mil quilômetros
apreendidos pelo Ibama – resultou na recuperação
dos estoques de lagosta e de peixes.
Foram abertas linhas de crédito
para financiar a confecção das artes
de pesca permitidas, os manzuás, espécie
de gaiola usada na captura da lagosta. O período
do Defeso foi ampliado de quatro para seis meses.
A fiscalização foi intensificada.
Dezesseis lanchas de alcance rápido do Ibama
equipadas com sonar vigiam a costa brasileira do
Amapá ao Espírito Santo.
A lagosta é a segunda espécie
na pauta de exportações do Brasil,
gerando recursos de R$ 80 milhões por ano.
Mas a produção apresentou uma queda
de 40% nos últimos quinze anos. Em 1991,
a produção alcançou 11 mil
toneladas. As últimas estatísticas
apontam para 7 mil toneladas. “ O desafio é
consolidar as medidas, agregar valor à cadeia
produtiva da pesca da lagosta, que envolve mais
de 15 mil trabalhores. Vamos recuperar a lagosta,
assim como fizemos com a sardinha”, concluiu Gregolin.
A produção nacional de sardinha, que
nos anos 70/80, alcançou 200 mil toneladas,
dimuinuiu para 17 mil toneladas em 2000. Após
medidas de recuperação da espécie,
voltou a um patamar de 84 mil toneladas.
Texto e fotos: Kezia Macedo
Ascom Fiscalização Ibama
Fotos: Hueliton da Silveira e Álvaro Lima
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Ibama e Instituto Chico Mendes
participam do I Sergipe Flora
Aracaju (03/12/2008) – Pela primeira
vez a cidade de Aracaju reunirá diversos
setores da cadeia produtiva de Sergipe no I Encontro
Nordestino da Floricultura, Paisagismo e Jardinagem,
o Sergipe Flora, no Centro de Convenções
- CIC, no período de 5 a 7 de dezembro. O
evento contará com a participação
de expositores dos estados de Sergipe, São
Paulo, Pernambuco e Distrito Federal que atuam nesses
segmentos, como também, serão apresentados
cursos, oficinas e Clinicas, ministrados por profissionais,
estudiosos e pesquisadores das mais variadas áreas
desse segmento.
A Abertura oficial do I Sergipe
Flora será no dia 5/12, ás 19h30min
no CIC com a presença do Secretário
do Desenvolvimento Econômico e da Ciência
e Tecnologia Jorge Santana de Oliveira, o Secretário
da Cultura Luiz Alberto dos Santos, o Superintendente
do Ibama no estado de Sergipe Manoel Rezende Neto,
o Chefe-Geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros Edson
Diogo, entre outras autoridades.
Por ser o Ibama e o Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
- ICMBIO, instituições governamental
responsáveis pela preservação,
conservação do meio ambiente e das
políticas públicas ambientais, foram
convidados a participar do evento como expositores
e contribuirão com palestrantes: o Analista
Ambiental (Educador Ambiental) Phd. em Ecologia
Genebaldo Freire Dias, sergipano de Pedrinhas com
20 livros publicados na área e a Analista
Ambiental (Engenheira Florestal, Ecóloga
e Órquidófila) Lou Meneses, coordenadora
do Projeto Orquídeas do Brasil, do Orquidário
do Ibama/DF, com sete livros publicados, premiada
internacionalmente, e ainda, a participação
do Centro Nacional de Prevenção e
Combate aos Incêndios Florestais- Prevfogo,
que contribuirá com exposição
e atividades lúdicas para a meninada, trazendo
pela primeira vez a Sergipe o seu mascote – o Tamanduá
Bandeira Labareda – símbolo do Prevfogo;
o Centro Nacional de Informações Ambientais-Cnia,
com as publicações do Ibama, a Assessoria
de Comunicação com a exposição
Biomas Brasileiros. O ICMBio será representado
pela direção da Floresta Nacional
do Ibura, com doação de mudas nativas,
e a participação efetiva da Superintendência
do Ibama em Sergipe na realização
do evento, juntamente com a Embrapa, Banco do Nordeste
e Associação Sergipana de Defesa da
Fauna e Flora-Asdef.
O evento contará com várias
atividades como os cursos de: A cura por meio dos
alimentos e das plantas medicinais, ministrados
pelo médico, homeopata, especialista em saúde
pública, Márcio Bontempo; Cogumelos
funcionais na saúde humana, pela Dra. Araildes
Fontesda Embrapa/DF; Arte Floral - decoração
de Igrejas e Festas, por Paulo Yoshima/DF; Micropropagação
de abacaxi ornamental e bromélias, por Ana
Silvia Ledo- Embrapa/Se, como também, as
oficinas de : Cultivo de cactos e suculentas ministrada
pela professora Leonor Campos; Como cultivar bonsais,
por Carlos Góes e Como cultivar orquídeas,
combate as pragas e doenças, pela Dra. Loislene
da Emater/DF. Além dos cursos e oficinas
o encontro oferecerá as seguintes Clínicas:
Problemas na Comercialização em Floriculturas,
tendo como palestrante Alonso Lamas; Aplicação
da Biotecnologia na Produção de Plantas
Ornamentais, por Ana da Silva Ledo; Adubação
de Plantas e Flores, Embrapa/SE e, A Arborização
no Ambiente Urbano, por Maria Salete Alves Rangel–Embrapa/Se.
Para a realização do I Encontro Nordestino
de Flora, Paisagismo e Jardinagem, os organizadores
do evento obtiveram o apoio oficial do Governo do
estado de Sergipe, da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico Ciência e Tecnologia, da Secretaria
de Cultura, Sebrae, da TV Cidade, da Infonet.
A organização do
evento informa aos interessados que desejam participar
dos cursos, oficinas ou clinicas, que as vagas para
algumas das atividades são limitadas e a
inscrição poderá ser feita
pelo site sergipeflora@infonet.com.br, ou no local
do Evento. Será cobrado o valor de R$ 30,00
a 60,00 a depender das atividades escolhidas.
Marilene Silvestre
Ascom Ibama/SE
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Manejo do pirarucu produz 549
toneladas e gera renda para 82comunidades do Rio
Solimões
Tefé (05/12/2008) - Encerrado
no dia 30 de novembro, o período do manejo
do pirarucu (Arapaima gigas) na região do
médio curso do rio Solimões, no estado
do Amazonas. Conforme dados preliminares da Gerência
Executiva do Ibama em Tefé, o manejo atingiu
uma produção total de 549,8 toneladas
de pirarucu (9.800 espécimes) e um rendimento
bruto para os pescadores de cerca de R$ 2,1 milhões,
beneficiando diretamente 82 comunidades através
de geração de renda.
O pirarucu capturado no sistema
de manejo é comercializado no mercado local,
em média, a R$ 4,00 o quilograma. Com os
custos de armazenagem e transporte, o quilograma
chega ao consumidor, nos mercados regionais, em
média, a R$ 7,00, enquanto que na capital,
varia de R$ 10,00 a 20,00. Neste ano, a maioria
do pescado foi destinada a Manaus; no mercado regional,
houve comercialização nas feiras municipais
de Fonte Boa, Juruá e Tefé.
A espécie sofre sobreexplotação,
conforme Instrução Normativa MMA nº
05/2004. Pesca, transporte, armazenagem e comercialização
do pirarucu são proibidos o ano todo no estado
do Amazonas pelas Instruções Normativas
do Ibama nº 34/2004 e 01/2005, exceto quando
devidamente autorizado no âmbito da piscicultura,
pesca científica e manejo de lagos.
O manejo da espécie no
Estado do Amazonas atende os requisitos da Instrução
Normativa do Ibama-AM nº 01/2005 e de Autorizações
do Núcleo de Recursos Pesqueiros. É
realizado com base no conhecimento tradicional dos
pescadores e apoio técnico de instituições
ambientais. Trata-se de um sistema de trabalho que
procura conciliar a pesca com a capacidade de suporte
das populações de pirarucu. Envolve
atividades de zoneamento de lagos, contagem de espécimes,
captura, biometria e inserção de lacres.
Do total de pirarucus contabilizados em um determinado
lago, o Ibama autoriza a pesca de 30%.
Na região do médio
curso do rio Solimões o manejo ocorre nas
Unidades de Conservação Estaduais
- Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Mamirauá, Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Amanã; nas Unidades de Conservação
Federais - Reserva Extrativista Auati-Paraná,
Reserva Extrativista do Baixo Juruá, Reserva
Extrativista do Rio Jutaí; e na Terra Indígena
Acapuri de Cima.
Esta iniciativa de desenvolvimento
sustentável é fruto de parceria entre
Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade - ICMBio, Instituto de Desenvolvimento
Sustentável de Fonte Boa -IDSFB, Instituto
de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
– IDSM, Instituto de Proteção Ambiental
do Amazonas - Ipaam, Polícia Militar, Colônias
de Pescadores, Associações Comunitárias
e Agentes Ambientais Voluntários. A Superintendência
do Ibama no Amazonas acompanha o manejo através
de atividades de monitoramento, controle e fiscalização.
O pirarucu é o maior peixe
de escamas com habitat em água doce, possui
uma dinâmica sedentária e no bioma
amazônico sua presença é mais
recorrente em lagos de várzea, exceto em
época de seca, quando é capaz de singrar
áreas extensas em ecossistemas de terra-firme
à procura de ambientes aquáticos e
alimento. É um peixe que emerge periodicamente
para respirar e se alimenta principalmente de peixes
menores. Pode atingir até 3m de comprimento
e 200 kg de peso. Na Amazônia a espécie
tem alto valor econômico e sua pesca é
explorada desde o período colonial.
Geandro Guerreiro
Ibama Tefé/AM