(14/01/2009)
São 79 autores e 69 colaboradores os responsáveis
pelos estudos realizados desde 1993 e consolidados
no Atlas Ambiental Estratégias ecotoxicológicas
para avaliação de risco aplicadas
à Bacia Hidrográfica do Rio Caí..
O lançamento acontece às 10 horas
desta quinta-feira (15), no auditório Espaço
Verde da sede da Secretaria Estadual do Meio Ambiente
e Fepam.
A Fepam coordenou a execução
e houve a participação, em parceria
ou convênio, da UFRGS (Instituto de Pesquisas
Hidráulicas; Departamento de Genética
e Departamento de Estatística), PUCRS (Museu
de Ciências e Tecnologia; Instituto de Toxicologia),
Universidade Federal de Ciências da Saúde
de Porto Alegre (UFCSPA). Atuaram pesquisadores,
técnicos, bolsistas de iniciação
científica, aperfeiçoamento, nível
superior e pós-graduação.
A coordenadora geral da obra,
bióloga Vera Maria Ferrão Vargas,
explica que “foi idealizada pela área de
pesquisas em Ecotoxicologia da Fepam com o propósito
de divulgar, sob forma didática e visual,
os resultados de estudos realizados na bacia hidrográfica
do rio Caí entre 1993 e 2006. Reúne
informações obtidas em projetos que
receberam apoio financeiro junto aos órgãos
de fomento à pesquisa CNPq, Finep e Fapergs.
Os dois principais foram aprovados em primeiro lugar
junto ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico
e Tecnológico, Ciências Ambientais,
PADCT/CIAMB, da Finep”.
RISCOS AMBIENTAIS - O estudo abrangeu
desde a região de curtumes até a área
de influência petroquímica. No pólo
de curtumes foram estudados nove municípios
localizados na bacia dos rios Cadeia e Feitoria,
desde Santa Maria do Herval até São
Sebastião do Caí, no rio Cadeia e
de Sapiranga até Lindolfo Collor, no rio
Feitoria. Já na área do Pólo
Petroquímico a investigação
abrangeu seis municípios, desde Canela até
Nova Santa Rita, com enfoque principal em Montenegro
e Triunfo.
A publicação, informa
Vera Vargas, “apresenta metodologias de avaliação
ecotoxicológica, incluindo análises
físico-químicas e biológicas
avançadas, que permitem detectar a presença
de substâncias perigosas lançadas no
ambiente, caracterizar seu grau de toxicidade e/ou
genotoxicidade, estimar possíveis efeitos
ecotoxicológicos e reflexos na saúde
humana. Associando ferramentas de georreferenciamento
a uma visão multidisciplinar do ambiente,
as áreas de estudo foram mapeadas com suas
características físicas, ocupação
antrópica e impactos ecotoxicológicos,
identificando as áreas críticas de
contaminação”.
Foram diagnosticadas áreas
críticas de contaminação, identificadas
por marcadores específicos para as atividades
industriais avaliadas. Como resultado, sintetiza
a técnica da Fepam, “verificou-se uma degradação
ambiental crescente no decorrer do período
avaliado”.
Além de disponibilizar
um modelo apropriado para avaliação
de impactos ambientais em outros locais do Estado,
essa pesquisa gerou legislação específica
para controle de efluentes líquidos utilizando
testes ecotoxicológicos para diferentes tipologias
industriais, a Resolução do Conselho
Estadual do Meio Ambiente 129/2006. Essa legislação,
já em vigor no Estado, permite um avanço
no controle do lançamento de substâncias
tóxicas nos corpos hídricos.”
ASSECOM FEPAM
Coordenação: Jornalista Eliane do
Canto
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Pró-Mar-de-Dentro planeja
ações em municípios do Litoral
(15/01/2009) O Programa Pró-Mar-de-Dentro,
da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema),
manteve reunião com a ONG Nordestão
e com a Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente
de Osório, para tratar do plano de trabalho
do projeto Responsabilidade Ambiental: Mudando Conceitos
e Atitudes, cujas ações estão
previstas em convênio proveniente da Consulta
Popular 2007, em demanda aprovada pelo Corede Litoral.
Reuniram-se a coordenadora do
Pró-Mar-de-Dentro, Maria Elisabete Ferreira;
a coordenadora da Assessoria de Educação
Ambiental da Sema, Lílian Zenker; a Secretária
do Meio Ambiente de Osório, Leda Famer, acompanhada
da engenheira florestal Luciane Barcellos; o presidente
da ONG Nordestão, com sede em Balneário
Pinhal, Pedro Gonçalves, e o diretor do Parque
Estadual de Itapeva, em Torres, Fábio Minossi.
O convênio entre o Estado,
por meio da Sema, e a ONG Nordestão, com
interveniência do município de Osório,
deverá ser assinado nos próximos dias.
Prevê ações socioeducativas
que promovam o consumo consciente, a geração
de renda, a preservação dos recursos
ambientais e a gestão ambiental local, utilizando
como instrumento a educação ambiental,
a fim de construir um processo sólido de
mudança de conceitos e atitudes nas comunidades
envolvidas.
Conforme explica Maria Elisabete
Ferreira, a gestão ambiental compartilhada,
na qual o projeto se insere, visa à promoção
e ao apoio à gestão do meio ambiente
pelos municípios, incluindo ações
em recursos hídricos, implementação
de saneamento, recuperação e proteção
dos ecossistemas e de sua biodiversidade, manejo
ambiental sustentável das atividades agrícola,
pecuária, florestal, pesqueira e turística,
entre outras; adoção de tecnologias
limpas. “Neste conjunto de ações buscamos
promover mudanças comportamentais e das formas
de consumo e produção, inserindo a
dimensão ambiental nos diversos setores da
sociedade e políticas vigentes”, destaca
a coordenadora do Pró-Mar-de-Dentro.
Os objetivos do Projeto Responsabilidade
Ambiental: Mudando Conceitos e Atitudes deverão
ser alcançados por meio da formação
e capacitação de pessoas. “A população
do Corede Litoral aprovou esta demanda, visando
à realização de atividades
de formação e capacitação
de grupos sociais dos municípios da região,
que fazem parte da área de abrangência
do Pró-Mar-de-Dentro. As atividades socioeducativas
vão capacitar representantes das comunidades
atingidas, que terão o papel de multiplicadores
em suas localidades, contribuindo para a gestão
ambiental compartilhada”, explica Elisabete Ferreira.
O projeto beneficiará diretamente
os municípios de Balneário Pinhal,
Osório, Mostardas, Maquiné e Torres.
O início das atividades do projeto está
previsto para março.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli