09 Dec
2008 - Varsóvia, Polônia – Durante
manifestação realizada na terça-feira
(9/12) do lado de fora da reunião de cúpula
entre a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e
o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk,
os verdes do mundo todo pediram a ambos os líderes
que parem de obstruir o robusto pacote de novas
leis sobre clima e energia da União Européia.
Com a participação
de ambientalistas de mais de 20 países de
todas as regiões do planeta, a manifestação
foi organizada por uma coalizão entre as
Organizações não-Governamentais
(ONGs) Avaaz, Greenpeace e Rede WWF, em resposta
aos recentes ataques feitos pela Polônia e
a Alemanha contra as discussões da União
Européia. Representantes de mais de 100 ONGs
levantaram hoje de madrugada para pegar o primeiro
trem do local onde se realizam as negociações
da ONU, em Poznan, e foram até Varsóvia
fazer o protesto.
"Se Angela Merkel e Tusk conseguirem enfraquecer
o pacote climático da União Européia,
eles vão prejudicar as negociações
globais de Poznan”, disse Ben Wikler, diretor de
campanha da Avaaz.org. "No ano passado, Merkel
foi uma líder mundial na defesa do clima.
Será que ela quer ser lembrada como uma das
principais obstrucionistas do clima do Planeta?”,
questiona.
Os ativistas destacaram Merkel principalmente por
ela ter invertido sua posição de líder
nas questões climáticas.
"Angela Merkel está a ponto de arruinar
o pacote climático da UE que ela mesma criou
no ano passado," diz Tobias Muenchmeyer, especialista
em clima do Greenpeace. “Merkel encontra-se numa
encruzilhada e agora precisa decidir: ela quer atender
a indústria carvoeira ou servir ao Planeta?"
Um pacote robusto da UE é considerado fundamental
para avançar nas conversações
da ONU sobre o clima, tanto em Poznan como depois,
pois os países em desenvolvimento esperam
que as nações industrializadas demonstrem
sua liderança e responsabilidade.
Embora oficialmente apóie os cortes de carvão,
Merkel e Tusk insistem em fazer exceções
para as fábricas de carvão e a indústria
pesada de seus próprios países.
"Angela Merkel e Donald Tusk tentam colocar
vias de escape no pacote de clima e energia da União
Européia", diz Kim Carstensen, líder
da Iniciativa Global sobre Clima da Rede WWF. "Eles
querem salvaguardar empregos mediante uma adulteração
de seus compromissos climáticos; no entanto,
uma política climática forte da Europa
fortaleceria a competitividade européia e
criaria mais empregos, não menos.”
Numa petição que
Avaaz.org fez circular na semana passada, 114.347
pessoas de 192 países conclamaram Merkel,
Tusk e outros líderes europeus a apoiar um
pacote climático e energético robusto
da União Européia. Em carta conjunta,
os diretores executivos da Rede WWF, do Greenpeace
Internacional e da Oxfam Internacional fizeram um
apelo a Merkel para que ela retome seu caminho de
líder global para a proteção
climática.
+ Mais
WWF-Brasil lança documentário
sobre mudanças climáticas
11 Dec 2008 - O documentário
Testemunhas do Clima, realizado pelo WWF-Brasil,
estréia nesta sexta-feira na TV Câmara,
às 22h30, no programa Olhares. O filme conta
a história de Marlene Rêgo Rocha, moradora
do Igarapé do Costa, Pará, comunidade
localizada na várzea amazônica que
já tem sentido alterações climáticas
causadas pelo aquecimento global. Marlene conta
o que tem mudado no local, como tem feito para se
adaptar às transformações da
natureza e especialistas sobre o assunto explicam
o porquê das mudanças e o que pode
ser feito.
O lançamento coincide com
o fim das negociações da 14ª
Conferência das Partes da Convença-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, em Poznan, na Polônia.
Os eventos climáticos extremos,
como secas e enchentes, devem se intensificar, como
conseqüência do aquecimento global. Por
isso, a Rede WWF criou o projeto Testemunhas do
Clima, para registrar como as mudanças climáticas
vêm modificando a vida de algumas populações
ao redor do planeta e o que elas têm feito
para se adaptar ao novo ritmo da natureza.
O Igarapé do Costa é
a primeira comunidade a participar do projeto no
Brasil, mas países de todos os continentes
já participam do projeto, como Fiji, Coréia,
Estados Unidos, Quênia e Holanda, por exemplo.
O documentário brasileiro
foi produzido pela GW Comunicação,
com o apoio do Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia (IPAM) e imagens cedidas pelo Greenpeace.
A realização e a concepção
são do WWF-Brasil.
+ Mais
WWF-Brasil traz oficialmente a
Hora do Planeta para o País
10 Dec 2008 - Poznan, Polônia,
10 de Dezembro, 2008 – Diversos eventos ao redor
do mundo, sendo o principal deles hoje na 14ª
Conferência das Partes da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, realizada na cidade de Poznan
(Polônia), marcam o lançamento mundial
da Hora do Planeta 2009. Conhecida globalmente como
Earth Hour, a Hora do Planeta é uma iniciativa
da Rede WWF para mobilizar a sociedade em torno
da luta contra o aquecimento global, realizada desde
2007. No próximo ano, o Brasil também
vai participar. No dia 28 de março de 2009,
às 20h30, o WWF-Brasil irá convidar
pessoas, empresas e governos a apagarem as luzes
por uma hora.
O principal objetivo é
mobilizar a sociedade para influenciar os líderes
mundiais que irão se encontrar em Copenhagen
(Dinamarca), em dezembro de 2009, a
assinar um novo acordo global sobre mudanças
climáticas. A ação, que espera
atingir mais de 1 bilhão de pessoas, em 1.000
cidades ao redor do mundo, já conta com a
adesão oficial de 74 cidades, em 62 países.
O diretor-geral da Rede WWF, Jim
Leape, afirma que “quando os líderes globais
se encontrarem em Copenhagen em dezembro de 2009
para negociar um novo acordo de clima eles estarão,
certamente, influenciados pela mobilização
da Hora do Planeta”. Para ele a ação
é uma “oportunidade poderosa para mandarmos
um sinal que todos estamos atentos e aguardando
soluções”.
Para chamar a atenção,
as cidades participantes apagam ícones reconhecidos
internacionalmente. O Coliseu, em Roma (Itália),
a ponte Golden Gate, em São Francisco (Estados
Unidos), e a Sidney Opera House, em Sidney (Austrália)
foram alguns dos ícones globais que tiveram
suas luzes desligadas na edição de
2008, quando 50 milhões de pessoas de 35
países e mais de 400 cidades apagaram as
luzes por uma hora.
O ano de 2009 será crucial
para o futuro do planeta. Espera-se que os países
finalmente assinem, na 15ª Conferência
das Partes da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, que acontecerá em dezembro
do próximo ano, em Copenhagen, um acordo
para reduzir drasticamente as emissões de
gases do efeito estufa.“Por isso iremos trazer a
Hora do Planeta oficialmente para o País.
Precisamos mostrar que a sociedade brasileira também
está atenta e preocupada com o futuro do
nosso planeta”, explica a secretária-geral
do WWF-Brasil, Denise Hamú.
+ Mais
Esquiadores e snowboarders mundialmente
famosos apelam por ações climáticas
em Poznan
05 Dec 2008 - Com as estações
de esqui ameaçadas pelas mudanças
climáticas, esquiadores e snowboarders mundialmente
famosos apelam aos governos que participam das negociações
da ONU sobre clima em Poznam para que ajam rapidamente
para reduzir as emissões globais. Durante
uma ação da Rede WWF em Poznam, os
atletas fizeram uma série de apresentações
para expressar seu apoio às ações
urgentes contra a elevação da temperatura
da Terra.
Os esquiadores – inclusive campeões
olímpicos e mundiais dos EUA, como Ted Ligety
e Julia Mancuso, assim como campeões mundiais
e europeus da Polônia, como Magdalena Gwizdon
e Tomasz Sikora – assinaram uma petição
urgente da Rede WWF. O documento está endereçado
ao ministro polonês do Meio Ambiente e presidente
das conversações de Poznan, Maciej
Nowicki, e outros delegados.
“O aquecimento global significa
invernos mais amenos e com menos neve, dos Alpes
europeus ao Himalaia, na Ásia, das Montanhas
Rochosas nos Estados Unidos à Cordilheira
dos Andes na América do Sul”, diz a petição.
“O gelo e a neve são especialmente vulneráveis
aos impactos do aquecimento global e nós,
como esquiadores e snowboarders ávidos, vemos
que nossos amados esportes estão em perigo.”
Os signatários pedem um
novo tratado global do clima que seja suficientemente
ambicioso para manter o aquecimento global abaixo
do perigoso limite de 2°C, em comparação
às temperatura da era pré-industrial.
Eles insistem em que o pico de emissões globais
aconteça antes de 2020 e pedem uma redução
de 80% até 2050, em comparação
com os níveis de 11000. Eles conclamam os
países industrializados para, como um primeiro
passo, cortar suas emissões em 25% a 40%
até 2020.
“Os esquiadores testemunham em
primeira mão o poder destrutivo das mudanças
climáticas e vêem as geleiras se encolherem
e a neve acumulada desaparecer ante seus próprios
olhos”, diz Kim Carstensen, líder da Iniciativa
Global do Clima da Rede WWF. “Essas mudanças
gigantescas colocam em perigo espécies importantes
e os ecossistemas alpinos, bem como ameaçam
as comunidades locais que dependem do turismo e
esportes de inverno.”
Segundo registros científicos,
as geleiras dos Alpes europeus diminuíram
no mínimo 50% desde 1850. Se as mudanças
climáticas se intensificarem, conforme está
projetado para as próximas décadas,
o nível da neve passará de 1200 para
1800 metros acima do nível do mar, o que
fará com que apenas 44% dos centros existentes
tenham neve suficiente para uma estação
inteira de esqui.
Quase todas as geleiras pesquisadas
no Alasca estão derretendo e os índices
de afinamento do gelo nesses últimos 5 a
7 anos chegam a mais do que o dobro do que o de
anos anteriores. As geleiras dos Andes do Norte
estão encolhendo rapidamente e as perdas
se aceleram na década de 11000. A maior parte
das geleiras do Himalaia também estão
encolhendo e se afinando nesses últimos 30
anos, com uma perda acelerada na década passada
e na atual.
+ Mais
BR-163 é tema de filme
em Mostra de Cinema
05 Dec 2008 - Queimadas na Amazônia
aborda o impacto do crescimento das plantações
de soja ao longo da rodovia BR-163 após a
morte do ambientalista Chico Mendes e é um
dos destaques da mostra
Em homenagem aos 50 anos de trabalho
do cineasta inglês Adrian Cowell, acontece
no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília,
a Mostra de Filmes “Amazônia segundo Adrian
Cowell – 50 anos de cinema”. O cineasta registra
a vida das populações tradicionais
na Floresta Amazônica e os conflitos na região
desde 1958.
Entre os dias 9 a 14 de dezembro,
serão exibidos 14 filmes, a maioria inédito
no Brasil, e realizadas mesas de discussões
com a presença de documentaristas que acompanharam
o trabalho do cineasta, especialistas em meio ambiente,
indigenistas e moradores da região Amazônica,
além de Adrian Cowell, autor dos filmes.
Um dos destaques da mostra é
o filme Queimadas na Amazônia, sobre o impacto
do crescimento das plantações de soja
ao longo da rodovia BR-163 após a morte do
ambientalista Chico Mendes. Queimadas na Amazônia
será exibido na sexta-feira, dia 12, às
18h30.
Organizado pelo WWF-Brasil, por
meio do Projeto Diálogos, em parceria com
o CCBB, o painel de debates “Grandes obras de infra-estrutura
e desenvolvimento regional na Amazônia: rumo
à sustentabilidade?” será realizado
após a exibição de Queimadas
na Amazônia. Participarão da mesa de
discussão Julio Miragaya (Ministério
da Integração), Nilfo Wandsheer (Sind.
Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde – MT),
Adriana Ramos (ISA - Instituto Socioambiental),
Venilson José Taveira da Silva (CEFT-BAM
- Centro de Estudo, Pesquisa e Formação
dos Trabalhadores do Baixo Amazonas) e demais representantes
do Consórcio pelo Desenvolvimento Socioambiental
da BR-163 (CONDESSA). Eles irão discutir
a intensificação do desmatamento,
queimadas, exploração ilegal de madeira
e conflitos violentos pela Amazônia em conseqüência
da abertura e pavimentação de rodovias
na região. Tentativas de reverter a situação,
tais como o Plano BR-163 Sustentável, elaborado
por um grupo de trabalho interministerial com forte
apoio de movimentos sociais e ONGs da região,
também serão debatidas.
A Mostra de Filmes é uma
iniciativa da Casa de Oswaldo Cruz, do Instituto
Goiano de Pré-História e Antropologia,
Petrobrás e Banco do Brasil.
Para mais detalhes da programação,
acessar www.bb.com.br