24 de
Dezembro de 2008 - Ivan Richard - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - O consórcio
Madeira Energia S/A (Mesa), responsável pela
construção da Usina Hidrelétrica
de Santo Antônio, no Rio Madeira, foi multado
em R$ 7,7 milhões pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) pela morte de 11 toneladas de peixes. A
multa foi aplicada ontem (23), e a empresa tem 20
dias para apresentar defesa.
Inicialmente, a multa era de R$
5,5 milhões. No entanto, o Ibama considerou
que houve agravantes e ampliou o valor em 40%, resultando
em R$ 7,7 milhões.
Segundo o superintendente do Ibama
em Rondônia, César Guimarães,
o relatório técnico do órgão
concluiu que o consórcio foi “negligente”
no translocamento dos peixes, ocorrido no último
dia 10. “Detectamos que houve, no mínimo,
imprudência e negligência no manejo
do translocamento dos peixes para as ensecadeiras
do rio”, disse o superintendente à Agência
Brasil.
Guimarães explicou que
para a construção das bases da usina
foi preciso secar uma área no rio. Para isso,
disse, foi feito um represamento onde é formado
um lago chamado de ensecadeira. “O empreendedor
tem que retirar a água para que ele possa
fazer as fundações da obra. No dia
10, ocorreu esse incidente em que houve a mortandade
excessiva no processo de finalização
da translocação dos peixes”, acrescentou.
O superintendente do Ibama explicou
ainda que ao represar um área grande, parte
dos peixes fica presa e o empreendedor é
responsável pela remoção. “Na
finalização do processo, ocorreu uma
redução drástica da qualidade
da água e um crescimento populacional muito
grande e houve a mortandade desses 11 mil quilos
declarados pela empresa”.
A assessoria de imprensa do Ministério
de Minas e Energia informou que o órgão
não vai se pronunciar sobre o caso, mas adiantou
que não há risco de paralisação
das obras. A previsão é de que a hidrelétrica
esteja em funcionamento em 2013. O consórcio
Madeira Energia S/A é formado pelo grupo
Odebrecht e outros parceiros.
+ Mais
Consórcio multado pela
morte de peixes no Rio Madeira contesta números
do Ibama
24 de Dezembro de 2008 - Ivan
Richard - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - O consórcio Madeira Energia
S/A (Mesa), responsável pela construção
da Hidrelétrica de Santo Antônio, no
Rio Madeira (RO), multado pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) pela morte de 11 toneladas de peixes, diverge
do órgão e afirma que a “perda” foi
de seis toneladas de peixes. As outras cinco toneladas,
de acordo com a empresa, foram doadas à entidades
filantrópicas.
Por meio de sua assessoria de
imprensa, o consórcio afirma que suas equipes
técnica e jurídica estão avaliando
a autuação e aguardam a apresentação
do parecer técnico do Ibama.
A empreiteira alega que após
17 dias de trabalho de resgate na ensecadeira 1,
localizada entre a margem direita do Rio Madeira
e a Ilha do Presídio, cerca de 85 toneladas
de peixes foram devolvidas ao rio com vida.
“A perda registrada foi de seis
toneladas. A operação, portanto, foi
realizada com sucesso, atingindo 92,5% de taxa de
sobrevivência. Esse trabalho teve autorização
do Ibama e foi executado por uma equipe técnica
da Universidade Federal de Rondônia (Unir)
contratada pela Mesa, além de um conjunto
de profissionais ligados à pesca”, diz o
consórcio por meio de nota.
Ainda segundo a nota, outras cinco
toneladas, resgatadas com vida, foram congeladas
e posteriormente doadas ao Departamento de Vigilância
Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde.
O consórcio explicou que, devido a fragilidade
dos peixes, a empresa, seguindo orientação
do Ibama, decidiu colocá-los em câmaras
frias para depois doá-los.
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Acordos prevêem cooperação
nas áreas de energia elétrica e nuclear
23 de Dezembro de 2008 - Alana
Gandra - Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - A Eletrobrás assinou hoje
(23) acordo de cooperação com a Électricité
de France (EDF) para a realização
de estudos referentes ao Complexo do Rio Tapajós
(PA). O documento tem validade de cinco anos e foi
firmado durante a 2ª Cúpula Brasil União
Européia, realizada no Rio de Janeiro, que
contou com a participação dos presidentes
do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da
França, Nicolas Sarkozy. O acordo prevê
também o intercâmbio de experiências
na área da geração de energia
nuclear.
De acordo com informação
da assessoria de imprensa da Eletrobrás,
o Complexo do Rio Tapajós terá capacidade
instalada de 10,6 mil megawatts em suas cinco usinas.
A maior é a usina São Luís
de Tapajós, com 6,3 mil megawatts. As outras
quatro unidades são as usinas de Jatobá,
Cachoeira dos Patos, Cachoeira do Caí e Jamanxim.
A energia gerada pelo complexo iluminará
cerca de 25 milhões de residências,
de acordo com a Eletrobrás.
Foram assinados ainda acordos
entre a Eletronuclear, empresa que administra a
Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto,
em Angra dos Reis (RJ), e a companhia francesa Areva.
O acordo visa a geração e transmissão
de energia. A central nuclear é integrada
pelas Usinas Angra 1 e Angra 2.