18/12/2008
- Nova câmara ambiental reúne representantes
da indústria de processamento de carne e
de resíduos de abate.
A Câmara Ambiental do Setor de Abate, Refrigeração
e Graxaria, que reúne representantes da indústria
de processamento de carne de bovinos, suínos,
aves e de resíduos animais, foi instalada
pela CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental nesta quinta-feira (18/12). Esta é
a 15ª câmara ambiental em atividade no
estado, abrindo mais um canal de interação
entre o governo e o setor produtivo, para promover
avanços na gestão ambiental.
Somente este ano, nove câmaras
foram oficialmente instaladas e duas outras reativadas,
o que mostra uma grande sinergia entre o setor produtivo
e a agência ambiental, desencadeando uma série
de trabalhos e produtos que estão permitindo
alcançar melhorias significativas no processo
de produção e de minimização
de resíduos.
“Conseguimos grandes avanços
em 2008, melhorando o desempenho ambiental das empresas
e o diálogo entre o setor público
e o produtivo”, afirmou Fernando Rei, presidente
da CETESB, ao comentar o resultado do balanço
dos últimos 14 meses, apresentado antes da
instalação oficial da câmara
da indústria frigorífica.
“Até o momento, já
constituímos 38 grupos de trabalho, com 173
participantes do sistema de meio ambiente do Estado
e 353 dos setores produtivos, onde discutimos sobre
os problemas ambientais que afetam cada um dos setores
envolvidos e como solucioná-los”, informou
Zoraide Senden Carnicel, gerente da Divisão
de Coordenação de Câmaras Ambientais
da CETESB.
Além do setor de abate,
refrigeração e graxaria, estão
hoje em atividade as câmaras ambientais da
construção; couros, peles e calçados;
minerais não metálicos; indústria
têxtil; derivados de petróleo; indústria
cítrica; mineração; metalúrgico,
mecânico e siderúrgico; processamento
de chumbo; refrigeração, ar condicionado,
aquecimento e ventilação; setor de
resíduos; saneamento; suinocultura; e setor
sucroalcooleiro. De outubro de 2007 até dezembro
deste ano, foram realizadas 52 reuniões plenárias;
130 reuniões de grupos e sub-grupos de trabalho,
com 54 temas em discussão, gerando 11 produtos
e quatro eventos.
Um desses produtos foi a normatização
do licenciamento ambiental de bases de distribuição
de combustíveis e a criação
de consórcio para o licenciamento dos postos,
por iniciativa da Câmara Ambiental do Petróleo,
que também firmou parceria com o SENAC, para
a realização de cursos de capacitação,
destinados aos frentistas. Para março do
próximo ano, está programado um curso
de capacitação em áreas contaminadas,
direcionado tanto aos proprietários dos estabelecimentos
que comercializam combustíveis, como também
a todos que atuam neste segmento, como consultores,
trabalhadores do setor e ao consumidor.
Outros produtos foram lançados
nos setores de construção (regulamentação
do controle do impacto sonoro de rodovias e trabalhos
para a minimização da geração
de resíduos), têxtil (procedimento
para utilização de resíduos
não perigosos em caldeiras e guia da produção
mais limpa), chumbo (controle de resíduos
de fábricas de baterias), couros e calçados
(tratamento de lodos de cortume) e sucroalcooleira
(monitoramento das áreas de aplicação
de vinhaça), entre outros.
Para 2009, há a perspectiva
de criação e reativação
das câmaras de energia, automobilística,
eletroeletrônica e química e petroquímica.
Outra iniciativa, que permeará as discussões
entre os grupos de trabalho das 15 câmaras
em atividade, será a incorporação
de ganhos ambientais escalonados por setor para
os próximos 10 anos, além de critérios
para indicadores ambientais. Texto: Renato Alonso
Fotografia: Zé Jorge