O Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) orienta comerciantes
do litoral sobre a venda e consumo ilegal do palmito
jussara (eutherpe edulis). A árvore, nativa
da Mata Atlântica, corre o risco de extinção.
“Hoje, a produção de palmito está
concentrada basicamente em Áreas de Preservação
ou Unidades de Conservação”, explicou
o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko.
Durante a Ação Integrada
de Fiscalização Urbana (Aifu), realizada
na Ilha do Mel, terça-feira (13), técnicos
do IAP aprenderam quatro vidros de palmito sem procedência
em estabelecimentos comerciais. “Orientamos a população
e os comerciantes para que não adquiram ou
consumam palmito sem selo de origem, pois estão
contribuindo para a extinção da espécie”,
explicou o coordenador do IAP, na Aifu, Paulo Kurslop.
Segundo ele, caso seja constatada
reincidência no armazenamento ou compra ilegal
do palmito, o infrator pode sofrer sanções
administrativas que variam entre R$ 500 e R$ 10
milhões, dependendo da quantidade do produto
apreendido.
“São poucos os casos de
transporte ou armazenamento fora da lei que temos
encontrando. A dica para as pessoas que apreciam
o palmito jussara é comprar frascos com procedência
e que possuam o rótulo do Ibama no vidro
e na tampa”, orientou Paulo.
LEI - De acordo com a legislação
é proibido receber ou adquirir, para fins
comerciais ou industriais, produtos de origem vegetal,
sem exigir a exibição de licença
do vendedor, outorgada pela autoridade competente.
Também comete ato ilegal, aquele que vende,
expõe à venda, tem em depósito,
transporta ou guarda produtos de origem vegetal,
sem licença válida para todo o tempo
da viagem ou do armazenamento.
Para cada quilo de palmito industrializado
sem procedência aprendido, o infrator pode
ser multado em R$ 300. Cada quilo de palmito equivale
a três vidros de 300 gramas.
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IAP interdita reservatório
de Foz do Areia, no Centro-Sul do Estado
O Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) proibiu nesta terça-feira (13) as atividades
de lazer e pesca no reservatório de Foz do
Areia, situado entre os municípios de Pinhão
e Guarapuava (região Centro-Sul do Estado),
devido à presença de cianobactérias
– também conhecidas como algas azuis. A restrição
permanece válida enquanto não houver
redução no número de algas
presentes no local.
Faixas de sinalização
instaladas pela Copel informam os visitantes do
reservatório sobre a nova medida. Além
disso, o IAP intensificou o monitoramento que realiza
desde 2006 no reservatório e integrantes
do Batalhão de Polícia Ambiental Força
Verde fiscalizam o cumprimento da interdição.
MONITORAMENTO - Os resultados
obtidos pelo IAP com o monitoramento do reservatório
são discutidos por um grupo de trabalho interinstitucional
- composto pelo órgão ambiental, Superintendência
de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental (Suderhsa), Sanepar, Copel,
Lactec e Emater – criado para estudar formas de
minimizar o impacto causado pelas algas.
Estudos feitos com base no monitoramento
indicaram que a proliferação das algas
geralmente ocorre pela falta de chuvas aliada a
altas temperaturas – fatores que aceleraram a reprodução
da espécie. Além da estiagem, o contato
com agentes poluentes despejados na bacia do Rio
Iguaçu, com grande concentração
de nutrientes, especialmente fósforo, possibilitam
a reprodução dessas algas.
RISCOS - Os principais riscos
à saúde apresentados pelas ‘algas
azuis’ são irritações e alergias,
se tiver contato direto com a pele, ou problemas
no fígado e sistema nervoso, se ingerida.
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Mutirão recolhe 50 toneladas
de lixo e entulhos da Ilha do Mel
O mutirão para retirada
de entulhos da Ilha do Mel, realizado nesta terça-feira
(13) superou as expectativas. “Foram recolhidas
50 toneladas de entulho”, informou o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues. O Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) coordenou a divulgação e destinou
uma embarcação que levará o
lixo acumulado durante todo o ano e trazido pelos
moradores das comunidades de Farol, Praia Grande
e Nova Brasília. Entre os resíduos
estão fogões e geladeiras sem uso,
pneus velhos, ferro, restos de madeira, janelas,
balcões de lanchonete inutilizados, cestos
de lixo quebrados, colchões, bicicletas e
muito entulho de construção civil.
A idéia do mutirão
surgiu devido à grande demanda de resíduos
acumulados nas residências e falta de estrutura
da prefeitura de Paranaguá - responsável
pelo recolhimento do lixo da ilha, de acordo com
a legislação federal. “Outro fator
fundamental para a realização do mutirão
é o alto custo para transportar este tipo
de resíduo, da ilha para o continente”, declarou
o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko.
O trabalho conta com o apoio do
Batalhão de Polícia Ambiental - Força
Verde e das Associações de Moradores
e nativos da Ilha do Mel, União das mulheres
da Ilha do Mel (Emilhas) e Cooperativa dos Campings
da Ilha do Mel (Coocamel). A coordenadora do programa
Nossa Praia é Limpeza, desenvolvido pelo
IAP, Adriana Ferreira, conta que todo o material
recolhido será separado, antes de ser enviado
ao lixão de Paranaguá. “O que para
os moradores é considerado lixo, muitas vezes
podemos reaproveitar pela reciclagem”, destacou
Adriana.
APROVAÇÃO – O veranista
Osmar Soares, que passa a temporada na Ilha do Mel,
trouxe um fogão velho encontrado no quintal
da casa em que está morando. “Objetos sem
uso viram lixo aqui na ilha e esta iniciativa do
IAP beneficiará muitas pessoas. Esse lugar
é muito bonito para acumular tanto lixo”,
afirmou Osmar.
Já o presidente da Associação
de Nativos da Ilha do Mel, Alcione Valentim, defende
que o mutirão deve ser feito a cada seis
meses. “É um trabalho muito bom para o pessoal
da comunidade e que deve ser feito também
fora de temporada, pois recebemos turistas o ano
inteiro. Uma ação como essa também
conscientiza as pessoas para não acumular
tanto lixo”, enfatiza. Ele conta que, muitas vezes,
são encontrados entulhos de grande porte
nas trilhas, deixados por pessoas que não
sabem o que fazer com o lixo.
O comerciante David Chagas Ribeiro,
proprietário de pousada e presidente da Cooperativa
dos Campings da Ilha do Mel (Coocamel), fez questão
de ajudar no transporte do entulho até o
trapiche. “No ano passado, retiramos 2.158 sacos
de lixo reciclável da estação
ecológica. O mutirão foi feito pelos
moradores e contribuiu muito com a limpeza da praia.
Toda iniciativa deve ser valorizada”, disse Davi.
ENCANTADAS - A retirada dos entulhos
reunidos pelos moradores da Praia de Encantadas
será na próxima semana. O IAP coordena
a divulgação, distribuindo informativo
nas residências e comércio, alertando
sobre os horários de recolhimento.
O coordenador do IAP na Ilha,
Reginato Bueno, explica que o trabalho de divulgação
é feito como forma de conscientizar os moradores
e garantir a destinação do entulho
nos horários em que a embarcação
estará disponível. “Contamos ainda
com o apoio de 32 moradores, que trabalham na limpeza
das trilhas, recolhimento do lixo e varrição
das praias para esta divulgação”,
relatou Reginato.
Os postos de trabalho foram gerados,
a partir do momento em que o Governo, por meio da
Suderhsa, assumiu a coleta de lixo no Litoral, durante
a operação verão. “O IAP tem
procurado trabalhar em parceria com a comunidade
para solucionar todos os tipos de problemas encontrados”,
explicou Reginato.